Cega em um tiroteio

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Eu tinha me esquecido o quanto Jonh cozinha bem, talvez a melhor lasanha que eu já comi na minha vida.
Sentados no chão da sala aconchegante eu me sinto canssada, com sono:

- Então, quem vai ter a honra de lavar a louça? - Eu brinco.

- Não estou tão preocupado com isso.

- Eu estou, odeio pia suja. Eu lavo. - eu levanto em um pulo e sinto o vento frio que passa pela fresta da janela. Chove muito lá fora.

- Você não está canssada?

- Eu estou. - Ele levanta comigo.

- Então descanse. - eu reviro os olhos e percebo que estou agindo com mal humor.

- Deixe essa louça pra depois. - ele envolve minha cintura. Seja o que for que ele esteja querendo dizer, não estou preparada e nem afim.

- Eu vou ser rápida , prometo.

- Eu te ajudo então. - ele segue agarrado a mim até a cozinha e derrepente me sinto sufocada.

- Tudo bem . - eu diminuo a voz sem perceber.

- Você está bem? - ele pergunta cheirando meu cabelo.

- Ótima! - eu sorrio - Decidi, vou tomar banho. Já volto!

Eu me afasto dele e sigo andando. O que é isso agora? Pânico? Será que Zac atende meu telefonema? Será que ....
Zac? Até parece, o que ele tem a ver com isso?
Será que eu estou com medo agora? A essa altura do campeonato? Será que é o maldito pensamento de Zac me rondeando? Puts! Esqueça Zac.
Eu pego uma camisa larga e um short qualquer de pano. Logo entrando no chuveiro eu percebo que por mais frio que esteja nesse lugar, a coisa que eu menos preciso é um banho de água quente.
Eu não sei o que me deu derrepente, não faço idéia do que vim fazer aqui, como se nada fizesse sentido. Eu já fiz coisas assim antes, mas não com ex- namorados:

- Então, o que quer fazer ? - pergunta Jonh assim que saio do banho.

- Acho que lavar a louça. - digo com humor , secando meu cabelo com a toalha.

- Já lavei.

- Achei que estivesse cansado. - eu digo dando uma de confusa e ele ri.

- Eu sei o que quero fazer. - Ele diz se aproximando da porta do banheiro, tão masculo e lindo, forte, fofo, safado.

- Eu acho que a gente podia, não sei... - ele me olha com desconfiança e por um momento me sinto estranha.
Ele pega minha cintura e tira a toalha das minhas mãos e a joga longe, para dentro do banheiro. Em seguida cola sua testa na minha e solta um de seus belos sorrisos:

- Eu nunca esqueci você, por um momento. - que legal, ele está se assumindo maníaco. - O meu primeiro amor. - ele sussurra e eu não sei o que dizer, isso foi fofo mas vindo dele eu posso até ter um pouco de medo.
O cara que me proibiu de ir no baile da escola, que encarava qualquer marmanjo que ouzace em pensar em mim. O meu príncipe inseguro, que não gostava e parece que ainda não gosta de Zac, mesmo sabendo que somos quase um só:

- Meu primeiro amor.- eu sussurro mesmo não parecendo tão amoroso quanto precisava ser, ele não deve perceber. Estamos apenas tentando começar algo novo, é claro que ele era o grande amor da minha vida e tals, mas eu cresci, sou madura e passei por mals bocados talvez , até, por minha culpa.
Ele levanta a cabeça e roça os lábios nos meus, meu corpo estremece e ele me aperta mais forte, nada que aconteça aqui será uma surpresa, eu sabia no que estava me metendo e o que ele pretendia. Nos beijamos por um longo tempo e eu queria resistir, mas eu não sou capaz, ninguém é feito de ferro.
Eu tiro sua camisa e ele tem suas mãos abaixo da minha, enquanto a outra segura firmemente meu cabelo. Ele beija devagar o meu pescoço e eu só consigo sentir seu belo físico, então ele finalmente resolve tirar minha blusa, eu acho que esse já o começo do final, todos sabemos o que vai acontecer. Ele me leva pra cama e nada, nada ao nosso redor me chama atenção, eu me desligo de tudo e foco apenas nesse cara que diz fielmente me amar, que acretida que sempre serei seu maior amor.

°°°
Deve ser madrugada, Jonh está dormindo como uma criança, sereno e enrrolado nas cobertas. Eu me movo de seus braços e ele se move comigo, droga. Eu tento novamente e ele acorda, com um sorriso radiante:

- Bom dia ?

- Acho que ainda é madrugada. - ele me solta e me dou conta que meu cabelo deve estar um pesadelo.

- Você está tão linda. - agora ele é sensitivo.

- Obrigada. - eu sorrio timidamente.

- Está com fome? - ele senta cama.

- É a única coisa que sabe me perguntar?

- É a única coisa que sou capaz de pensar, no momento. - ele sorri.

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