Seus beijos banham o luar.
Isso é dor , querida.
Das mais doloridas.
Logo você que nunca feri deixou rombos em meu coração.
A lua, esse maldito satélite, não para de brilhar... É sempre assim, todo dia na mesma hora e lugar, só pra ajudar a lembrar.
Há chance de se perder no meu coração.
Sua voz abafada, como não percebi esse falso amor em você.
O culpado fui eu?
Não pondera dizer.
Poderá ser a lua se meu peito aceitar.
A lágrima deixa escorrer o que resta de ti, seus beijos irão se apagar voltando o significado de amar.
Se fosse por mim você nunca ia entrar, mas fazer o que? Já tinha a chave do coração, da meu portão, do meu quarto e quando percebi estávamos num enlace.
Se não fosse o maldito luar seu cabelo nunca ficaria tão sedutor. Por favor, para! De montar em cima de mim. Para de pisar nos cacos em que me deixou, garanto que vai se cortar. Esse transe acústico, mais um lance casual explica o porque desse brilho diferente, seu corpo um indigente.
Não venha com essa de que avisou, fala com meu teimoso coração.
Estou como me deixou, cheio de furos, coado como uma peneira vazando a tristeza pelos olhos.
Sinto pena de você, aliás não sinto nada além disso.
Agora consigo perceber seu alucinógeno era um veneno de paixão.
Executou direito seu plano se permite elogios.
Maltratou sem medo nem receios muito menos arrependimentos um coração.
Fica tranqüila que não vai ter volta, a vida tem o péssimo costume de comprar brigas.
O tempo, bom ... Ele não vai curar pois não é remédio.
Digo assim que o tempo é o momento que levamos pra aceitar que as coisas vão mudar, e fiquei sabendo que já me largou e qual o motivo que me segura?
É péssimo mais já aceitei, mesmo chorando olho pra lua e vejo seus beijos, me despeço afinal sou cordial. Amadureci mais um pouco, me resta agradecer a lua, pois quando ela brilhar novamente, e eu sei que vai, posso finalmente observar um sol que queima por traz e outras estrelas que percorrem o céu, aquilo era só um satélite de qualquer forma.
E bom... Satélites só apagam luz.