hotel [chanbaek]au!¡

eight

the hotel is sickly.

Vai ser só mais uma foda, Chanyeol.

Nos encaminhamos pelo decorrer do salão; A música permanece cada vez mais alta e embala meus tímpanos de maneira fatal. Baekhyun segura fortemente minha mão, como quem não a ousa perder; O acompanho a todo o trajeto que o mesmo percorre, sempre atento ao redor. Eu me confundiria facilmente, devido o fato do local ser extremamente parecido em suas respectivas cores e cômodos. Contudo, ele me dirige como quem frequenta aqui à anos, afinal, é um dos funcionários, certo?

Gostaria de ter a plena certeza quanto a identidade de Byun Baekhyun.

Novamente, o elevador.

Ele aguarda que eu o adentre; O faço, e repito o mesmo ato. As portas de metal se fecham após que alguns botões são pressionados. Sinto meu estômago se comprimir assim que somos elevados.

Meus pensamentos são de fato incompreensíveis; Ora questiono o mecanismo milimetricamente estudado do elevador que adentramos, ora sou levado à face brilhante de Byun, portando gotículas de suor que poderiam ser contadas facilmente. Seu peito, incessantemente, expira e inspira, consigo notar o volume em sua camisa, acompanhado por alguns pontos de umidade.

Está quente.

O tempo de espera que leva de um andar ao outro se estabelece, assim como a nossa quietude. O silêncio não me surpreende ou me desconforta, já havia me acostumado com situações assim. Da mesma forma como era normal sentir toda a tensão que Baekhyun propagava no ambiente. Não sei o que devo dizer, e se devo dizer; Então, apenas me calo, e parece-me que não serei o único.

O elevador para e as portas de metal se abrem. Baekhyun se prontifica a empurrar as portas externas. Novamente, aguarda que eu saia e eu o faço, observando bem o local já conhecido. Nada aparenta estar fora do normal, e ouço o grande cubículo de metal descer. A sala cheira a hortelã e cerveja barata.

— Disse que iríamos ao jantar.

Baekhyun finge que não ouvira o comentário, contudo faço questão de repeti-lo.

— Você disse que iríamos ao jantar, que estávamos atrasados. Onde está o jantar?

— Não há problema em se atrasar, a propósito, já conversamos no banheiro sobre nossos planos.

— Conversamos? Ou você me obrigou a aceitar ser levado de volta ao quarto para sabe-se lá o quê.

— Sabe-se lá o quê. — Ele sorri sacana, algo que me faria queimar as bochechas se não houvesse atravessado toda a barreira de intimidade entre nós.

Reviro os olhos, cruzando os braços enquanto adentro o corredor. Os seus passos são possíveis de serem ouvidos contra o piso de mármore. Encaro as paredes; Elas me indicam algo estranho, há mais quadros ali, juntamente com rostos não conhecidos? Novos hóspedes? Descarto a possibilidade de fazer qualquer pergunta destinada à Baekhyun do tipo, batendo meus pés com força até chegar no quarto.

Fecho a porta, mas ela se abre. Tentativa inútil.

Me sinto imerso em pensamentos de ira e confusão, todos os sinônimos destes me atingem como uma flecha ao alvo. Gostaria de um pouco d'água, porém prossigo como se não precisasse de nada. Nada além de dar uma boa surra em Baekhyun até que o mesmo dissesse que diabos estava acontecendo ali. Creio que não hesitaria em fazer algo do tipo.