Capítulo 5.

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-Ryotsu! Ryotsu! -acordo do meu transe e olho para meu chefe.

-Sua cópias. -ele aponta para a copiadora. -Estão prontas.

-Oh... S-sinto muito.

-Você me parece muito distraído nos últimos dias. Está se sentindo mal?

-Não! Que dizer, eu só... Isso é...

-Olha, a conferência de Lutah deve ser agora, então termine o que tem que fazer e tire o dia livre.

Droga. Pego os papéis e levo até a minha mesa.

-Certo chefe, obrigado.

Merda. Isso não é nada bom. Lembrar dos últimos acontecimentos não era nada bom. É tudo culpa de Lutah. Fazendo essas coisas de repente.

Ele definitivamente não vai parar com isso, o que eu devo fazer? Ele tentou inúmeras vezes desde o última dia ao ocorrido.

O que vão pensar de mim? Ensinando coisas estranhas a ele.

Eu preciso dizer ao chefe, mas como é vergonhoso, estou sendo assediado e a culpa é minha.
Eu quero morrer !!

-Ah olhe. -me chefe diz. -Parece que Lutah veio te buscar. Acho que pode dizer que tudo é sempre animado ao lado dele.

Encaro descontente as garotas ao seu redor.

-Me diga Lutah, por que você não vem com a gente para irmos comer? Há um restaurante muito bom aqui perto. Você gosta de comida japonesa?

Lutah as encara.

-Eu gosto... -essas simples palavras foram quase o suficiente para que elas caíssem de amor por ele.

-Pode nos olhar desse jeito e dizer de novo?

Bufei.
Elas são tão histéricas e não entendem.
Tudo que é interessante para ele, é classificado como "gosto".
Lutah não entende as nuance das palavras.

Até mesmo o "eu gosto" dele para mim, é provavelmente apenas...

-Ryotsu. -Ele me vê.

Nada bom. Que tipo de pensamentos foram esses? Isso foi estranho.

-Desculpe por ter feito você esperar. -ele diz sorridente.

-Não importa, vamos para casa agora.

-Você vai para casa? -as meninas dizem desanimadas. -Você deveria sair as vezes Lutah.

Reprimi o estranho incômodo ao ver elas se atirando para cima dele.

-Sinto muito garotas. Mas ele tem que ir trabalhar seu vocabulário. Por isso...  

- Eh! Fala sério, também queremos ensinar coisas a ele.
E temos a mesma idade, então seria mais divertido.

Ela se agarra a ele, e a sua turminha eufórica suspira.
Qual o problema dessas garotas oferecidas?

-Olha, realmente a muita a se aprender sobre a vida diária no Japão, mas provavelmente ao ver as luzes brilhantes e a multidão de pessoas, ele iria acabar por fazer um grande alvoroço. Por isso você podem por favor convidar ele em um outro momento? Por que a muitas coisas que vocês não teria paciência para ensinar a ele.

Elas se entre olharam e encaram  a mim aparentemente tristes.

-Ah, sim, nos entendemos. É realmente uma pena.

Elas saem juntas e eu me vejo estranhamente irritado.

-Vamos também. -digo a Lutah e caminho na sua frente.

-Ryotsu?-me chama, e eu ignoro com passos enfurecidos até o estacionamento.

-Se queria ter saído com as garotas, desculpe ter sido rude. Mas fui escolhido pelo presidente para supervisionar a sua vida aqui. Então se algo acontece-se seria minha responsabilidade. -entro no carro. -Por isso até que tenha mais conhecimento e seja mais perspicaz sobre como as coisas funcionam tenho que ficar de olho em você. E eu sei que talvez você esteja cansado de estar sempre comigo nos últimos três meses, e queria estar rodeado de garota, mas...

-Eu não entendo. -ele diz.

Então percebo que falava em disparada coisa desnecessárias.

-Sinto muito, eu não sei o que acontece co...

-Ryotsu. Juntos sou feliz. É divertido.

Me sinto ser engolido por uma estranha sensação, ultimamente ele vem me despertando muitas coisas estranhas.

Ele abriu um sorriso brilhante, olha para mim de um jeito que eu aprendi a reconhecer, era sincero.
Muitas coisas em Lutah era assim, ele não entendia a maldade, não sabia enganar ou mentir.
Perto dele eu sempre me sentia um perdido, a muito já havia perdido essa inocência que ele possuía no olhar.

-Eu gosto de você. -disse novamente mais um dia, me olhando atentamente.

Eu suspirei. E sua mão grande delicadamente tocou o meu rosto.

-Bonito. -diz baixo me acariciando.

Odiava o contanto ser tão necessário para ele, Lutah está sempre perto demais.

Seus dedos passam por sobre as linhas da minha sobrancelha, descendo a ponta do meu nariz e por fim chegando ao traços dos meus lábios.

-Beijo. -diz a voz suave em um murmúrio.

Tremi.

-Lutah, eu já disse que não pode fazer isso. Não comigo. -disse a ele, que olhou através de mim e parou me encarando sem entender a compressão do não.

-Eu quero fazer com você. -Seus olhos calorosos me persuadiam em silêncio.
Lutah se inclinava para mim.
Eu recuei, eu sempre recuava.
Mas só dessa vez não havia para onde fugir.

Fechei meus olhos, meu rosto fervia por antecipação.
Então o ato acontece.
Ele pressionou seus lábios no meu, e se demorou mais do que o normal.

O afasto delicadamente e ele me encara, segura minha mão e junto ela em seu peito.

-Coração. -diz, e pude sentir as batidas rápidas que aceleravam em minha palma.
Eu não conseguia pensar direito. Eu tinha que me concentrar em afastar a ele.

Mas eu sorri.
Lutah não entedia o que um beijo significava. 

Provável que para ele seja o mesmo que nada.

Em todo caso, eu tenho que ensinar para ele que beijos estão fora de questão.

Realmente espero que ninguém tenha visto o que aconteceu agora...

Afasto minha mão.
-Certo vamos para casa.

Volto a atenção para a direção ignorando seu olhar sobre mim.
Ele estava tornando as coisas difíceis e eu não estava conseguindo descomplicar. 

Pela luz da sua Alma (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora