Capítulo 2.

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Eu sou Ryotsu Natsu, tenho vinte e oito anos e estou dando boas vindas a um novo dia nos braços de um homem.
Que calor!

Abro os olhos e já sabia quem estaria a minha frente.

Me pego frustrado mais uma manhã sem exceção, ele simplesmente não conseguia entender...

Depois do ritual passageiro que sempre fazia nos dois finalmente estávamos de pé e eu o puxo para o que deveria ser seu quarto.

-Por favor não venha a minha cama sem convite. Eu te disse que preparei isso para você dormir. -aponto para o colchonete na sala.

Ele me encara e diz algo que novamente nesses longos uma semana eu não entendo.

Pego o dicionário na qual eu me vi obrigado a ficar e procuro por suas palavras.

-Lutah, fale elas mais devagar.

Ele se aproxima por sobre meu ombro e aponta para uma palavra.

Ele tem que parar de chegar tão perto, faz mau ao meu coração.

Procuro lentamente pelo significado e bem não poderia ser uma menos entendível.

É natural. Esse era o significado.
Mas o diabos era natural?!

Observo ele se retirar da sala.
Estava sem blusa com os cabelos soltos, era agora visível os desenhos por seu corpo com aquela mesma tinta vermelha, em uma semana que ele veio aqui essas manchas continuarem insistentes em seus corpo não importa o quanto eu tentasse tirar.

Graças ao convite do presidente do conselho ele veio para o Japão saindo da sua casa em lugar remoto.

Isso tudo faz uma semana e eu ainda não tenho certeza se posso cuidar dele.

-Eu vou fazer o café da manhã.

Não demorou muito tempo para que tudo estivesse pronto.

Coloquei o pães e ovos juntos, porque são rápidos, será que tem problema?

Sinto sua presença atrás de mim.
Deus ele devia parar com...

-O que você está fazendo? Lave sua mão agora. -coloco depressa sua mão embaixo da água.

O que passou na cabeça dele? Colocando a mão no fogão assim? Será que ele nunca viu um fogão? Droga, é claro que não.

Por sorte a queimadura não foi grave. Por que eu tinha que aturar isso mesmo? Deve ser confuso para ele, algo sem fogo continuar quente. Tudo era confuso para ele é isso as vezes era realmente difícil.
...

-Bom dia!

-Ryo, bom dia, mas 20 segundos e você chegava atrasado.

Meu chefe disse de bom humor enquanto eu espalhava até chegar em minha mesa a penumbra do mal-humor.

-Bom, houveram alguns problemas essa manhã.

Foi difícil acalmar ele.

-É verdade, então como ele está? É possível que se adapte a nós?

Suspiro.

-Quem sabe, depois de tudo ele nunca usou eletricidade.

Fecho meus olhos e a sua imagem vem a minha mente.

No segundo dia a qual ele estava em minha casa, tentei ensinar ele a usar algo simples como o chuveiro mas bem ele me olhou com uma imensa incompreensão.

-Eu nunca pensei que teria que dar banho em um homem. -confesso. - mas temo que se não o fizesse ele acaba-se indo procurar por um rio.

Meu chefe ri alto enquanto eu só queria me esconder e morrer.

-Realmente parece estar sendo difícil, então a onde ele está agora?

Me sento.
Lutah havia começado aulas particulares desde que chegamos a cidade.

-Ele teve que assistir a algumas aulas antes de embarcar na universidade. Agora mesmo ele está aprendendo inglês e japonês. Está sendo um problema ele não entender a nossa língua mais a Tribo crescente ou simplesmente ele é muito inteligente. Tenho esperanças de que ele comece a se comunicar rapidamente.

Meu chefe toma um gole de café.

-Realmente isso seria genial.

Meu trabalho na universidade era extremamente simples, eu lidava com as questões educacionais, provas e tudo mais, geralmente um trabalho que ocupava metade do meu dia se reduziu.

Lutah agora era a prioridade.

...

-Bom vamos repassar tudo antes de nós deitar. Vamos ver o que aprendeu hoje.

Pego a apostila de Lutah que era praticamente um livro de inglês fácil para nativos, o básico para uma comunicação.

-Eu sou Lutah e essa é primeira vez que venho ao Japão.

Por um segundo levo a entender que ele falava inglês em uma pronúncia muito boa.

Isso era incrível, ele pegava as coisas muitas rápido, tem uma memória muito rápida, mas mais do que isso está motivado à aprender.

Devolvi sua apostila e digo devagar para que ele entenda.

-Você é muito bom em inglês e em Japonês?

-Ry... Ry... Nat...

Ah, ele está tentando pronunciar meu nome.

Sorrio.

-Se fala, Ryotsu Natsu, é comum a dificuldade da pronúncia para alguns estrangeiros, por isso me chame da maneira para fácil para você. -escrevo em sua apostila.

Ryo ou Rio.

-Pode me chamar assim. -aponto para as palavras em seu livro.

Lutah me encara de forma tensa sem dizer uma palavra.
Me sinto constrangido.
Suas emoções tinham uma expressão muito forte.

-Bom, podemos começar agora as saudações em Japonês.
Prazer em conhecê-lo se diz Hajime-Mashite, agora fale você.

Lutah fica em silêncio, será que ele não entendeu?

Ele começa a escrever as palavras, talvez fosse mais fácil para ele memorizar assim.

Mas por alguma razão nos últimos dias ele não quer falar comigo, tentei ter uma simples conversa com ele ontem, mas ele não me disse nada.

Bem, entendo que ele não fale minha língua mas não é como se ele não entendesse ela completamente.

No começo eu simplesmente achei que ele pudesse estar nervoso, mas agora, será que ele me odeia?!

Quando nos conhecemos acabou que eu não dei uma boa impressão, empurrei ele para que me soltasse, deixei sua máscara cair esquecendo ele no aeroporto, sem contar que a maneira como eu olhei ele foi muito rude.
Acho que dava para ver em meu rosto o quanto eu estava irritado.

Se for esse o caso as coisas vão ficar tensas por aqui.

-Licença, vou fazer algo para comermos.

Me levando já me sentindo um pouco mau.
Será que é estressante para ele eu estar aqui? E se for mesmo o que eu faço?

Respiro fundo dando um passo para trás...

-Ai droga! Lutah não apareça por trás desse modo. Você me assustou.

Ele está muito perto. Como fritar algo desse jeito?

Toco no cabo da frigideira e de repente minha não é puxada bruscamente por ele.

-O que você está fazendo?!

Ele toca na frigideira e... Deus será que ele estava preocupado com o que aconteceu essa manhã?

Sinto a empatia me percorrer e para um instante para olhar em seus olhos.

-Eu estou bem, essa parte não está quente. -mostro minha mão. -Veja, estou realmente bem.

Ele toca minha mão me encarando desconfiado e se não fosse a seriedade em seus olhos eu estaria rindo.

Acho que ele não me odeia no fim das contas.

...

É eu sei. Ele definitivamente não me odeia.
Se odiasse tenho certeza que não estaria tão próximo agora.

Ele poderia pelo menos usar roupas ao se deitar aqui.

Fica meio difícil com suas coisas tão próximas de mim.
Isso tudo para não dizer a palavra constrangedor.

Pela luz da sua Alma (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora