Depois de três horas de pura falação, ansiedade, spray's e acessórios para o cabelo, resolvi ir para casa.
— Olá, filha! — cumprimentou minha mãe com um enorme sorriso.
— Olá, mãe — respondi retribuindo o sorriso. — O que teremos para o jantar?
— Hum... Comida japonesa! —respondeu minha mãe.
— Que ótimo, adoro comida japonesa
— me sentei em uma das cadeiras. —Mãe, sabia que vão chegar garotos novos na escola?Minha mãe me olhou com um sorriso de canto.
— Não, nem pense nisso, afinal, seremos apenas amigos e olhe lá. —respondi pondo o caderno com a lista de volta na mochila.
— Olívia, entenda: Você pode não querer nada sério com ninguém agora, mas aposto que quando ver eles, vai querer mais que amizade, o que é super normal para pessoas da sua idade. Não se esqueça, você já tem dezessete anos.
— explicou minha mãe.— Eca, mãe! —fiz uma careta. — Claro que não, não gosto de ninguém, e aposto que os garotos nem devem ser tão bonitos assim.
E essa foi uma das maiores mentiras que já contei. Os garotos eram a oitava maravilha do mundo!
Minha mãe me serviu um barco com diferentes tipos de comida japonesa e dois hashis.
— Mãe — disse com a boca cheia —, não notou nada de diferente em mim?
Minha mãe me olhou da cabeça aos pés, e quando olhou para meus cabelos, arregalou os olhos.
— Olívia, o que você fez com seus cabelos?! — perguntou minha mãe apavorada.
— Gostou? — perguntei balançando os cabelos. — Mary e Anne arrumaram ele.
— E-Eu adorei! Olívia, você está linda!
— Está dizendo que eu era feia?
— perguntei com uma sobrancelha levantada.Minha mãe ficou pasma e começou a gaguejar algumas coisas.
— Brincadeira! — disse morrendo de rir da reação dela.
Minha mãe riu também enquanto passava a mão na cabeça, envergonhada. Me levantei e fui em direção ao corredor. Pus a cabeça para fora para falar com a minha mãe, que estava me olhando.
— Bom, agora eu vou dormir para acordar mais linda e maravilhosa amanhã — joguei os cabelos —, para os garotos.
— Ooowwnn.
— Ai, mãe! — disse caminhando em direção ao meu quarto —, era só brincadeira!
Coloquei meu pijama e me deitei na cama.
"Qual será o garoto mais legal?" "Será que vão gostar de mim?" "Será que seremos, pelo menos, amigos?" "Será que vão ser só mais alguns garotos que vão me ver como fantasma?" — eram as perguntas que pipocavam na minha cabeça.
Bom, eu não posso fazer nada a não ser torcer para nos darmos bem.
Me aconcheguei em minha cama e por um momento, tentei esquecer de todas as minhas preocupações e listas de coisas ruins que poderiam acontecer. E adormeci.
***
— Acorda, Liv! — alguém dizia me mexendo, essa voz era familiar.
Quando abro os olhos, vejo minha mãe, Mary e Anne sorridentes em frente a minha cama.
— Que horas são? — perguntei sonolenta.
— Seis e meia.
— Ah — bocejei—, deixa eu dormir mais um pouquinho...
Anne limpou a garganta e disse:
— Eles chegam hoje.
Levei apenas dois segundos para digerir aquela informação. Arregalei os olhos.
— Meu Deus, já era para eu estar pronta, por que não me acordaram antes?!
— perguntei saltando da cama.Vesti meu uniforme, escovei os dentes, penteei os cabelos e coloquei os sapatos. Estava pronta.
— Você não vai se maquiar? —perguntou Mary.
— Não — disse pegando minha mochila e indo em direção a porta. — Vamos?
— O.k. — Anne e Mary concordaram.
— Tchau, mãe! — me despedi.
— Tchau, tia! — minhas amigas se despediram.
Por um momento, todas as preocupações vieram à tona, por um momento, queria arranjar qualquer desculpa para não poder ir.
E se desse tudo errado?
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Minha lista de (não) namorados
Novela JuvenilOlívia Fisher é uma adolescente de dezessete anos que se sente completamente diferente das outras pelos simples fato de não ter um namorado, coisa que ela não da muita importância (e sorte). Pois bem, ela não está sozinha. Suas amigas Mary e Anne es...