Marcos

135 11 0
                                    

Zac ainda não se conformava com a ausência de Lis.

-Por que eu não fiz isso antes? -Pensava ele enquanto ia em direção a casa dela.

Chegando lá ele bateu na porta, mas ao fazer isso a porta simplesmente estava aberta.

-Lis. -Ele chamou por seu nome adentrando a casa.

O silêncio predominava o local, as coisas estavam empoeiradas. Não era de costume as coisas estarem daquela maneira.

-Lis, você tá aí? -Ele chamou mais uma vez. Porém ninguém respondeu.

Seus passos consecutivos faziam a madeira ao chão ranger enquanto encaminhava-se para o quarto dela. Ao chegar, as coisas eram totalmente arrumadas, impecáveis.

-É bem a cara dela. -Ele disse para si mesmo enquanto observava o local.

Então algo lhe chama a atenção. Algo que residia em cima da mesa do quarto.

-O que é isso? -Zac segura o objeto que parecia um livro, porém tinha uma aparência velha. E ao abrir, ele pode perceber que haviam várias páginas escritas, porém...ele não conseguiu distinguir a língua que estava escrita, não era latim, e sim outra forma de escrita.

-Mas o que é isso? -Questionou ele a si mesmo.

Vendo que estava escrito de maneira estranha, pra variar, ele foi até a primeira página e algo ocorreu. As letras começam a se misturar em sua visão e fazerem algum sentido:

-"Quando o céu e o inferno se cruzarem, a terra...a terra..." -Ele não distinguia mais as palavras.

Antes que ele pudesse terminar de ler, uma voz vinda do lado de fora grita pelo nome de Lis:

-Lis! Preciso falar com você! -Gritou uma voz masculina.

Zac se espanta com a voz e deixa o diário escapulir de sua mão e cai em cima da cama, aberto.

-Oh, merda! -Vendo que alguém procurava por Lis, ele corre até a sala e caminha sorrateiramente até a porta e olha pela brecha dá janela e percebe que um homem de pele escura e de porte forte estava lá fora observando a parte do lado, talvez vendo se ela estava no quintal. -Quem será que é esse? -Ele se questiona confuso. Mas ao dar um passo recuando, ele acaba tropeçando em um livro que estava no chão e aterrissa de bunda no chão. -Au! Droga! -Zac se levanta rapidamente e se escora atrás dá porta.
-Quem está ai? -O homem pergunta já com voz suspeita.
-Droga, droga, droga... -Zac resmunga se escorando firmemente à porta.

O homem se aproxima da porta e começa à bater impaciente.

Zac supira nervoso.

-Quem é você e o que quer com a Lis? -Perguntou Isaac.

O homem fica alguns minutos em silêncio tentando analisar a voz que acabará de respondê-lo, então em seguida ele diz:

-Sou amigo dela, quem está aí dentro?
-Outro amigo dela. Eu conheço ela desde muito tempo. Como ela não falou de você? -Zac pergunta confuso.
-Seria mais fácil conversar, se você abrisse à porta. -Ele diz mais calmo.
-Você é um cara grande e forte. Como vou saber que não quer me machucar? -Ele pergunta.

Ele dá uma leve risada carismática e responde:

-Sinceramente, se eu quisesse te machucar, nossa conversa já teria acabado à um tempo.

Então Zac abre a porta e olha para aquele homem esperando o que seja lá o que iria dizer.

-Qual seu nome rapaz? -Perguntou ele com um sorriso calmo.
-Zac. -Ele responde normalmente.
-Seu nome todo. -Ele insiste.

Zac suspira.

-Você é do FBI por acaso? Tá passando uma pequena impressão que sim. -Diz ele erguendo uma de suas sobrancelhas.

Ele volta à rir e depois se recompõe:

-Haha...não, não. Me chame de Marcos. Afinal, você viu a Lis?
-Eu estou a procura dela. -Zac franze os lábios.
-Oh céus! -Ele torna um olhar preocupado. -Tudo bem garoto, foi bom te conhecer, até logo. -Ele abre a porteira do jardim ja se retirando.
-Hey, hey, hey, como assim? -Zac abre os braços demonstrando estar confuso.
-O que foi? -Ele se vira também confuso.
-Eu tô procurando a Lis também. Você vai sair assim? Pelo menos sabe onde ela possa estar?
-Talvez eu saiba. Se eu tiver notícias dela, eu te aviso, pode ser?

Anjos e demônios Onde histórias criam vida. Descubra agora