the hotel is dangerous.
Caminho atônito e sem rumo por aquelas ruas frias. Acredito que já tenham se passado das duas ou três da manhã, não posso ouvir um galho se quebrar. Embora eu escute, não é de meu interesse. Os assuntos que tenho a tratar são outros. Prossigo, puxando comigo um grande galão de álcool. Meus olhos estão cheios de um completo ódio, como o recipiente está do líquido inflamável.
— Eu disse que iria te matar. Avisei que... — exclamo ao eco da vizinhança, ainda meio cambaleante e incerto de minhas palavras. Caio ao chão e permaneço ali, sem forças para se levantar.
Retiro a tampa da grande garrafa e a encho com o conteúdo. Aquele líquido desce rasgando por minha garganta não importa quantas vezes eu repita a ação. Seguro firme o círculo plástico e o atiro para uma direção qualquer, gritando. Me sinto triste, alterado e sozinho.
— Eu estou aqui. Eu estou aqui.
Em algum momento minha voz falha e toma sua vez a crise de choro. Meu rosto vai de encontro ao aspero asfalto. Não derramo lágrima alguma, apenas jogo para fora todos os meus sentimentos guardados.
Transformo minha mão numa espécie de concha a fim de colocar mais álcool e o levo em direção a boca. Ao tentar me levantar do chão, inicio uma curta conversa comigo mesmo. Diversas frases desconectas são minhas vertentes enquanto rastejo os pés pelo quarteirão. Tenho o galão sempre em mãos.
Ao me dar conta, reconheço o local. Era exatamente aqui.
Esforço-me para caminhar com mais destreza até o terreno próximo. É um grande lugar quando comparado aos imóveis dali. Uma igreja.
Assim que meus pés encontram o gramado da entrada, meu sorriso mostra a sua cor. Eu disse, não disse? é minha frase predileta ao atirar pedras contra a grande porta. Abro-a. Meus olhos contemplam com curiosidade o lugar aconchegante e espaçoso. Vejo alguns rostos conhecidos, mas que evitam me encarar. Talvez por que estejam com medo, eu teria. Park Chanyeol, o terrível. Sim, eu gosto disto.
Num momento de distração, deixo a grande garrafa cair. O estrondo alcança a todos os cantos do lugar, me assustando. Um cheiro forte invade o cômodo. Chuto-a, agora quase vazia, para longe. Irado, caminho pelo centro da igreja, derrubando ao chão bíblias, imagens ou quaisquer objeto que ache pela frente.
Até o momento em que meus olhos parecem achar o que estão procurando.
Era ela.
Linda e enigmática. Estava imóvel. Dobro de meu tamanho, creio, pálida como a densa névoa. Me aproximo cambaleante e em olhares cômicos até então. Finalmente a encontrara, porém necessito de saber o motivo. Minha cabeça ainda dói e a pura insanidade que a bebida me trouxera está longe de se afastar.
Meus dedos sujos vão de encontro a ela. Os encaro logo após, com olhos semicerrados.
A pele é dura e fria, como pedra.
Uma escultura.
Volto alguns passos atrás. Meu rosto assustado se vira a fim de observar todos os lados possíveis, analisando-os. Não são pessoas.
— O quê eu estou fazendo? Porra. - Me sento num banco de madeira fina.
Tiro um cigarro do bolso, inconformado, e o acendo.
Consigo ver a cor da fumaça, balançando-se de maneira sútil pelo ar até tornar-se invisível aos meus olhos. Eu sou um fracasso. As pessoas deveriam se afastar de mim, todas elas; De qualquer forma, acho que já perceberam isso a muito tempo.
Vão todos ao inferno. Não me importo com ninguém, assim como não se importam comigo. Não preciso de falsos; nem de verdadeiros. Eu preciso de mim mesmo.
Jogo para trás o que resta de meu cigarro barato. Era tudo o que eu tinha, além de minha dignidade. Creio eu, esta também não existe mais.
De súbito, ouço um barulho diferente. Algo como o que eu ouvia quando criança enquanto papai montava uma fogueira em acampamentos de família. Como também o que saía da lareira na sala, no inverno rigoroso de minha cidade antiga. O cheiro dali mais se parecia com o de quando mamãe tentava fazer biscoitos de mel e eles terminavam torrados em nossos pratos.
Viro para trás.
Podia-se dizer que a metade do lugar permanece em chamas. As brasas embebidas por hipnóticas cores quentes se espalhavam furiosamente, desde o tapete aveludado até os bancos de madeira que um dia custaram uma fortuna. Minhas pernas vacilam e caio, sentindo o calor agressivo se aproximar. Me encaminho para determinado canto, o mais longe que consigo.
A entrada está tomada e a única saída são as janelas.
Arrasto um dos primeiros bancos a fim de que esteja próximo a parede. Ao subir, pulo em direção a esperançosa saída, mas não fora o bastante para alcançá-la. Desabo ao chão, com o corpo se posicionando violentamente em cima de um dos braços e sinto um osso quebrar-se lentamente. Grito em resposta. Minha visão é turva porém o único ponto em que me apego é a imagem da janela superior, logo ali, aberta.
A completa escuridão se apossa diante de meus olhos. Eu falhei.
oioi galerinha!!
a ideia dessa fanfic veio da swuldy primeiramente, ela imaginou um detalhe importante na história quanto ao hotel e o que seria esse hotel, então devidos créditos à ela, porém eu estou escrevendo e adaptando da minha forma, além de criar o resto da fic.
desculpa por que eu não sou do tipo que cumpre datas para postar mas vou fazer um esforço, não desistam de mim.
espero que gostem do tema, vai girar muito em torno de teorias e tal então quem gostou bate palma quem não gostou paciência
kkkkkkkjjkkk mt obrigada acho q foi só isso qualquer coisa da 1gritofiz uma playlist marota pra quem nao viu e quiser ta aqui
https://open.spotify.com/user/22m6gf25v3d4kegrwwvax7oay/playlist/1jgtZwh1sVLeBr3FsCHTVX
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hotel [chanbaek]au!¡
Fanfictiononde park chanyeol é misteriosamente hospedado num hotel luxuoso que na qual a localização é desconhecida. e byun baekhyun transforma a sua reserva num paraíso infernal. [18+] bbh + pcy playlist: https://open.spotify.com/user/22m6gf25v3d4kegrwwvax7...