Capítulo 6

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 Depois de horas aguardando, o bendito delegado apareceu, e havia cinco pessoas na minha frente esperando ser atendidas também.

Sai da delegacia por volta das quatro horas da tarde, enfurecido e faminto, neste momento que me toquei que só havia tomado o café da manhã.

Maldita hora que fui parar o meu carro para socorrer aquela moça, as pessoas boazinhas sempre se ferram. Deixei o meu carro na estrada e nem sei o que aconteceu com ele, e para piorar a situação ainda estou sem  o meu celular e tive que cancelar a minha reserva no resort, isso que dá em ajudar os outros. Aqueles pensamentos negativos invadiam a minha mente.

- Que burrice essa minha! Como posso ser tão ignorante? Eu ajudei a salvar uma vida. - E no mesmo instante mandei para longe aqueles pensamentos egoístas.

Vou ter que voltar ao hospital novamente para saber notícias daquela moça e ver se a mãe dela também já chegou. Preciso entregá-la a bolsa da sua filha, e chamar um táxi para voltar para a minha casa. Não tem nem mais clima em viajar, para mim já deu por hoje.

Chegando a recepção dei de cara com o médico que havia atendido a Caroline. Um senhor de meia idade, cabelos grisalhos e uma barba enorme e camuflada de preta e branca e a impressão que dava que ele havia engolido um gambá. - Sorri só de imaginar nessa hipótese.

- Boa tarde Doutor. Como a paciente Caroline Bittencourt está?

- Boa tarde, verificamos que a paciente está com uma pequena hemorragia interna, precisamos fazer uma cirurgia de emergência, e ela também teve uma lesão na coluna, porém estas duas cirurgias não podem ser feitas aqui neste hospital, infelizmente alguns equipamentos estão quebrados e sem previsão de conserto.

- O que isso quer dizer doutor? A moça irá morrer? - Falo preocupado.

- O que eu quero dizer, é que a senhorita Caroline Bittencourt tem 99,99% de chances de ficar paraplégica. Se é que ela irá sair dessa situação. Você me entendeu né?

Nesse momento a mãe da Caroline entrou na sala e ouviu o final das nossas conversas e entrou em desespero.

- Quem vai morrer? Quem vai ficar paraplégica? Vocês estão falando da Caroline Bittencourt, a minha filha? Eu não posso acreditar nisso! - E ela praticamente desmaiou e eu corri para segurá-la.

Nesse momento eu percebi como a intuição de mãe fala mais alto, ela nem sabia de quem estávamos falando, porém  já suspeitou que pudesse ser a sua filha

- Calma senhora. - Falo já tomando-a pelos braços.

- A minha filha não vai suportar isso moço, a Caroline é uma menina muito vaidosa e extravagante. Jamais ela aceitará ficar presa a uma cadeira de rodas. Eu daria a minha vida para poupá-la desse sofrimento. Foi você que a salvou?

- Sim, eu vi a hora que o carro dela caiu na ribanceira.

- Preciso chamar uma ambulância para transferi-la urgentemente. - O médico saiu da sala, e a mãe da Caroline não sabia o que fazer, ela me abraçava desesperadamente  que os meus olhos também  marejaram em lágrimas.

 -  O médico saiu da sala, e a mãe da Caroline não sabia o que fazer, ela me abraçava desesperadamente  que os meus olhos também  marejaram em lágrimas

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