A professora

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      Rute estava tão feliz, aquele poderia ser um melhores dias da sua vida. O primeiro dia de aula da sua filha. Mas,  infelizmente, não foi.
      Quando era pequena, ela adorava conversar com seus professores, óbvio que era com aqueles que a garotinha mais gostava. Contudo, houve uma vez que a menina teve uma professora diferente das outras.
      Ela não soube lidar com esse tipo de amizade, logo, abandonou a criança. Sim, literalmente falando, a professora abandonou Rute. Foi no final de outubro, a educadora saiu da escola.
      A menina nunca soube direito o motivo e, infelizmente, isso ocasionou marcas nela. Marcas eternas. Nunca viram uma garota tão indecisa e tão triste. Ela não estava bem.
      Todos eram contra a pedagoga. Rute a defendia fielmente, pois só a garota sabia o quanto a professora sofreu. Mas, às vezes, até a menina ficava em dúvida.
      "Mãe, tá tudo bem?", perguntou sua descendente. Em um grande salto, a moça voltou ao mundo real e perguntou-a, "Filha, você se apega muito as pessoas?". Óbvio que a menina não entendeu o porquê da pergunta, logo, a mãe percebeu isso e deixou o assunto morrer.
      Rute estava cega. No calor do momento, nunca percebeu o grande erro que cometeu. Ela contou o proibido. O proibido. Era assim que a menina chamava o tal assunto em suas poesias. Aquelas que, erroneamente, tentava organizar seus sentimentos, mas de nada adiantou.
      O medo de alguém descobrir o que ela fez assustou-a durante meses, mas nada aconteceu. A garota devia isso a mãe dela que graças a Deus soube guardar esse segredo.
      Ainda bem que Rute acabou percebendo que ao longo dos anos, ela soube determinar quem a faria bem ou quem a faria mal. O que foi essencial na vida dela, mas infelizmente, a moça não podia ensinar isso a filha que deve aprender a determinar essas pessoas com sua própria experiência.

Contos de uma garotinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora