- Eu sinto muito. - ele se afasta. Droga, eu quero que ele se afaste?
Ele some e ouço gavetas batendo e eu encaro o escuro quando depois de segundos ele volta de calça moletom preta e passa as mãos no cabelo andando direto para a grande janela de vidro. Ele para e cruza os braços olhando para longe, enquanto eu saio de cima do balcão, mas escuridão não vejo nada que há no chão ou a minha frente. Está tudo embaçado e então meus pés tocam o chão e tiro meus sapatos e sinto o chão gelado. Eu não sei o que fazer, isso nunca aconteceu, não assim.
Então eu ando até a janela e percebo que há uma quase cicatriz em suas costas , eu não posso evitar e a toco delicadamente e ele se arrepia. Nossa, isso é estranho:- Eu não tinha visto.- então ele se vira e segura minha mão. Ele me olha com a luz da noite e eu a ele.
- Você não viu muita coisa. - ele sussurra e me solta.
- Quer que eu vá embora? - ele pega o sorvete esquecido.
- Não, claro que não. A menos que você queira, mas sinceramente eu não acho que sem luz seja fácil você achar um táxi.
- É verdade.- eu sussurro e agora eu encaro a grande janela de vidro e de braços cruzados,
Está tão estranho, não era assim. Esse acidente mudou tanta coisa, trouxe coisas novas. Coisa que eu nunca senti.
Ele senta em sua cama e cruza as pernas. Dando uma colherada em seu sorvete ele o pega e deixá-o de lado:- Não vai acontecer de novo.- então quando ele diz essas palavras e vira seu olhar para mim , eu desvio dele voltando minha atenção aos carros que se arriscam com as luzes de seus faróis. Talvez pais de famílias ou mães, casais, pessoas apaixonadas ou desastres amorosos:
- Você pode dizer alguma coisa? - ele me tira dos pensamentos loucos de minha mente.
- Porque o amigo bom? O que você quer dizer com isso ? - Eu não olho para ele.
Então ele se levanta e fica de pé ao meu lado, porém virado para mim e não para a janela:
- As coisas mudaram derrepente. - ele encosta na grande janela.- Eu não sei como isso aconteceu. Só aconteceu.- ele sussurra.
- O que aconteceu? - eu pergunto.
- Eu me apaixonei por você. No início eu achei que era coisa de tempo, que ia passar, que era coisa da minha cabeça mas naquela noite.- ele vira de costas para o vidro e fecha os olhos, já eu o olho confusa.
- Que noite ?
- Quando você bebeu.
- Quando me separei de Tyler?
- Sim.- ele sussurra muito baixo.
- Zac! O que aconteceu? - eu fico em sua frente e desfaço o nó de meus braços.
- Você não lembra?
- Eu te fiz uma pergunta.- eu reviro os olhos enquanto ele abre os dele e olha para baixo, para mim.
- Você estava fora de si. Você subiu no meu colo e eu disse para não fazê-lo, então.
- Diga que não.- eu sussurro.
- Nós não transamos. - ele franze o cenho e eu volto a respirar.- Mas só porque eu não estava afim.
- Como assim? - eu digo. Saiu como se eu estivesse ofendida, mas não estava. Eu lembro do meu estado.
- Você tirou a roupa. - ele passa as mãos no cabelo, deixando-as presas no fim de seu pescoço.- Você não se lembra mesmo ou está me zuando?
- Como eu posso estar zuando você? - Eu lhe dou as costas e nada , nenhuma memória vem em minha memória e então eu ando e paro no sofá perto do balcão. Eu nunca reparei nesse sofá.- O que mais aconteceu?
- Vai querer saber de cada detalhe mesmo?
- É óbvio. - então é minha vez de passar as mãos dentre meus cabelos.
°°°
- Vamos Zac! Eu preciso disso. - Mel sussurra no meu ouvido. Droga, o que ela pensa que está fazendo?
- Pare com isso! - eu advirto e então ela me olha nos olhos e movimenta seus braços.
Eu estou louco, não sei o que fazer. Nunca pensei que fosse ficar assim por Melanie. Ela está sentada no meu colo e minhas mãos em sua cintura tentando evitar um nada. Porque minhas mãos aonde estão não mudaram nada.
E agora? Melanie tira o casaco que peguei para ela dormir. Está apenas de roupas intímas. Eu já a vi assim, idaí? Bom, ela não estava no meu colo sussurrando em meu ouvido:- Eu sei que você gosta deles assim. - ela insinua seus seios e eu seguro suas mãos ea deito na cama.
- Por favor! Pare com isso.- ela ri. Ela é tão sexy deitada assim, tão desarrumada e com seus cabelos no rosto, sua respiração fora de série.
- Eu quero você. Você não meu quer?
Que Deus me perdoe, mas eu a quero. Nós nos beijamos com força, de um jeito que não pensei que fossemos capazes. Eu beijo seu pescoço , seu perfume é tão bom, doce. Então eu me perco em seu cheiro.
Quando volto a olhá-la, puta merda:
- Melanie, ponha uma roupa.- ela tirou o maldito sutiã. Mais como ela pode ser tão linda e ter estado tão perto de mim?
- Você não quer que eu faça isso.- ela ri.
- Eu não quero, mas não podemos. - então eu me levanto e volto a mim. - Tome.- pego a camisa.- Se vista.
°°°
- E foi isso. - Zac me olha na escuridão.- Foi apenas tudo isso.
- Que vergonha! - eu me jogo no sofá.
- Você estava bêbada.
- Eu estou com sono. - eu realmente me sinto cansada.
- Eu não terminei de falar de Jonh. Mas, é melhor você descansar. - ele se agancha em minha frente. - Se ele tocar em você dessa forma de novo. Melanie, eu juro que eu o mato. Eu acabo com a vida dele. Você entendeu?
- Aonde vou dormir? - me faço de avoada.
- Aonde sempre dormiu. Na minha cama.
- Depois disso tudo?
- Você ouviu o que eu disse?
- Ouvi.- eu sussurro com vergonha dele ter que dizer isso.
- Quer que eu durma em outro lugar ?
- Não, só pensei que você fosse se sentir desconfortável com a situação.
- Com você?- ele bufa. - Nunca.
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Os Apegos De Mel
Romance*Será editado após a conclusão Melanie já sofreu demais por amores que não a amaram tanto assim. Quando a sua vida parece encontrar um rumo ela descobre que nada é perfeito. Os Apegos de Mel tem como principal apego o seu amigo Zac , que sempre est...