No lar dos meus temores, a mente,
Não habita a solidão presente
Nela encontra uma bruma
De tal espessura que minha alma
Colore de fuligem escura
Nesse mar desconhecido
Que me lava de frio ardido
Que adentro mergulho perdido
E encontro-me
ó, sim!
Nessa água tom de negrume
Que por cima de mim assume
Um céu estelar
Que na via láctea passeia e a mim incendeia
Num espaço mínimo me põe a respirar
O ar que um milhão arfa,
Transita,
E encontram-se emergindo
Em nicotina e depressão maldita.