Capítulo 5

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 Realmente eu estava precisando urgentemente de férias, eu queria ficar longe de tudo e de todos. Eu não tinha estômago para encarar o Alan, o que ele fez comigo foi uma traição. 

Onde já se viu engravidar praticamente uma criança? E além do mais a minha irmã. Onde havia ficado a consideração de amigo? Não era possível que a minha vida não iria ter mais sossego. Justamente agora que ela havia começado a andar para frente depois do Tsunami que passei.

Eu estava muito estressado com a atitude da minha irmã como ela podia ser tão burra de cair nas lábias do Alan? Só uma idiota não percebia que ele era um tipo de homem que só queria transar com as "menininhas'' e depois descartá-las. 

Eu não quis dar muito sermão na Milla, porque se realmente ela estivesse grávida, a burrada estava feita e não era a mim que ela deveria se explicar, e sim para a nossa mãe. Porque ela iria ficar uma fera quando soubesse dessa gravidez. E nesse momento eu queria estar bem longe.

Passei parte da noite arrumando a minha mala, liguei para um Resort e reservei uma semana. Ufa, vou ficar uma semana longe dessa muvuca. Quero estar bem longe quando essa bomba estourar aqui em casa.

No dia seguinte fui o primeiro a acordar e se sentar à mesa para tomar café.

- Bom dia meu filho, o que aconteceu com você para acordar tão cedo? - Fala surpresa a minha mãe.

- Vou viajar mãe, eu preciso descansar um pouco, para depois procurar um emprego. Chega de mordomia, eu preciso ganhar dinheiro. Talvez ano que vem vou estudar no exterior, estou precisando seguir novos rumos e aqui nessa cidade vai ser impossível conseguir isso.

- Faz muito bem meu filho, nesses últimos meses foram muito complicados para você. Quem sabe você não encontra uma nova namorada. - A minha mãe sempre fazia esse tipo de indireta.

- Jura mãe que a senhora vai tocar nesse assunto de novo? Eu já te falei  que eu nunca mais quero me apaixonar. Esquece! Se depender de mim a senhora nunca terá uma nora e nem um neto. Eu quero viver com liberdade e ser feliz e felizmente mulher não está nos meus planos de agora em diante.

- Ué, vai virar a ''casaca"? Nem vem me falar que você vai virar gay a partir de agora? - Minha mãe fala com ironia.

- Aff mãe! Nem vou falar nada. Que pergunta heim? É claro que eu gosto de mulher.

Tomei o meu café rapidamente e peguei a minha mala e uma mochila com alguns produtos de higiene pessoal, despedi da minha mãe que me acompanhou até a garagem, entrei no meu carro e sai com uma sensação de liberdade.

- Huhuuu! - Gritei alto e coloquei uma música no último volume ao sair do bairro e pegar a rodovia rumo ao Resort.

A viagem demoraria no máximo duas horas, mas eu estava viajando com tranquilidade, eu queria apreciar a natureza então fui muito devagar e em alguns momentos da viagem alguns motoristas mais apressadinhos ficavam me buzinando e fazendo xingamentos me chamando de lesma. 

- Foda -se! E eu não estava me importando com absolutamente ninguém, como dizia a minha psicóloga Bruna, mesmo que o mundo esteja acabando nunca perca a calma e assim eu fiz, abri os vidros do carro e sentindo o vento no rosto, era uma sensação única e há muito tempo não sentia essa liberdade. 

Parecia que eu estava sobre efeito de alguma droga, eu não estava preocupado em chegar logo no Resort, eu apenas queria chegar sem estresses.

De repente o tempo fechou e parecia noite, os ventos balançam as árvores que tinha no caminho que por alguns minutos pensei que iria cair um dilúvio, começou a trovejar e a relampejar muito e a chuva começou a cair incisivamente. 

Feitiços do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora