Música: Lucy rose: Middle of bed/ shiver (essas são as músicas eu espero que curtam a vibe ;3 ).
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Quatro jovens se encontram entre os arredores de um bosque qualquer e um precipício.
A faixa estreita e árida que corta o verde pela metade e o divide num poço sem fim do imenso precipício ao qual na sua ponta fica um trilho corrido que faz a curva nesse lugar sem um possível destino ou ponto de partida.
Voltando a vaca fria, os jovens, duas meninas e dois meninos que vem do nada sorriem uns pros outros e dão um áspero abraço que imita o calor e aperta seus corações.O primeiro, um garoto,
dotado de um tom interminável de euforia, olha ao seu redor e enxerga a imensidão do céu azul e lá deita sobre a relva presente no lugar mais próximo, onde deitado dobra seus braços por trás da cabeça formando seu travesseiro e com os olhos brilhando forma um sorriso tão lindo com seus tons de tarde, ele diz :- até que essa tarde acabe meu olho não para de brilhar, meus sonhos não vão dormir no imenso céu a frente, acima nem tão a costa.
Todos riem, mas no fundo compreendem o que o jovem disse.
O segundo, um garoto tão mórbido que produz um vulto de confusão e ao abraçar a brisa que escorria pelo seu corpo correu em direção ao metal quente dos trilhos em direção a liberdade. As amarras ou elos eram cortados naquele sombrio crepúsculo que ele fitava. Misterioso e complexo seu lábio corado e o impossível de sua pele cor de mel ressaltada pelo horizonte com a areia dos trilho que beiravam a sáfara.
O menino ameaçava cair e o vento o empurrava, dizendo:"- você não foi feito pra voar", tudo é claro sem ao menos falar.
A areia era chutada levantando uma nuvem de pequenos detritos carregados de muita poeira.
A terceira, uma jovem frágil.
Em seu coração feito para guardar a bailarina da caixa de música.
Terceira recebia a enxurrada de areia pessimista a mergulhava em um mar de dúvidas que já lhe sufocava faz tempo.
Nunca saia da água, pois precisava de um barco e umas palmeiras. Seu sorriso um sol próprio , ela foi feita pra brilhar e por isso precisava urgente de um fogo que aquecesse seu domingo a tarde e encontrou isso no sol o astro rei.A quarta integrante olhava da ponta do bosque a última árvore perto do trilho imaginando o motivo do por que ousou cruzar o impossível e frutificar no árido e áspero chão.
Da tamareira caiam frutos que ela recolhia.
A jovem e seu amor impossível. Conturbados momentos.
Encantadora a maneira única dela assistir o sol se por pela sombra que fazia nas tâmaras e reconhecer o mundo através do sonoro grito de ecolocalização que nascia com crescer do manto noturno. Os morcegos acordavam para seu novo dia ao se alimentar dos frutos.
Ela sabia que o mesmo sol que se esconde no penhasco nasce no Japão quase como o pulsar de seu coração.
Já dentro da tarde os jovens deviam aceitar suas diferenças para que no fim do trilho se encontrem.
Era tarde pra uma despedida e em prantos os pouco unidos se separam, mas era mais tarde ainda pra dizer um adeus tão breve dessa vez o abraço não seria falso.
E no último suspiro de amizade os quatro se vêem no pior dos demônios a outra noite que nasce...