Capitulo 1

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— Own, meu amor, você é tão fofo!

Ah, fala sério, essa coisa de ter um namorado já passou de moda. Ou não? Bom, eu sei que eu não preciso de um.

Estou muito bem espiando a vida dos famosos, fofocas na internet, vendo filmes e falando com minhas amigas. Viu? Estou feliz sem um namorado.

Minhas amigas e eu estamos na mesma situação, e estamos felizes, não é?

Eu sou Olívia Fisher, moro em Oxford e estudo na Balliol College, tenho dezessete anos e estou no pátio observando coisas chatas e melosas de namorados enquanto arrumo as alças da minha mochila. Minhas melhores amigas são Anne Lewis e Mary Smith, que estão praticamente vomitando ao meu lado.

— Vamos Liv, não aguento mais!
— Insistiu Anne novamente me puxando e Mary assentiu com a cabeça.

— Pronto, acabei, vamos. — Disse erguendo as mãos em rendição e revirando os olhos.

— Bom, ficaram sabendo do show?
— Perguntou Mary.

— Sim Mary, você disse hoje de manhã.
— Dissemos eu e Anne em uníssono.

— Ah, eu quero tanto ir! — Insiste Mary

— Mary, você tem dezessete anos, seus pais não vão deixar nunca, ponha os pés de volta no chão.
— Disse Anne e todas nós rimos do fingimento de choro de Mary.

— E fora que o show é daqui a dois dias, e as provas começam...?
— Pergunto olhando para Mary.

— Daqui a dois dias. — Respondeu a mesma, frustrada.

— Ah, não fica assim — puxo as duas para um meio abraço. — podemos estudar juntas, que tal?

— Ok... Mas só se formos estudar mesmo. — Disse Anne, séria.

Todas nós caímos na gargalhada.

— Ah, será que não tem como pelo menos fingir que não é impossível?!
— Pergunta Anne rindo.

— Não. — Respondemos eu e Mary da mesma maneira.

Minha barriga roncou.

— Bom, eu vou para casa, estou morrendo de fome e o almoço já deve estar pronto, querem ir para a minha casa? — Pergunto.

— Está falando sério Olívia? Nós somos vizinhas! — Disse Anne, rindo.

— Nossa, não estão mais convidadas.
— Disse fingindo estar magoada e fazendo cara feia.

— Bom, minha mãe me quer em casa hoje para cuidar do Henrique, se quiserem aparecer lá mais tarde, estão convidadas. — Disse Mary dando uma piscadela e correndo para casa.

— Ah, o Henrique só tem 3 anos, é só colocar algum programa infantil que ele pega no sono. — Disse Anne começando a andar em direção a casa, que por sorte ficava bem perto da escola.

— Bom, eu vou lá mais tarde, pois ficar sozinha em casa é um saco. Corrida até casa? — Pergunto com uma sobrancelha levantada.

— Valendo?

— A resposta do dever de matemática.

— Te vejo lá — Disse Anne começando a correr.

— Ei, isso não é justo! — corro, tentando alcançá-la. — Não vale! Volta aqui!

Acabou que Anne chegou na minha frente, ambas ofegantes de tanto correr. Olhei para Anne e pensamos "O elevador está interditado". Ah não, teremos que subir pelas escadas!

— Já sabe, né? Vai ter que fazer o dever de matemática correto e me passar a resposta. — Disse Anne em quanto subíamos quase em câmera lenta.

— Tudo bem, Anne, relaxa, eu prometo. —Disse cansada só de pensar que ainda faltavam 10 degraus.

Quando finalmente chegamos, estávamos esgotadas e mal conseguirmos ir para casa.

— Olívia, que demora foi essa? O seu almoço quase esfriou! — Exclamou minha mãe.

— Desculpa, mãe — joguei minha mochila no sofá. — fiquei jogando conversa fora com as meninas e acabei perdendo a noção do tempo, foi mal mesmo...

— Tudo bem filha, é fase. — Disse minha mãe acariciando minha cabeça e eu abri um sorriso forçado. — Agora coma para depois estudar.

Minha mãe me estendeu o prato. Macarronada, como eu amo macarronada!

Comi tudo e só não repeti porque sabia que o dever de matemática não estava nada fácil, e ainda tinha que passar a resposta para Anne, e com certeza Mary ia querer também.

Bom, essa é a minha vida super legal de uma adolescente que não namora. É isso que elas fazem, certo?

Minha lista de (não) namoradosOnde histórias criam vida. Descubra agora