Bem... Como prometi. Tenho que lhes contar o restante da história. Tentarei ao máximo ser breve. Tom ficou um pouco nervoso. Depois que usou o Priori Incantatem no garoto, tudo apareceu em sua cabeça. Porém com tudo aparecendo de uma vez em sua mente, ele não entendia nada e o dono do Caldeirão Furado pediu pra ele se sentar. Ele se certificou de que nenhum outro freguês escutasse. Então ele começou a falar:
-Olha... Não sei se eu sou a pessoa certa pra te falar. Mas vou contar o que eu sei. A sua mãe sempre aparecia aqui. Naomi. Era uma boa garota. Fugiu do Japão por causa do Você-Sabe-Quem e... -O garoto olhou pra ele confuso e disse:
-Não, não sei de quem o senhorr está falando.
-O Você-Sabe-Quem! Um bruxo das trevas que estava aterrorizando o mundo! Sua mãe fugiu do Japão por causa dele. E conheceu um homem. Pierre. Um francês. Eles se apaixonaram e foram viver na França. Onde você nasceu e viveu por um período. Mas esse homem era um subordinado de Você-Sabe-Quem. E depois que você nasceu ele matou a sua mãe e seus avós o mataram e o mandaram para um casal de abortos aqui em Londres. Você tinha cinco anos. Mas apagaram sua memória para você na se recordar de nada.
O garoto ainda não entendeu nada. Mas então Tom perguntou se ele desejava ir a Hogwarts, Mahoutokoro ou Beauxbatons. Ele disse que queria Hogwarts e Tom o falou o mesmo que falou a Hermione:
-Entre no beco atrás do bar. Bata nos tijolos mais vermelhos e quando o muro se abrir vá até o prédio branco e torto no fim da rua. Ao entrar fale com o primeiro duende que vir.
O garoto fez isso e deu de cara com uma rua estranha para ele. Ainda tentando entender toda aquela história maluca que o dono do bar havia lhe dito ele andou enquanto via lojas vendendo vassouras, poções, varinha e livros estranhos. Quando ia se aproximando do prédio branco Hermione saiu de lá com cara de enjoada e disse que um daqueles... Duendes... Acompanharia ela até em casa. Adam entrou e disse ao Duende sobre o seu sobrenome e quem era sua mãe. O duende pediu a carta de Hogwarts e ele a entregou. Depois de ler ele disse:
-Muito bem. Parece tudo em ordem. Agora siga-me por favor Sr. Chevalier.
Adam o seguiu até um lugar semelhante a uma caverna e o Duende pediu para ele entrar em uma carrinho. Adam me descreveu mais tarde que a sensação de andar naquela coisa (eu nunca tive a oportunidade de fazer isso felizmente). Quando o carrinho parou eles estava de frente a uma parede com o número 973. O duende pôs a chave em uma pequena fechadura e a porta se abriu. Antes de Adam entrar ele disse:
-Esse é o cofre de seus avós. Você pode pegar tudo o que precisar. Mais caso eles façam alguna reclamação você não poderá mais fazer retiradas. Entendeu?
-Sim, senhorr - Disse o garoto ansioso para ver o que havia dentro daquela sala. E qualquer um ficaria ansioso. Daria todos os galeões que ganhei com bardo só para poder ter visto a expressão que se estampou no rosto do garoto, quando ele viu a montanha de moedas que havia dentro daquele cofre. O duende puxou a manga da roupa dele e perguntou:
-O senhor vai para o primeiro ano, não é? Poderia me emprestar a lista de materiais que o senhor precisa? Assim eu possi anotar o valores e você só pega o que precisar. -Adam deu a lista a ele que analisou item por item. Parou enquanto lia o nome dos livros e disse -Não acredito que Scamander publicou mesmo esse livro que passou anos escrevendo. -Adam não entendeu o que ele quis dizer. O duende fez a lista com os valores e acrescentou mais um pouco para a passagem.
Ok... Sei que essa parte da minha narração está um saco. E as perguntas deixadas em aberto podem não ter sido muito bem esclarecidas. Mais uma vez eu peso paciência. Meu fardo é ter de contar essa história. Então é exatamente isso que eu irei fazer. O duende deu um pacotinho com as moedas e no pacote escreveu o nome das lojas que o garoto deveria comprar os materiais. Ele disse que levaria o garoto para casa, mas de um jeito rápido.
-O que o senhorr querr dizerr com isso? -O duende agarrou o braço do garoto e o levou por aquele carrinho outra vez. Foi com ele até a entrada do banco e desaparatou. Quando Adam se deu conta estava na frente de sua casa sozinho. Estava se sentindo muito enjoado. E teria vomitado se Hermione não tivesse aparecido.
-E então? O que o homenzinho te disse? -Adam explicou toda a história (exceto a parte da sua mãe) e Hermione ficou curiosa. A conversa iria durar se o "pai" de Adam não houvesse aparecido e o puxado com força para dentro de casa. Não quero comentar o que ele fez com ele lá dentro. Mas as marcas iriam ficar nas costas de Adam pelo resto de sua vida. Ele ficou furioso pelo garoto ter saído sem permissão e ter escolhido sozinho a escola que iria frequentar. A "mãe" apareceu mais tarde e limpou os machucados nas costas do garoto.
No dia seguinte Hermione chegou a casa dele animada. Ela havia ido até o Beco Diagonal com seus pais e comprado todos os materiais. Ela falou que havia encontrado outras pessoas que também iriam para Hogwarts e elas falavam sobre uma plataforma e King's Cross que só se abria no dia primeiro de setembro. A plataforma nove e meia. Então, o tempo passou. E no dia primeiro de setembro tanto Adam quanto Hermione foram a King's Cross e acharam a passagem escondida por uma parede não solida entre as plataformas nove e dez. Eles ficaram em uma parte do trem e um tempo depois uma garota de cabelos pretos e encaracolados sentou ao lado de Adam e à frente de Hermione.
Adam não sabia que aquela ao seu lado era Elaine Black. A garota que iria se tornar sua maior amiga. Que o ajudou na parte mais a frente que contei antes. E contarei como foi a primeira conversa dos dois (três se contarmos com Hermione). Mas isso só em outra oportunidade.
Mal feito, feito!
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Hogwarts: Uma História dos Cinquenta Caídos
FantastikVocê já parou para pensar como seria a vida dos alunos "normais" de Hogwarts durante os eventos da saga Harry Potter? Como os outros alunos viam as coisas acontecendo? E será mesmo que a história é exatamente como contada nos livros? Ou será que den...