Epílogo.

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   Obs: Eles estão falando na língua  nativa deles.

Lutah


-Isso não é bom, nenhuma delas é boa para você. -a voz do meu irmão soava pelos cantos da aldeia.

-Quem não é?

-Ás mulheres do povoado, elas são todas escandalosas e barulhentas. Cheiram estranho e ficam te agarrando e perseguindo. Agora a pouco ela foram tão irritantes que não suportava... Elas não tem convém. Penso que sua esposa deve ser calma e serena. Amanhã eu procuro outras.

-Maya. -o interrompi. -Eu voltei do Japão a fim de ensinar o idioma, cultura e estilo de vida. E por que eles achavam que pelo bem da aldeia era bom ter algum conhecimento do exterior. Deseja criar um grupo de apoio educativo para nosso povo, para pessoas de lugares não desenvolvidos. Promover um desenvolvimento que priorize a coexistência da natureza sem que nossa cultura seja destruída pelos países desenvolvidos. O senhor presidente foi muito bom comigo ao me apoiar e aprovar minha estadia curta aqui. Na margem distante, você sabe que ele tinha outros planos para mim e me substituir por nosso irmão Akita deve ter causado problemas a ele. Então nada é mais importante do que terminar o meu projeto.

Ele suspira risonho.

-Incrível está até falando como eles agora, inventado palavras para nossa língua, você sempre foi o tipo de pessoa que se concentra em uma coisa de cada vez, por isso estou com você. Você precisa ampliar a sua mente meu irmão.

-Não preciso de você, tenho Ryotsu.

Ele ri alto.

-Você me parece muito interessado nesse… não consigo nem pronunciar, sempre falando e falando.

Sorri ao pensar em sua imagem.
O que ele poderia estar fazendo agora?

-Ryotsu. -repito. - Quero fazer ele feliz, ele é um bom homem. Ele é amável,  gentil e me faz me sentir calmo, por alguma razão quando estou ao seu lado, me lembro da aldeia, da terra, o som dos rios, o cheiro, o vento... sempre lembro dessas coisas. Eu gosto dele, conhecê-lo me fez acreditar que ir ao Japão valeu a pena e além do mais você não tem que se preocupar comigo eu já encontrei minha esposa.

-O quê?! Quem?! Não vai me dizer que é esse estrangeiro.

-Não, o certo é meu Denahi. -O corrigi.

E então me mantive em silêncio ouvindo as perguntas histéricas do meu irmão e me deliciando com a ideia de logo voltar para casa ao lado de Ryotsu. Meu Denahi. Meu De Nahi.
  Minha carne e espírito, sempre e para sempre dele.
 
                                 

                                                                   

Pela luz da sua Alma (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora