Ultimamente, Jackson não pensava em outra coisa. Não só ultimamente, mas nós últimos cinco anos. Cinco anos. Cinco anos desde que não via o seu primeiro amor. O amor que, por mais que tentasse, não conseguiria esquecer. O amor que, por mais que fosse, às vezes, esquecido por um tempo por pessoas inúteis que se envolveram amorosamente com Wang. Ele tivera de ser ensinado em casa por seus parentes que falavam inglês, já que na China, obviamente, ele não aprenderia tão rápido o idioma. Quando foi para a faculdade, que se encontrava também nos Estados Unidos, mas em NY, Jackson perdeu quase todas as esperanças, estava desistindo de tudo. Ele sabia que nunca mais veria Mark, por mais que doesse...
Mark havia continuado em Los Angeles. Mas, mesmo conhecendo todo aquele lugar, parecia perdido. Os amigos de Jackson se tornaram amigos dele, e depois que eles decidiram não manter contato, Mark não tinha mais vontade de fazer nada; perdeu contato com diversas pessoas, não conversava tanto com mais ninguém. Ele havia ficado com alguns garotos da escola, em busca de esquecer tudo isso, mas não havia acontecido ainda. Ele não tinha mais vontade de pintar as unhas, mas a esperança de rever Jackson Wang, por mais que fosse pequena, permanecia.
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- Jackson, acorda! - gritou Kihyun, que estava na cama de cima. - Você viu o Changkyun?
- Ele foi mais cedo para a escola hoje - sussurrou Jackson. - O que é um alívio, pelo menos não fiquei de vela para os dois.
Changkyun e Kihyun formavam o casal mais lindo daquela faculdade toda, Jackson tinha certeza. Ele dividia o quarto com os dois e às vezes preferia dormir na casa de outros amigos, para não atrapalhar certos momentos. Ele também imaginava como seria se estivesse com Mark, aqui, na faculdade novaiorquina, sendo um casal tão fofo quanto eles; tendo momentos aconchegantes, com Mark afagando seus cabelos - que agora não eram mais pretos, e sim platinados.
E então, mexendo em seu celular, recebeu uma ligação de número desconhecido.
- Oi, Jackson, eu vim te retribuir um favor.
- Quem é você?
- Eu te devo uma coisa, Wang Puppy - essas palavras fizeram Jackson estremecer. Mas não de medo, e sim de nostalgia. Park Jinyoung estava finalmente falando com ele.
- JINYOOOOUNG - Jackson gritou. - MEU DEUS, QUE SAUDADE. ONDE VOCÊ TÁ? MEU DEUS, VOCÊ AINDA TEM CONTATO COM OS OUTROS MENINOS?
- Jackson, chega de perguntas por agora - o platinado ouviu uma risada abafada vindo do outro lado da linha. - Eu ainda vivo em LA, e consegui seu número porque inesperadamente achei o número do seu pai e liguei, para ver se ele continuava com o mesmo. Eu me impressionei, como alguém continua com o mesmo número por cinco anos? Ah, enfim, eu pedi seu número para ele. E eu quero dizer mais uma coisa: eu faço faculdade com alguém em especial.
- Quem? - Jackson estava apreensivo.
- Mark Tuan.
Ao ouvir aquele nome, foi como se tudo que havia dentro de Jackson parasse completamente; ele respirou fundo, arrepiado, e não conseguia dizer nada. E quando foi dizer uma coisa importante, Jinyoung o interrompeu.
- Jackson, sem drama! Vou te passar o número dele, vocês precisam se encontrar. E, como presente, olha debaixo da porta do seu quarto.
Jackson correu, pegou a carta que havia debaixo da porta e viu que era algo vindo da caixa postal; quando algo assim chegava, a escola entregava no quarto de cada um. E então, ao abrir, Jackson abriu a boca como nunca havia feito; era uma passagem para LA. Ainda impressionado, recebeu uma mensagem de Jinyoung com o número de Mark, e então as ideias na cabeça de Jackson começaram a aflorar.
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/texting/
Número desconhecido: Mark...
Número desconhecido: faz muito tempo que não te vejo.
Número desconhecido: será que a gente pode se ver, amanhã à noite? vá até o parque de diversões.
Mark: quem é você e o que quer comigo?
Número desconhecido: Mark, sou eu. Você sabe quem sou eu, certo? eu sou a única pessoa que te diria para ir para o parque de diversões. se quiser ir, a gente se vê na fila para o lugar onde aconteceu aquilo. Você vai ter uma surpresa.
Mark: Jackson? [sua mensagem não pôde ser enviada].
