Mais uma vez me encontro em meus devaneios e minhas reflexões. Como de costume, foi na aula de matemática.
Em toda minha vida, nunca vi uma professora tão egnimática, com palavras tão sombrias e confortantes. Como é possível uma mesma língua amaldiçoar e consolar ao mesmo tempo?
"Por que diz palavras tão duras a si mesma?" Talvez, não a machuque mais ou nunca a machucou. Provavelmente, pelo simples fato de tentar esconder por trás de irônicas frases, os seus mais profundos sentimentos.
Além de lembra-la de momentos tristes, ela machuca os outros, jogando nas suas faces, a grande e dura realidade. A qual todos tentamos esquecer, pelo menos, um segundo se quer, para, simplesmente, sermos felizes.
Mas a educadora gosta de lembrar cada um de nós, possivelmente, porque já sofreu tanto e quer nos previnir. Uma atitude muito caridosa, mas nem sempre com tal intenção a realiza, afinal, se não for falado de forma sábia, soa como uma palavra de derrota.
Apesar disso, muitas vezes, a professora assusta-me com suas palavras ameaçadoras, fazendo com que pareça uma pessoa cruel, mas eu sei que ela é boa, só que de um jeito diferente. Um jeito enigmático de ser.
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Contos de uma garotinha
Short StorySou a insegurança, o medo e a ansiedade. Sou a tristeza e a alegria. Essa sou eu. Bem-vindo ao meu mundo.