Cinco

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Oi pessoas!

Enquete: O que estão achando da personalidade desses dois? Eu quis inverter o jeito deles. Quem diria, hein? Nathaniel sendo o rebelde e o Castiel o "certinho" shausuahs

Espero que estejam gostando! Boa leitura!


***

Daquela vez, Dragon não estranhou a presença de Nathaniel e até chegou perto para cheirá-lo ao mesmo tempo em que o garoto travava no lugar sem nem respirar. Meu cão fez sua inspeção, e então começou a abanar o rabo. Nathaniel passou pela revista e sentiu-se confortável para brincar com ele enquanto eu fazia um lanche para nós, cada vez mais impaciente por sua enrolação, entretanto, sem demonstrar nada.

Levamos as coisas para a sala, liguei a televisão em um canal qualquer, para ter um som de fundo, e usamos a mesa de centro como apoio. Colocamos nossos materiais sobre ela, com Nathaniel cantarolando baixinho ainda com o mesmo ânimo de quem sabia um segredo incrível, e peguei minha lapiseira.

— Dá pra falar logo? — resmunguei, e ele riu.

— Tá... Vê se não tem um treco, tá? — Ele se ajeitou ao meu lado, no chão, e suspirou dramaticamente. — Eu vi... suas amigas se pegando.

Ele só podia estar de brincadeira que era aquilo...

— Gabrielly e Priya? — perguntei, desinteressado, apesar de ter ficado levemente surpreso, já que Gabrielly estava nervosa. Talvez fosse pelos motivos que eu não imaginei.

— É... — Nathaniel pareceu decepcionado com a minha reação. — Você não tá chocado?

— Deveria estar? — perguntei, levemente irônico, começando a fazer as contas.

— Você disse que gostava dela.

— Eu nunca disse isso —retruquei.

— Você tinha ficado vermelho quando eu perguntei, então tomei como um sim.

— Por isso nunca devemos considerar o silêncio de alguém.

— Fala sério. — Ele deu um leve empurrão em meu ombro. — Não gostava mesmo?

Suspirei, sabendo que ele não deixaria quieto.

— Eu tinha uma paixonite por ela.

— Então não ficou chateado por ela pegar sua outra amiga?

— Não, esqueci isso faz um tempo.

— E de quem você tá gostando agora? — indagou, curioso.

Dei uma olhada para ele, ponderando sobre aquilo, e voltei a encarar meu caderno antes que minhas bochechas me entregassem.

— Ninguém — falei, dando de ombros, tentando ser o mais despreocupado possível.

— Ninguém? Que chato.

— E você? — perguntei, querendo saber a resposta para tentar brincar com algo.

— Não, ninguém.

— Achei que você estivesse saindo com alguém, já que até um tempo atrás vivia com o celular na cara.

Assim que soltei aquilo, percebi que eu podia ter me entregado. Em contrapartida, não tinha nada demais. Não era muita gente que estava sempre digitando no celular, então algo assim chamava atenção, certo? Sorte que eu não falei nada sobre as vezes em que ele saía da aula praticamente correndo.

— E o que aconteceu?

— Ah, eu cansei... Era sempre a mesma coisa. Eu não gosto de coisas previsíveis.

O Garoto da Calça Rasgada - Amor DoceOnde histórias criam vida. Descubra agora