CAPITULO OITO
María corria ofegante pela rua, arrastando sua mala, quando Estevão apareceu à frente dela. Ela parou petrificada, pois parecia que ele tinha aparecido do além.
- Por favor, entre no carro. Não quero ver uma foto minha arrastando você para dentro da limusine amanhã nos jornais - alertou Estevão em tom sério. Os olhos escuros dele faiscavam.
María não conseguia sair do lugar.
- Eu...
- Esses bebés também são minha carne e meu sangue - interrompeu-a veementemente.
Irritada por ser recordada daquele fato mais do que gostaria, María entrou no automóvel. O que mais poderia fazer?
Fitou-o com um olhar cauteloso, ciente de que ele estava possesso. Mais uma vez a tinha impedido de ir embora. Mas como ele sabia o que planejava fazer?
- Como descobriu?
- Você tem uma equipe de segurança exclusiva agora.
- Quer dizer que estou sendo vigiada?
- Depois da pequena demonstração de hoje, não espere que eu me desculpe por isso. Se tivesse desaparecido outra vez, talvez nunca mais a encontrasse. Por acaso mereço isso? Fui tão ruim com você que não tenho o direito de saber se está bem? Não tenho direito de saber sobre os meus próprios filhos?
Uma combinação de vergonha, frustração e confusão deixaram María sentada, imóvel.
- Não devia ter mandado Krista me procurar. Ela conseguiria irritar um santo.
- Krista? Você conheceu Krista? - A testa morena e sensual enrugou-se e os olhos brilhantes ficaram, repentinamente, arregalados ao fitá-la intensamente.
María balançou a cabeça confirmando.
Na mesma hora, Estevão apanhou o telefone e começou, em seguida, a falar em grego, rápida e furiosamente. Enquanto conduzia a conversa, María inspirou e expirou várias vezes, na tentativa de se recompor. Poucos minutos depois, ele desligou.
- Não mandei Krista procurar você.
María estava relutante em acreditar no que ele lhe dizia. Queria confiar em Estevão, mas e se ele estivesse fazendo jogo duplo? Seria ingenuidade ignorar que ele tinha interesses pessoais e que iria defendê-los a qualquer custo. E se Krista estivesse dizendo a verdade?
- Falaremos sobre isso no apartamento - determinou Estevão, contendo a impaciência de saber o que Krista tinha dito durante a visita. Não previra tal possibilidade e se sentiu culpado. A idéia de que o incidente pudesse afastá-lo de María o preocupou. Ao mesmo tempo, estava cansado de ser tratado como um inimigo.
No elevador que os levou até a cobertura, o silêncio reinou. O apartamento era gigantesco e muito espaçoso, com poucos móveis e algumas esculturas contemporâneas bem amplas.
María não perdeu tempo e foi ao ponto da questão.
- Krista me procurou para me fazer uma proposta. Sabe qual foi?
Fitou Estevão e seu semblante vibrante e sedutor. Precisou se esforçar para não perder a concentração. Ele não é confiável, não é, lhe dizia repetidamente seu bom senso, enquanto ela se deliciava com a beleza e os olhos incríveis e cativantes dele.
- Como poderia saber?
- Porque você deve ter falado com ela, ontem à noite - ousou dizer. - Ela já sabia que estou esperando gêmeos.
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Amor sem fim
RomanceMaría idolatra Estevão Petrakos, um milionário que doou uma fortuna para a instituição de caridade que cuidava da irmã gêmea de María. Além de generoso e rico, Estevão é tão bonito que chega a ser um pecado. Quando María é contratada para um emprego...