Capítulo 1 - Piloto.

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 Estava um dia chuvoso, fazia muito frio, estava sentada ali já fazia mais de meia hora, quando ouço a porta sendo aberta e por ela passando ninguém mais, ninguém menos que Jhony, um homem mais ou menos alto, com seus 45 anos de idade. Direcionou-se até sua poltrona, sentou-se e abriu a gaveta retirando de lá um uma carteira de charuto, pegou um, levou a boca e acendeu o mesmo. Estávamos em sua casa, no segundo andar, Jhony virou-se para a janela e ficou olhando o jardim tragando seu charuto.

- É uma proposta tentadora não Sayra? – disse ele ainda virado a janela.

- Sim, quer dizer, a quantidade que eu receberei por esse serviço, porque o resto já não sei se é tão vantajoso, nem sei ainda qual o serviço da vez. – disse levantando do sofá e sentando na mesa do mesmo. Ele se virou para mim e sorriu.

- Será um trabalho rápido, fácil e vantajoso em ambas as partes para você. – disse apontando para mim.

- Por que em ambas as partes? – perguntei franzindo a testa.

- Porque, além de você ganhar uma bolada em dinheiro, o rapaz até que é bonito.

- Não entendi, do que adianta ser bonito, se eu vou apenas chegar e meter uma bala na cabeça dele? – disse fazendo sinal de arma com a mão.

- Não desta vez. Você vai ter que forjar um romance com esse rapaz. Só espero que não se apaixone de verdade. – disse ele rindo.

- Só que não né. Aqui pega mas não se apega. – disse gargalhando. – Mas, porque todo esse trabalho de forjar namoro?

- Porque ele é bem famoso, então, você terá que ganhar a confiança dele e não fazer ninguém desconfiar de você, então na hora H você faz! – disse ele explicando.

- Não, não quero me meter com pessoas conhecida, vão desconfiar de mim. Faço outro trabalho, mas não esse.

- Eu acho que você não entendeu o porque do convite para vir na minha casa hoje não é?

- Do que esta falando? – perguntei confusa.

- Queria te passar esse serviço pessoalmente, pois sabia que você não iria querer aceitar, mas acontece que neste caso, quero que você faça e não aceito não como resposta. Irá aceitar se não quiser que sua irmã sofra nada. – arregalei os olhos, mas logo relaxei, não podia me demonstrar fraca na frente dele. Pois eu sempre finjo que não me importo com minha irmã, pois se demonstrar tal ato, ele irá sempre me ameaçar em relação a ela e não quero minha irmã sendo refém para eu fazer os trabalhos sujos dele.

- Faça o que quiser. - disse o olhando nos olhos.

- Farei, desta vez não vou só ameaçar como das outras vezes, pois sei que se importa com ela e como você é uma irmã legal e não quer sua irmãzinha querida machucada, fará o que eu mandar. Não é?

Droga!

- E eu tenho escolha? – perguntei revirando os olhos.

- Na verdade sim, duas.

- Quais? – perguntei com uma pequena esperança dentro de mim.

- Ou você vai.... ou vai. – disse ele gargalhando.

- Você é um imbecil. – disse me levantando e indo em direção a porta. Coloquei a mão na maçaneta da porta mas, antes de abri-la ele me chamou.

- Hey. –olhei para trás. – Toma.

Ele me estendeu um envelope marrom. Voltei e peguei de sua mão.

- Ai dentro contém todas as informações de que você irá precisar. Também tem a foto da vítima e amanhã você irá a premiação do VMA e tentará se aproximar dele.

Paga para matar (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora