Como resistir a Heather Cooper (Em revisão)

Bônus Especial - O agora

Sugiro que ouçam a música e vejam a tradução.

+++

Tyler

- Você acha que isso vai dar certo?

Olho para Rodrigo e sua cara de perdido de sempre.

- Só cala a boca e me ajuda.

Abro o porta malas e puxo uma das caixas.

- Ahn... Sua irmã está em casa? - Ele pergunta, coçando a nuca e olhando para as janelas da casa.

Reviro os olhos e deposito a caixa no chão da varanda.

- Você precisa parar com isso. É pedofilia, cara. - resmungo e ele olha para o chão.

- Onde deixo essa aqui?

Aponto para as escadas e ele segue até lá.

Faltam apenas duas semanas para o campeonato estadual e os treinos estão sendo intensos. Tanto que tive que montar uma espécie de academia em casa. Porém Mariah vai odiar quando eu estragar algumas de suas flores.

Meia hora depois e minha coluna mais fodida ainda, desabo no sofá.

- Tyler, o sofá é novo! - minha mãe reclama, vindo da cozinha trazendo uma forma de biscoitos personalizados. - É o quarto em menos de um ano!

- Já podemos entrar no livro dos recordes, o que acha?

Ela pousa os biscoitos ou seja lá o que for isso na mesa de centro e bate em mim com o pano de prato.

- Vamos ver se você vai continuar engraçadinho quando for lavar a varanda e cortar a grama.

Rolo os olhos e roubo uma das estrelas da forma. Sério, quem se dá ao trabalho de fazer biscoitos em forma de estrelas?

- Vou sair, mãe.

- Só não me deixe de cabelos brancos e vó tão cedo. - resmunga, me batendo de novo com o pano.

- Se já não for... - falo em tom baixo, mas tenho certeza que ela ouviu.

Saio correndo em direção às escadas.

- Volta aqui, Tyler!

- Te amo, mãe.

Rio e entro no quarto.

***

Tá certo que o Rei&Ryan não é meu lugar favorito para passar uma noite de sexta, mas hoje estou de saco cheio. Não estou a fim de beber, nem de socar a cara de alguém, o que é um milagre.

Hoje estou sem Heather.

E esse é mais um dos motivos para me irritar ainda mais com o garotinho que ela anda saindo.

O garoto parece não ter medo de perder aquele rostinho de merda.

Enquanto divago sobre formas de quebrar a cara do apenas-amigo da minha irmã, o barulho do sino faz minha atenção se voltar para a porta.

É Marcelli.

Ela desliza até o balcão, o sorriso tímido de sempre estampado nos lábios.

Esse sorriso faz coisas com meu organismo.