Contos de uma garotinha

As revelações

      Como poderia ter entregado meus mais profundos sentimentos a ela?
      Quando a conheci era só uma professora de empreendedorismo muito brava. Que ninguém podia bobear, se não levaria uma bronca. Mas eu não tinha medo dela, sabia que por traz dessa braveza havia uma mulher carinhosa.
      Passou-se um ano, ela era uma professora brava, mas um pouco mais tranquila. E talvez triste ou amargurada com a vida, nunca entendi o propósito das frases, quem sabe, doloridas, que a pedagoga dizia. Minha amiga dizia que a educadora não realizava sua função com entusiasmo ou alegria.
      Passou-se mais um ano, dessa vez ela era uma professora feliz, mas, infelizmente, aquela que me disse as piores palavras da minha vida.
      E foi nesse instante que eu fiz um texto, como esse, e dei para a educadora ler, porque meu amigo falou que seria bom mostrar-la como me sentia por dentro, com aquelas palavras duras disfarçadas com frases doces e fofas que me encantam. 
      Infelizmente, ela não conseguiu esconder a dura realidade de uma pobre menina necessitada de amor, um amor acolhedor, onde poderia falar tudo sem medo. Como eu tinha antes.
      Mas o tempo se passou e descobri que só pode encontrar esse amor em Jesus, aquele que primeiro me amou, que primeiro amou todos nós.