Ligando os pontos

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- Deixa eu ver se eu entendi bem. - Kylie para por um segundo tentando entender eu não faço idéia o que.

- O que foi? - eu pergunto jogando minha batata frita nela, eu faço isso muitas vezes.

- Você dormiu na casa do Zac e por isso só deu tempo de vir agora, na hora do almoço?

- Nossa, que bom que você tem ouvidos. - eu levo uma de minhas mãos ao meu peito.

- O fato de Zac ser uma maldição de gostoso e Jonh ser lindo, simpático, amoroso, ter grana e parecer ainda gostar de você, me deixa muito confusa.

- Agora eu que não entendi. - eu encho minhas batatinhas de catchup, nem tudo é bom com catchup.

- Eu explico. - ela termina de beber sua Coca - Eu não entendo como você, com tanto homem bom na sua cola , só se envolve com traste. Não entendo como você e Zac ainda não acordaram pra ver o óbvio.

- Óbvio?

- Sim. Nossa, ele tem razão, como você é lenta.

- Como assim? Eu sei do que você está falando, mas eu me finjo de boba porque eu não quero, só isso.

- Hum. Ou você quer o outro. - ela abaixa o olhar.

- Como assim? Pare com isso.

- Se eu fosse você, ficava com o que tem o PIB maior sabe.

- Cale a boca. - eu não acredito nisso, aliás, vindo dela eu acredito.

- O "PIB" do Jamie é tudo isso?

- Mais do que eu preciso no momento, mas estamos falando de você minha querida.

- Kylie eu só não quero acreditar que essa mudança de Zac venha ser atração, porque uma hora vai acabar, mesmo que demore.

- Atração, tudo que você precisa em todos os sentidos.

- Nem vem. - eu me encosto no estofado do bar.

- Não vou mesmo não, quem vai é você.

- O que ? - ela só viaja.

- Esse fim de semana você sai do zero a zero.

- O que ? Eu não. Pare com isso. Não se meta na minha vida.

- Querida, eu sou a sua vida. - então ela se levanta - Já que você ganha mais que eu, bem mais até, pague a conta. Boa tarde! - ela joga um beijo no ar e sai .

É tudo sem emoção, sem nada novo, eu preciso de aventura e não pretendo reviver passado, mesmo que ele esteja inrresistível em uma camisa social branca e completamente sexy espondo algumas de suas tatuagens no braço que só agora eu percebi:

- Sozinha? - Jonh, não se você quizer.

- Você quer sentar? - ele aceita e senta. - Na verdade eu estava com a Kylie, mas é obvio que ela foi embora.

- Eu percebi .- ele solta uma gargalhada que me trás melancolia e me lembra dessa mesma risada sussurrada em meu ouvido a alguns anos longos atrás.

Eu na pressa de me vestir sai de casa como uma colegial. Prendi meu cabelo que agora parece estar maior, em um coque alto e desarrumado. Botei a primeira calça jeans que achei no armário e essa é cós alto, então aproveitei e usei meu primeiro e velho cropped marron:

- Você está linda, algo de que me lembro bem. - ele sorri, eu amo sorrisos.

- Obrigado, você está nesse mesmo caminho.

- Se ele me trazer e não te levar de volta.- meu sorriso congela e eu não sei o que fazer. Ultimamente tem acontecido muito isso.

- Eu preciso voltar pra agência.

- Trabalho? É claro, eu levo você.

- Não, não precisa é aqui perto.

- Melhor que ai você não se atrasa e ruim porque meu tempo com você diminui. - eu lhe libero um sorriso doce.

- Tudo bem então cavalheiro.

Pelo andar da carruagem a gente vai longe e sabe aquilo de não viver passado? Esquece porfavor.
  É um caminho curto e foi ainda mais com sua presença, vou me basear no "tudo que é bom dura pouco", eu espero que isso não mude, aliás, só o fato de durar pouco eu devo ressaltar.
  Ele me trouxe até a porta do meu trabalho e falamos de tudo, eu descobri que ele é dono de uma loja de esporte , mas, que estava de roupa social só por causa de uma reunião:

- Antes de ir eu queria saber se amanhã a noite. Você e eu. A gente podia. - ele tropeça nas palavras : Jantar?

- Jantar? .- não querida, imagina. Ele tá te chamando pra foder na lua.

- É , eu acho .- ele faz cara de confuso.

- Eu acho que sim. - eu dou meu meio sorriso de não sei de nada.

- Então, eu te pego na porta da frente?

- Eu acho que sim.

- Okay então. - ele se aproxima e finge trilhar o caminho direto a minha boca, desviando para minha bochecha. Nota mental, nunca fazer isso.

[ ...]

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