EdwardLeo Wayne é um verdadeiro Justin Timberlake alcançável.
Estava me sentindo como uma dessas típicas garotas com seus livros nos braços e olhando de forma obcecada para o menino bonito. Assim mesmo, tudo sem respirar. Mas estamos falando de Leonard Wayne, caramba!
Hoje Leo está sozinho. O que é um grande milagre, já que seus amigos são piores que chiclete - vulgo Joana-ex-namorada-psicótica-tarada-cosplay-de-Grey do meu irmão. Isso não seria tão avassalador caso o corredor estivesse cheio. Mas não está.
Em situações como essa, me pergunto o que minha mãe faria. Bom, tenho certeza que ela não estaria escorada na parede como se sua vida dependesse disso. Só falta tocar Taylor Swift.
A verdade é que estou confuso. Não posso simplesmente ir lá falar com o cara sem ter certeza de uma coisa. Uma coisa crucial e importantíssima que faz toda a diferença.
Leo Wayne não é gay.
Quero dizer, ele não parece ser. Tampouco incubado. Leo não é homofóbico, ele até apoiou o protesto LGBT ano passado. Bem, sabemos que se um cara odiar gays a chance dele ser incubado é grande - ou simplesmente é revoltado com a vida por que não pega ninguém.
Tudo que sabemos sobre Leo são boatos. Várias garotas espalham por aí que ele beija super bem, mas ninguém nunca viu ele beijando ninguém. Nem mesmo um selinho!
Então vai aí, meninas que acham que seu crush é complicado: se apaixone por Leo Wayne.
- Edward! - os benditos livros simplesmente voam pelos ares quando ouço gritarem meu nome. Não preciso ser muito esperto para saber quem é. - Estou morrendo de fome e você aqui olhando para o nada.
Celina pára ao meu lado, as mãos no quadril e uma carranca irritada. Desvio o olhar dela, abaixando para pegar os livros. Esse seria um momento perfeito para Leo vir aqui e me ajudar com os livros enquanto toca Taylor Swift.
Sonhar é de graça.
- Estou falando com você, Edward! - ela continua a gritar. Não posso culpar Celina por isso, por gritar. Ela cresceu numa casa onde os gritos são constantes e acabou assim, toda distorcida.
Tudo bem, não são gritos. Ela apenas fala alto demais.
- Dá pra falar mais baixo? - sibilei, pegando o último livro.
Levantei rápido, querendo sair daqui o quanto antes. Ficar horas encarando Leo não significa que eu queira que ele olhe para mim.
- Qual o problema, Edward? - fitei minha amiga, confuso. A sombra de um sorriso brincava no canto de seus lábios. Ela chegou mais perto e sussurrou (tentou, pelo menos) - Não seja tolo.
Então ela segurou em meus ombros, me virando para o lado oposto.
- Leo olha toda vez que falo seu nome.
Eu nunca agradeci tanto minha mania de ficar em lugares em que posso observar sem ser visto.
De fato, Leo estava olhando ao redor.
- Para de me iludir. - resmunguei, ajeitando a alça da mochila.
Celina rolou os olhos, mas ainda tinha o ar tão característico dela. Aquele de "eu sei o alfabeto, não tente me ensinar".
- Por que não está no refeitório? Não é seu momento favorito da manhã? - mudei de assunto, ainda querendo sair correndo. E também pra não pensar muito e acabar me iludindo ainda mais.
Ela me olhou e seus olhos brilhavam. Parecia uma criança que ganhou o brinquedo dos sonhos.
- Tenho uma bomba bombástica. Babado fortíssimo. - ela estava se esforçando para não falar alto, então o negócio era sério mesmo.
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Como resistir a Heather Cooper (Em revisão)
Teen Fiction"Heather Cooper é como a letra de uma canção nunca terminada. Como uma fórmula matemática nunca solucionada. É uma língua nunca explorada. Um paradoxo. Uma fórmula química perigosa. Sua face angelical, nos engana. Porque no fundo, ela é sacana."...