O mal da vida é a melancolia
Em torno dos dias ela cresce
A gente, claro só vive de desídia
É o plano carnal
Nada que explique a mente acima desse
Mero plano mortalÉ claro que viver nem sempre é uma escolha
Afinal de contas a vida esbarra no ser
As vezes as coisas rolam e
a gente simplesmente aparece
Mesmo sem quererEstamos aqui talvez não para viver
Quer dizer, não totalmente se permite dizer
Sejamos nós o incentivo para pessoas destinadas
Heróis de contos de fadas que ainda estão brotando
Somos rostos no meio de um milhão
Esperando nascer um outro
Que se destaca da massa
Amansando o mundo se preciso forCaso não necessite somos esterco para o solo
Somos como um filme
Estou mais para São Paulo: sociedade anônima
Sem perspectiva de vida
Sem enxergar um palmo a frente
Sou só o presente e dele absorvo o máximo
Do cotidiano normal
Respiro fundo, refletindo e
Aproveitando o vazio existencialSinto-me privilegiado pela visão periférica
Apesar de ser tão pequeno
Vendo as pessoas crescer
Enquanto desço fundo nesse mundo
Como em bufalo 66
Ás vezes é ruim andar de ficha limpaAs asas do desejo acalmam meu coração
Que palpita para fora
Ele sobe, desce e rola
Servindo de escada
Conforta minha emoção
Nao sirvo freguês sem um bar de pão
Não existo sem motivo,
Mas vivo sem ele
Quem me dera sumir agora,
Só que ainda não é a hora