☆ Capítulo 23 ☆

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Já se passaram alguns dias desde que Kai voltou para a Coréia, junto com aquela vaca falsa. O Chanyeol marcou de irmos na casa dele, mas sinceramente, não quero ir. Só vou porque prometi ao Kyungsoo.

Eu e Luhan conseguimos nos entender, pedi desculpas e ele também disse que não devia ter me provocado. Mas ele tem sido um pouco mais protetor que o normal em relação ao Kai.

A cada dia tenho mais motivos pra não gostar da Krystal. Ela todos os dias leva alguma coisa pro Kai quando somos liberados do curso. Até uma pulseira com a letra K ela deu. Eu até pensei em roubar e jogar fora, mas não vou me rebaixar a isso.

- Hey, Anni. Sai desse seu mundo mental e vê se entra na conversa - Sehun me chama.

Quando olho para Kai, vejo a vadia sentada no colo dele. O QUÊ? ELA VAI VER SÓ.

Ameaço levantar mas Kyungsoo me segura.

- Não, Anni. Se você demonstrar, ela ganha - ele me pára.

Continuamos a observar, e quanto mais olho, mais ódio eu sinto.

- Anni, você está bem? - ela pergunta, que sonsa de bosta.

- Ótima, melhor impossível - sorrio e ela sorri também.

- E o Luhan? Não veio por quê? - Que garota intrometida!

- Porque ele não quis. Ele confia em mim o suficiente pra deixar eu vir sozinha - digo.

- Que bom. É chato quando não tem confiança entre o casal. Principalmente quando não se tem certeza do que sente.

EU VOU MATAR ESSA GALINHA.

- Ainda bem que não é o meu caso.

- Krystal, você tem um seguro de vida? - D.O a pergunta.

- Não, fofo. Por quê? - ela deveria saber que ele odeia ser chamado de fofo.

- Porque você pode morrer a qualquer momento, querida - ele a ameaça e ela engole seco.

Começo a rir.

- Brincadeira. Pode relaxar, medrosa - todos nós começamos a rir, eu e o D.O então..

- Não faça isso, sou cardíaca - ela diz.

"PENA QUE NINGUÉM SE IMPORTA, NÉ NON?!"

Decidimos assistir um drama, e, vou dizer pra vocês, foi a pior vez que eu fiquei com eles. Eu fiquei agarrada ao Kyungsoo e Chanyeol, enquanto ela ficava agarrada ao Kai, deitada no colo dele, o pior é que ele deixou. Cafajeste. A minha vontade agora é de ir embora.

E é isso que eu vou fazer.

Me levanto e pego minha bolsa.

- Tchau pra vocês - digo e vou em direção a porta.

- Anni.. O que houve? - Chen pergunta preocupado.

- Eu preciso ficar um pouco sozinha - saio sem dizer nem mais uma palavra.

Ando pelas ruas sem nem ter vontade de ir pra casa. O tempo está fechado, mas eu nem me importo, nada comparado a o que estou sentindo.

Eu esperava que quando ele voltasse, ia ser diferente. A gente iria se aproximar mais e eu ia conseguir dizer o que eu sinto. Mesmo que a gente não ficasse juntos, ele ia saber. Mas agora, eu sinto como se ele estivesse enfiando mil facas no meu coração.

Eu o odeio, o odeio por ser tão lerdo, por não reparar em mim, mas me odeio ainda mais, por não ser o suficiente, por amar alguém que eu sei que nunca vai me olhar da mesma forma.

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