Capítulo 1 -Percy

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Acordo com o despertador tocando e sei de imediato o que significa. Mudança para Manhattan, com esse pensamento me lembro de coisas, das quais me forcei à esquecer, mas infelizmente memórias ruins são como cicatrizes, marcadas pra sempre em sua pele.
Me obrigo a jogar esses pensamentos para o fundo da minha mente.

Finalmente tomo coragem e me levanto para tomar um banho, eles sempre me ajudam à pensar direito.
Meu nome é Perseu Jackson, tenho 16 anos e quase sempre morei em New York, com minha irmã Alice Thompson, de 15 anos.
Manhattan... nunca pensei que precisaria voltar naquela cidade de novo, você deve estar se perguntando onde estão meus pais, minha mãe morreu quando eu tinha 10 anos, nunca gostei de falar sobre o assunto,e meu padrasto é um empresário muito rico que passa um fim de semana por mês comigo e com Alice. A minha relação com Valter Thompson, meu padrasto, nunca foi muito boa, estávamos sempre brigando. Hoje em dia só é mais calmo pois, nos vemos muito pouco e parei de dar tanta importância pra ele. Já com Alice, Ali como os amigos à chamam, ele sempre foi mais carinhoso, acho que é porque ela gosta dele e porque ela é a filha biológica, mas mesmo sendo carinhoso nunca foi tão presente na vida dela quanto eu. Há seis meses descobri que ela estava sendo vítima de bullying na escola, e que por isso estava tendo crises nervosas. Término o banho, me enrolo em uma toalha e saio do banheiro. Pego a primeira roupa que surge na minha frente, nunca me preocupei muito com aparência, diferente de Alice que gasta rios de dinheiro em roupas novas todo mês (nunca há vi repetir uma só peça), acabo de me arrumar quando me olho no espelho não vejo nada de diferente só um cara com um semblante triste, calça jeans, tênis pretos e camiseta branca. Coloco a mochila no ombro e dou uma última olhada no meu quarto: cama à direita da porta, uma sacada modesta, uma escrivaninha do lado oposto da cama, resumindo um quarto bem simples, todo branco. Quando termino fecho a porta pela última vez.
Vou até a porta do lado oposto do meu quarto, coloco a mochila no chão ao lado da porta e entro bem devagarzinho pra não fazer barulho. O quarto é igualzinho o meu só as paredes que são meio rosa e meio roxas, me sento ao seu lado da cama:

- Ali acorda está na hora, vamos. - digo, dando um leve assopro em seu ouvido.
Assim que vejo, que consegui acorda-lá me levanto vou até a porta fechando-à atrás de mim e desço para o andar de baixo, onde ficam a sala, a sala de estar, um lavabo e uma cozinha para preparar o café.
Estou terminando de tomar meu café da manhã quando um ser, que não é a minha irmã, pois, não está com o sorriso habitual de todas as manhã, desce as escadas.
- Quem é você? E o que fez com minha irmãzinha?- digo em tom de brincadeira.
- Muito engraçado Percy, eu estou morrendo de rir olha só a minha cara! - diz ela com uma expressão séria e cheia de sarcasmo - Você conseguiu falar com ele? - ela pergunta e sei a quê esta se referindo.
-Tentei convence-lo à nos deixar ficar, como você falou, mas não consegui. Eu sinto muito baixinha.
Ela dá de ombros e começa a comer um sanduíche de pasta de amendoim e geléia e se serve do suco de maracujá. Eu à observo enquanto come, ela parece estar com os pensamentos longe e os meus logo se dispersam também. Começo à perceber que mesmo ela não sendo tão parecida comigo, ela tem um pouco da minhas ações. Eu e Ali somos completamente diferente, pois ela é uma garota linda de pele branca, olhos e cabelos negros, que está sempre com um sorriso nos lábios, menos hoje, e eu sou um garoto alto, pele morena, olhos verde-mar e cabelos despenteados. Muitas garotas me acham bonito, eu particularmente nunca vi essa beleza. De repente percebo que ela me fez uma pergunta e está esperando uma resposta.
- Eu não ouvi, desculpa.- eu digo com uma pontada de culpa.
- Eu quero saber se podemos conversar, você disse que iria me ajudar. - ela fala impaciente, depois que o médico descobriu o motivo das crises de ansiedade, sugeriu que Ali devesse ir a um psicólogo, porém, ela se recusou terminantemente à contar a sua vida à um estranho, logo depois perguntou ao médico se poderia conversar comigo, e ele não tentou contesta-la .
- Agora não dá Ali, você tem que subir pra se arrumar e pegar a mochila. -digo e vejo seu semblante mudar pra a tristeza - Mas nós podemos conversar no jatinho.
- Sabe que papai não gosta desse tipo de conversa ele disse que fica irritado - diz ela com um pouco de medo, não posso julga-lá, ele gritou com ela dá última vez que ela tentou desabafar com ele.
- Quem disse que ele precisa ouvir? - pergunto deixando a dúvida em sua cabeça, mas ela não durou muito lá dentro.
- Sério? Faria isso? - pergunta ela como se estivesse achando que é uma brincadeira.
- Claro, você é minha irmã, tenho que te proteger e eu prometi que iria te escutar sempre que precisa-se conversar.
-Obrigado, Tom. - ela diz me abraçando.
- Que bom que gostou, agora vai se arrumar, você tem exatamente 15 minutos - digo olhando no relógio - vou estar no carro!!!!! - grito quando à vejo subindo correndo.

Estou no carro à 15 minutos quando Ali chega com uma mochila nas costas. Ela joga a mochila no banco de trás e logo se senta rapidamente.
Michel que é o motorista que meu padrasto mandou nos buscar pergunta se já pode ir e eu digo que sim. Ali está do meu lado com cara de quem está prestes à chorar mas ela não vai, pois é orgulhosa demais pra isso então só chego mais perto e passo um braço em torno dela, e ela apoia a cabeça em meu ombro, mas sem derramar uma lagrima, em quanto vê a casa em que vivemos desaparecer logo depois que viramos a esquina.

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