Capítulo 7

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"Quando a vida nos corre mal, tendemos a culpar algo ou alguém, mas na maioria das vezes somos nós o problema, somos nós que estamos mal.

Muitas vezes achamos que somos os que estamos  pior no mundo e que todos os outros não se interessam por nós porque passamos por eles e eles continuam a andar. Na verdade, maior parte das vezes não estamos sós, há sempre alguém que está pior que nós ou que se encontra triste e não sabemos.

A depressão pode ser algo fácil, difícil, passageiro ou permanente.  Mas a nossa vida não muda e quanto mais tempo passamos a deprimir (como eu agora a escrever isto), menos vivemos a sério.

Uma das coisas que Jesus nos ensinou foi:  " Ama o próximo como a ti mesmo". Como podemos amar o próximo se não nos amamos a nós mesmos?

Se te amasses a ti mesmo não serias egoísta ao ponto de pensares que só tu existes e que mais ninguém sofre. Não eras tolo ao ponto de passares metade da tua vida a deprimir.  Todos os momentos em que te sentes mal são momentos desperdiçados de bom humor.

toda a lágrima é um sorriso perdido, todo o choro é uma gargalhada falhada. Somos humanos e temos o direito a falhar, sorrir, chorar, acreditar, .... Mas também temos o direito de escolher. Tu podes escolher se queres ser feliz, astronauta, bombeiro, ... Podes escolher aquilo que queres e aquilo que te influencia, por isso não uses esse poder para ires abaixo ou deitares os outros a baixo.  Usa o teu poder para conquistares um pouco do céu pois este não é o limite mas apenas o começo dos teus sonhos!

Embora seja bom ir raramente a baixo há sempre solução : Hakunna Matata!!

Todos aqueles miúdos de África e as pessoas mais pobres são as mais felizes porque não estão dependentes de algo. Se a nossa vida fosse baseada apenas no dia de hoje e não estivéssemos dependentes de algo, seríamos muito mais felizes e amaríamos a nós mesmos.

 Não adianta pensar mas sim viver o momento!! "


Quando acabo de ler o texto olho para a sala e vejo algumas pessoas a chorar e outras espantadas. Levantam-se todos e aplaudem. Sinto uma atmosfera diferente na sala e isso é bom. É algo que não se pode explicar, saber que o teu trabalho influencia e tem impacto nas pessoas.

- Muito bem turma,  deixem a Mel respirar. Foi muito bom. Está quase a tocar por isso podem sair.

Arrumo as minhas coisas e deixo a sala. Estou cansada e quero ir para casa dormir, o meu dia foi muito exaustivo.  Ao sair da sala o Tomás veio por trás de mim e abraça-me. 

- Campeã a minha escritora favorita. Onde aprendeste a escrever assim? Tens de me ensinar - ele diz todo contente. - Isso é daqueles pensamentos que escreves naquele teu caderno? São muito bons.

Beijo-o com intensidade e digo:

- Muito obrigado, são sim. Acho que estes meus pensamentos podem ser utis para alguém um dia e quis tentar ver qual a reação das pessoas.

- Foi positiva.

- Queres ir embora? Tenho uma ideia muito melhor do que podia-mos estar a fazer neste momento... - digo-lhe enquanto lhe passo a mão por cima da camisa dele.

Ele apenas assente e dirige-nos para a sua moto. Ao lá chegarmos nem precisamos de falar sabemos que vamos directo para sua casa. Ele mora com os pais mas eles viajam muito então ele passa muito tempo sozinho em casa, o que nos dá muito mais privacidade.

A moto é estacionada e entramos dentro do prédio. Chamamos o elevador para o 6º andar e subimos todos apressados já com as roupas meio por tirar, ele com a camisa desabotoada e eu sem soutien. 

Ao chegar-mos lá abrimos a porta e entramos apressados. deitamos-nos no sofá e...





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