Nós?!

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--Isabel...

Acordo.

Flor já se senta na minha cama com os cabelos nas alturas, acho que tive a impressão de ouvir alguém me chamando, uma voz de homem, me sento na cama afastando o sono, Flor boceja e vem pra cima de mim manhosa, ela puxa minha blusa pra cima e agarra o meu seio com força e carinho, quando está muito sonolenta as vezes ela "mama" em mim, não me importo, ainda que eu saiba que não sai nada.

--Isabel!

A voz se faz presente, e vem, seguida de pequenas batidas na porta do meu quarto, é a voz do Alex, só de ouvir já me irrito.

--oi?

--mamãe te chama pro café.

--eu já vou.

--eu posso entrar?

--não!

Flor que já estava quase dormindo da um pulo e sai da cama correndo, a bundinha dela pula enquanto corre, rio, arrumo a camisa vendo-a correr pra porta, e puxo os lençóis cobrindo minhas pernas, ela abre a porta e Alex a olha segurando uma das minhas canecas grandes da cozinha, Flor sorri pra ele, acho que gosta dele.

--Flor...

--deixa ela!

Você não manda no meu deixar!

Ele usa uma calça de moletom e uma camisa de malha, Flor sai correndo do quarto, e eu fico dura na minha cama com o jeito que Alex olha pra mim, eu não quero ele no meu quarto, eu não quero ele olhando assim pra mim.

Eu quero distância de Heitor Alex Anderson.

--bom dia Isabel.

--bom dia Senhor Anderson.

Eu sempre soo muito fria, apesar de eu não ser assim, afasto os meus cabelo pra trás e começo a prendê-los num rabo de cavalo, depois me estico e pego o meu short.

--pode me dar licença?

--podemos conversar?

--eu não tenho nada pra conversar com o senhor.

--ainda brava?

--eu não!

Estou na defensiva.

Alex me olha de um jeito tão zombeteiro que agora me irrito bastante com ele, lógico que ele não esperava que eu fosse ficar numa boa depois da falta de consideração e grosseria dele certo? Será que é tão fingido ao ponto de ignorar isso?

--você não sabe mentir!

--da pra sair do meu quarto Alex?

--não!

O jeito direto no qual responde me deixa sem ação, Alex se aproxima da minha cama e é como se todo o meu corpo não reagisse a sua presença, fico dura enquanto o vejo se sentar diante de mim no meu colchão.

--não foi a minha intenção ser grosso Isabel, me desculpe.

Não esperava por isso, desvio o olhar, não consigo pensar no que falar, achei que alimentaria a mágoa até esquecer como em todas as vezes que Alex me tratou mal na Anderson, eu não podia responder, eu sempre ficava calada, mas as coisas não são assim agora, contudo, ainda que a situação não seja a mesma não sei o que falar.

--é que as vezes eu acabo sendo um pouco...

--arrogante, mandão, prepotente e grosso?

Alex me olha assim tão surpreso com a minha colocação que quero rir, não é possível que ele não se toca de que é assim.

Senhor Anderson (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora