Nós acabamos entrando no Starbucks para tomar café da manhã e graças a Deus o pouco dinheiro que eu tinha no bolso deu para pagar a conta.
— Você ficou ao meu lado o tempo todo enquanto eu dormia? - eu perguntei para Amber enquanto saiamos do Starbucks e nos sentavamos na calçada.
— Sim. - ela disse balançando a cabeça e me olhando.
— Por quê? - eu perguntei para ela.
— Eu não tinha para onde ir. - ela disse dando de ombros. - E eu não queria te deixar sozinho.
— Obrigado. - eu disse sorrindo e ela apenas retribuiu o sorriso e olhou para frente.
Nós ficamos em silêncio por alguns minutos apenas observando o movimento da rua, os carros passando e os mudanos caminhando.
Nesse momento está passando um grupinho com 5 meninas, duas loiras, duas morenas e uma ruiva, todas com aquelas roupas coladas ao corpo que se usa para ir na academia e os cabelos presos num rabo de cavalo e eu não entendi bem o porquê mas elas não param de me olhar, conversarem entre si e rirem.
— São 10:30 da manhã e já tem piranhas na rua. - Amber disse olhando para as meninas. - Não sabia que piranhas acordam cedo e muito menos que elas vão à academia.
Eu não respondi nada, apenas olhei para Amber e ri do que ela disse.
— Oi. - uma das meninas loiras do grupo disse enquanto todas elas se aproximavam de mim. - Eu me chamo Bethany, e você?
— Connor. - eu disse para ela e observei cada uma delas, todas são muito bonitas.
— Eu me chamo Rebecca. - a outra loira disse com um enorme sorriso no rosto.
— Eu me chamo Tiffany. - uma das morenas disse me observando por inteiro.
— Eu me chamo Jessica. - a outra morena disse olhando para as tatuagens em meus braços.
— Eu chamo Layla. - a ruiva disse me observando com atenção.
— Legal. - eu disse para elas.
— Então, você é daqui mesmo? - a loira que eu acho que chama Bethany perguntou para mim.
— Sim, eu sou daqui mesmo. - eu disse para ela.
— Não é possível! Nós nunca tínhamos te visto aqui antes. - uma das morenas, Tiffany, disse sorrindo para mim.
— Eu não costumo sair muito de casa. - eu disse para ela. - E quando eu saía eu estava acompanhado da minha namorada.
— Ela é sua namorada? - a ruiva, Layla, perguntou apontando para Amber e olhando para mim.
— Não. - eu disse olhando para as meninas e depois para Amber e coloquei o braço em cima dos ombros dela. - Ela é minha amiga.
— Então, ela não vai se incomodar se eu te passar meu número, não é? - a outra loira, Rebecca, perguntou sorrindo para mim. - Você é muito gato e eu preciso passar meu número para você!
Eu não respondi, eu apenas olhei para Amber e ela revirou os olhos e eu ri.
— Eu também vou te passar meu número! - a outra morena, Jessica, disse para mim.
— Todas nós vamos passar nossos números para ele. - a ruiva disse olhando para as amigas e depois para mim. - Você tem papel e caneta?
— Não. - eu disse balançando a cabeça.
— Eu já volto. - a ruiva disse passando por mim e entrando no Starbucks.
— A gente está voltando da academia. - Bethany disse para mim. - Estamos tão cansadas… Adoraríamos ter alguém para massagear a gente.
— Então, vão à algum massagista. - Amber disse sorrindo para Bethany e eu ri novamente.
— Você é mesmo só uma amiga? - Tiffany perguntou para Amber. - Você parece incomodada e irritada com a nossa presença aqui.
— Relaxa, Tiff. - Bethany disse para Tiffany. - Ela deve ser aquele tipo de amiga que quer muito transar com o garoto mas não tem chance nenhuma e por isso se incomoda quando meninas bonitas chegam perto dele.
— Ela não é esse tipo de amiga. - eu disse olhando para Bethany e Tiffany. - E mesmo que fosse ela já teria conseguido isso, porque ela me interessa sim.
— Estão aqui nossos números. - Layla disse aparecendo de repente e me entregando um papel e voltando a ficar ao lado das amigas. - Liga pra gente.
— Certo. - eu disse guardando o papel no bolso da minha calça e sorrindo para elas, mas é óbvio que não ligarei para nenhuma delas e eu jogarei o papel fora.
— Passa seu número pra mim. - Rebecca disse pegando o celular que estava em sua cintura e o entregando para mim logo depois de colocar teclado telefônico.
— Pronto. - eu disse entregando o celular dela de volta assim que digitei meu número.
— Obrigada. - ela disse sorrindo para mim e guardando o celular na cintura novamente.
