Antony:
-Papai vamos brincar de princesas?
-Agora não Branca de Neve, mas prometo acabar o mais rápido possível e vamos brincar tá bom?
Eu odiava ter que dizer não para ela, ainda mais hoje que e sábado, o dia de ficarmos juntos, mas como estou com trabalho acumulado estou tendo de ficar no escritório revisando uns papéis sobre algumas obras novas que a empresa está encarregada.
-Ta bom papai.
-Mas daqui a pouco vamos brincar muito, o que acha de enquanto isso você pedir para a Nana fazer uns biscoitos com gotas de chocolate? pra comer com sorvete de creme.
-Eeeeeh delícia.-disse me abraçando.
-Então vai lá princesa.-dou um beijo em seu rosto.
Ela me olha por um tempo, como se tentasse me conhecer, e em seguida lança um sorriso e me abraça.
-Te amo muito papai, não esqueça.-sussurrou em meu ouvido.
Abraçei ela mais uma vez.
-Tambem te amo muito filha.
Ela saiu do meu abraço e foi para porta, olhou para trás e deu aquele sorriso que faltava um dentinho que eu tanto amava, a famosa "janelinha".
-Tchau papai.-deu um beijo na mão e assoprou como o de costume.
Mandei beijo no ar também para ela que logo saiu rindo e fechando a porta.
Fiquei a parte da manhã toda no escritório, mas finalmente estava acabando, faltava apenas alguns papéis.
-ANTONY SOCORRO.
Me assustei ao escutar Nana gritar. Sai do escritório o mais rápido que pude, ao chegar na sala vie uma cena dá qual nunca pensei em ver.
Nana chorava desesperadamente ao lado de Alissa. Alissa estava no fim da escada caída ao chão, estava desacordada e seu nariz sangrava.-FILHA.-gritei correndo ao seu rumo.
-O que aconteceu com ela?-Eu... Eu não sei senhor, quando sai da cozinha ela já estava ao chão, acho que ela caiu dá escada.
E de repente tudo fez sentido, ela tinha caído vários lançes de escada.
-Acorda meu amor, acorda.
Levantei seu corpinho desacordado do chão. Sua cabeça sangrava, o que me fez entrar em desespero.
Sai correndo pra fora pegando o carro, coloquei ela deitada ao banco de trás e entrei no carro, deixando Nana gritando.-Vai ficar tudo bem filha, vai ficar tudo bem.-eu repetia enquanto dirigia até o hospital e olhava minha filha pelo retrovisor.
Eu chorava, chorava de medo, chorava de raiva por estar trabalhando e não cuidando dela, chorava por ver minha menininha desacordada e sangrando.
Nem sei ao certo quanto tempo gastei para chegar no hospital, mas assim que eu cheguei sai correndo do carro e pegando Alissa no colo, ela ainda estava desacordada e sangrando.-ME AJUDA.-gritei entrando.
Eu nem raciocinava direito nesse momento, só senti pegarem ela do meu colo.
-Senhor me conte exatamente o que aconteceu com ela.
-Ela caiu dá escada.-eu contava chorando.
-Vamos cuidar dela, fica aqui.
Levaram ela pra dentro e me deixaram alí... Confuso, com medo...
-Cuida dela senhor, por favor, foi minha culpa por não cuidar dela.-eu pedia a Deus em voz baixa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
"Da Tragédia Ao Amor"
عشوائيO que esperar do amor? Ainda mais quando ele vem após a tragédia? Antony Grey, com 27 anos e um dos melhores engenheiros de New York, homem sério e rigoroso, mas de bom coração, sua pose de durão acaba quando está junto de sua filha de 5 anos Alissa...