seven

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the hotel is lovely.

Nada.

Após o clique do revólver absolutamente nada muda, apenas sinto o objeto frio sobre minha têmpora direita e causa tamanho desconforto em mim. O retiro dali, entregando prontamente a Baekhyun, que analisa cada movimento meu. Lhe dirijo um sorriso vitorioso ao acabar com a palhaçada que me fora proposta. Não é nada mal o clima de diversão que invade aqui, contudo eu tenho que ir embora o quanto antes.

— Tudo bem, agora será que podemos conversar civilizadamente?

O homem ri e seus amigos o acompanham como se houvessem ouvido alguma piada.  Se encaminha até mim, me guiando alguns metros a frente. Aguarda que o eu comece.

— Preciso fazer uma ligação, achar a recepção. A porta de saída também, sei lá.

— Fazer uma ligação! — um bêbado que está ao lado exclama e inicia altas risadas, chegando a se desequilibrar e ir ao chão. Baekhyun o encara segurando o seu próprio riso antes de se voltar para mim.

— Não vai rolar.

— O quê? Isso aqui é um estabelecimento... eles ao menos devem ter um telefone.

— Boa sorte na tentativa. A propósito, você está no hotel, olhe ao seu redor... Aproveite! — ele segura meu ombro e aponta para todo o salão.

— Eu não gosto do ar daqui, me desculpe, mas eu irei ir embora ainda hoje.

Distribuo olhares confusos e intrigantes sobre o loiro, afastando-me dali em segundos.

— Aproveitar. — repito comigo mesmo, revirando os olhos.

Caminho pelo salão atento a qualquer coisa diferente ali; A música é alta, me parece uma batida psicodélica. As luzes variam quase que conforme o som. Não encontro relógios ou janelas, muito menos qualquer tipo de recepção com funcionários a me atender. Alguém deveria conhecer, alguém deveria.

Merda. Estou de fato cansado, preciso somente lavar o rosto o quanto antes.

— Com licença. — Me aproximo de um homem que aparenta possuir seus trinta anos, bebe algo, sentado num banco próximo. — Você poderia me informar onde fica o banheiro? Eu cheguei aqui hoje.

— Segue reto. Depois do bar.

O indivíduo não fizera questão de me encarar ou me apontar o lugar, utilizando seu tom de voz nada amigável, porém agradeci da mesma forma. O deixo ali, bebendo tranquilamente a sua garrafa quase vazia. Volto a andar, sem tirar o olhar de lugares chamativos que mostram a pista de dança, os jogos de azar, alguns beberrões e pessoas transando em locais nada reservados. Quase tropeço em um destes ao chão, a luz não alcança aqui tanto quanto o meio do saguão.

Percebo que me aproximo de um ponto ainda não conhecido. Está mais escuro do que o normal, e algumas pessoas estão próximas, em torno de um grupo com nove delas. Repenso se devo continuar até lá, de fato não deve ser a fila do banheiro.

Alguém me empurra por trás, me assustando de tamanha forma. Viro-me, pronto para bater em qualquer um que houvesse tido a ousadia, porém ele não parece estar ali para brigar. Se chama Yuto, pelo que disse, e está no hotel não faz muito tempo. Tem mulher e filhas, por isso trabalha a fim de sustentá-las, não importa como. O homem carrega uma expressão estranhamente conhecida, sorrindo não abertamente contudo o bastante para que eu me acalmasse em segundos. Embora ele se vista elegante de forma que eu me sinta diminuído, ao andarmos mais a frente, uma pergunta sua me causa certo desconforto.

hotel [chanbaek]au!¡Onde histórias criam vida. Descubra agora