— Tchau, gatinho. - Bethany disse dando um beijo em minha bochecha e olhando para Amber. - Tchau, amiga dele.
— Piranhas. - Amber disse revirando os olhos assim que as meninas se afastaram e eu ri. - Para de rir!
— Já chorei demais, branquela. - eu disse sorrindo para ela. - Preciso rir um pouco.§
— Você tem certeza? - Amber perguntou assim que paramos na frente da casa de Abby.
— Tenho. - eu disse colocando a mão nas costas dela e sorrindo para ela. - Confia em mim.
— Eu nem te conheço direito, lobo. - ela disse sorrindo para mim. - Por que eu deveria confiar em você?
— Você não deveria. - eu disse olhando para ela. - Eu posso ser um assassino, um sequestrador ou um estuprador e estar apenas te levando para meu cativeiro… Nunca se sabe. - eu disse dando um ombros e ela riu. - Mas no momento sou sua única opção.
— Você tem razão. - ela disse me olhando e, então, olhou para a porta, respirou fundo e bateu três vezes nela, alguns segundos depois, ela se abriu.
— Olá, Connor. - Becky disse me olhando e, então, olhou para Amber e franziu a testa, e se voltou a me olhar. - Quem é ela?
— Oi, eu sou Amber Marin. - Amber disse olhando para Becky e abrindo um sorrisinho nervoso. - Eu sou nova aqui em Overland, eu cheguei ontem, e acabei conhecendo Connor na rua quando fui pedir informações para ele… Eu sou como você… Eu sou vampira. - ela reduziu a voz para um sussurro quando disse a palavra ‘vampira’. - Connor disse que eu deveria vir aqui e conversar com você e que talvez você me deixaria entrar para o seu clã.
— Meu clã? - Becky perguntou arqueando a sobrancelha. - Esse clã já foi meu e do meu marido, mas agora não nos pertence mais. O clã Sanguinem agora pertence ao casal Archie Moore e Abby Moore.
— Essa é Becky Hernandez. - eu disse apontando para Becky e olhando para Amber. - A viúva de Callum, o ex-líder do clã, lembra? Eu te contei a história toda.
— Ai meu Deus! Me desculpa, Becky! - Amber disse para Becky. - Eu achei que você fosse a Abby Moore.
— Tudo bem. - Becky disse sorrindo para Amber e olhando para mim. - Eu vou chamar a Abby.
— Você deveria ter me dito que essa não era a Abby Moore. - Amber disse dando uma cotovelada em minhas costelas assim que Becky saiu dali. - Mas você não disse e me deixou pagar o maior mico!
— Você tem que admitir que foi engraçado. - eu disse rindo e ela revirou os olhos.
— Pode ter sido engraçado para você mas para mim não foi. - ela disse apontando para mim e depois para ela mesma. - Você deveria ter dito.
— Desculpa, branquela. - eu disse colocando o braço sobre os ombros dela e dando um beijo na testa dela.
— Olá! - Abby disse aparecendo na porta e eu vi Becky atrás dela. - Eu sou Abby Moore.
— Oi, eu sou Amber Marin. - Amber disse olhando para Abby com o mesmo sorrisinho nervoso que ela abriu quando estava falando com Becky.
— Eu sei, Becky me contou. - Abby disse sorrindo para ela e se afastando um pouco da porta. - Entrem!
Eu e Amber nos entramos e pude ver ela analisando a sala toda.
— Sentem-se. - Abby disse fechando a porta e apontando para o sofá, e nós dois nos sentamos. - Você disse que veio até aqui conversar comigo, certo? - ela disse olhando para Amber e se sentando numa das poltronas que tem de frente para nós.
— Sim. - Amber disse balançando a cabeça e olhando para Abby. - Connor disse que esse seria o melhor a se fazer porque eu não tenho ninguém e não tenho para onde ir.
— Certo. - Abby disse olhando para mim e depois para Amber. - Você quer esperar meu marido chegar ou quer conversar apenas comigo?
— Não vamos esperar Archie chegar. - eu disse para Abby. - Ela vai conversar apenas com você.
— Archie irá saber dela há qualquer momento. - Abby disse para mim. - E ele irá conversar com ela de qualquer maneira.
— Ok, mas não enquanto eu estiver aqui. - eu disse olhando para Abby. - Não quero ver ele.
— Certo. - Abby disse olhando para mim, olhando para Amber e respirando fundo. - Então, vamos conversar.
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A New Love - Continuação de Forbidden Love
Teen FictionConnor Miller viu sua namorada morrer junto com seu filho na barriga e isso mexeu muito com ele, ele pensava que não conseguiria se livrar da dor da perda e pensava que nunca mais se apaixonaria, até conhecer Amber Martin.