A anja filha da morte

As primeiras vítimas

Continuaram andando por alguns minutos quando a Morte parou, a frente de uma casa com as janelas quebradas. Começou a andar para mais perto da casa e entrou.

-Robert Nolan, a hora de seu descanso eterno chegou!! - gritou com uma voz grave e rouca que estremeceu a alma da mulher acorrentada.

Alana deduziu que era mais um a ser julgado como injusto. E ficou atenta, só ouvindo. Então ouviu-se um barulho perto do sofá. A Morte sem delongas arrastou o sofá onde se escondia um homem baixo com uma roupa bem suja e uma barba por fazer, parecia assustado.

-Por favor Morte me perdoa! Não quero ir para o inferno!

-Tu serás julgado por teus atos, cabe a mim só levá-lo para o julgamento.

- Espere, oque ele fez pra ser levado?- Gritou Alana, após observar as feições familiares daquele homem, antes que a Morte passasse a sua foice pelo pescoço dele

- Ele está sendo julgado pelos vários roubos que cometeu, além da inveja que precedia as ideias do roubo.

- Mas isso pode ser resolvido..... Ele parece arrependido

-Sim sim..... Pode sim, me ajude!- Gritou o homem chorando

- Não... Esse é meu trabalho e tenho que levá-lo -Retrucou a Morte olhando para Alana

- Então deixa eu levá-lo.... Ai a porcentagem de ir pro sub mundo, diminui - falou Alana olhando para o coitado do homem, que transparecia tristeza.

Revirando os olhos, pegou sua corrente de espinhos para amarrar o homem

- Não, não essa alma e minha eu o levo- cruzando os braços

- Mas e se ele escapar?

- Se ele pensar em escapar ele não será julgado, e irá com você ao sub mundo

Depois da discussão, Alana estendeu a mão para o homem, e ele estendeu retribuindo, Alana ajudou ele a levantar, quando sua alma foi levantada, ela ficou branca e luminosa, diferente das almas que a Morte leva, escura e vermelho sangue

Caminhando por um tempo, eles passam por uma mulher, que estava no canto de um muro, com suas roupas rasgadas e com uma pílula de veneno na sua mão, ela chorava bastante

- Marta Gomes, essa e a próxima vítima que levarei

- Oque esta mulher fez pra ser julgada ?

- Ela se prostitui e é traficante de drogas, você tem certeza que ajudar ela?

Alana ficou pensando por um minuto, olhando para a mulher

- Ela tem o direito de ir para o julgamento assim como Robert Nolan ...

Quando a mulher colocou o veneno na sua boca, ela começou a tremer, e sair espuma pela boca, neste momento a Morte pegou a sua foice e puxou sua alma e estava prestes a amarra-la com sua corrente

- Espere, espere oque você esta Fazendo eu não faço mal a ninguém por que estou indo com você - Gritou a mulher desesperada. Conseguindo ver Alana atrás comentou - E você, por favor me ajude estou arrependida!

  Alana deteve Morte de amarra-la com as correntes e disse

- Como disse, essas almas dignas de um julgamento devem ir comigo sem nenhum ato de coerção e eu a levarei para ser julgada

Vendo que não tinha escolha, Morte se viu contrariado mas sem argumentos, e abaixou a cabeça soltando aquela mulher que ficou com a alma clara, assim como o homem que Alana levava e Morte seguiu o caminho a frente sem nem esperar Alana.

  Na próxima esquina, haviam escombros por toda parte e quando estavam passando por determinada parte da rua Morte ficou atento e parou, e Alana, que estava um pouco atrás, deu mais alguns passos a frente parando ao lado dele, as almas que as acompanhava pararam logo atrás.

Soterrado por vários pedaços de concreto, estava o corpo de um homem, Morte ceifou aquela alma a levantando dos escombros e dizendo com a voz grave

-Tu és Juan Santino não é? A sua hora chegou- e olhando em direção a Alana completou- creio que este aqui você não vai querer salvar...

-Apenas por que tu dizes? Me diga o que ele fez e eu mesma me decido o que vou fazer- Alana retrucou, decidida

-Este homem que vê era um estuprador, não tinha nenhum respeito com a vida das mulheres

  Alana olhou nos olhos daquela alma e sentiu enorme repulsa, além disso, aquele homem não demonstrava nenhum sinal de culpa ou remorso, este com certeza não era digno de um julgamento.

-Tem razão, o que esse homem fez não tem perdão... Não há salvação para esse tipo de gente, amarre-o- Alana disse em tom severo e a Morte prendeu as correntes naquela alma que já tinha se tornado escura como a outra amarrada ali.

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