- Capítulo 5 -

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Ele que estava de costa, se virou rapidamente e vindo pertinho de mim, ele olhou dentro dos meus olhos (o que tentava evitar a todo custo), e perguntou:
EDUARDA, DÁ PRA VER QUE O MEU PESCOÇO ESTÁ MUITO TORTO?
E eu embriagada pelo seu perfume , e olhando fundo naqueles olhos castanhos fixos em mim, pensei: “COMO ELE ESTÁ LINDO!”, mas calma, eu não falei isso, ainda que eu estive zonza o suficiente para acabar falando sem querer, graças a Deus eu disse apenas: NÃO SENHOR, DÁ PRA DISFARÇAR!

Assim que eu disse isso, peguei a caneta e sai daquela sala mais rápido que um foguete.
Eu estava assustada, e tudo que eu conseguia pensar era que eu estava pecando pois estava cobiçando “o homem do próximo”...

Nesse dia eu pedi perdão a Deus até cansar, mas eu sabia que algo estava acontecendo comigo, e isso me assustava demais!

Desde então nunca mais tive coragem de encara-lo, eu o evitava a todo custo e  tentava ao máximo ser fria e indiferente mesmo tendo por causa da obra , de estar sempre muito próximo.
Eu respeitava tanto a ele como homem de Deus, quanto  a namorada dele, pois se fosse eu gostaria que as obreiras tivessem o mesmo respeito por mim.

Ele não sabia que eu já havia descoberto que ele namorava, afinal ele nunca falou isso para nenhum obreiro, e a gente não se falava NUNCA.

Mas, em um Domingo ele me deixou muito confusa... Logo após a reunião de 18:00 ele pediu para a mãe do Érick passar a blusa dele pois ele não estava sabendo passar.
E como eu e a minha ex-sogrinha eramos muito grudadas, eu fiquei lá na sala para fazer companhia a ela.
Ele porém ficou no corredor daquela sala, em uma janela que havia ali esperando a dona Cilene terminar de passar... Tudo normal até ai, bom tirando o fato que cada vez que ele saia da sala eu conversava normalmente com a dona Cilene e toda vez que ele voltava eu calava a boca e fechava a cara imediatamente de tanta vergonha que tinha... Fora isso , tudo normal né?!
Mas, ai, em meio ao silêncio de repente ele fala:
Vocês tem que orar para eu casar!

Na mesma hora eu pensei: “Nossa é agora que ele vai falar com a gente sobre a namora dele...”

E falei: É né, casar é o sonho de todo pastor...

E nessa conversa de casamento, pastor ter sua casa, janta pronta, esposa pra passar a roupa, ele não tocou no nome dela nenhum momento!

Quando a dona Cilene terminou de passar a roupa dele, ele entrou na sala parou em frente a tabua de passar do meu lado e falou baixinho :

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