O acontecimento

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-Como se sente? -Lis pergunta preocupada.
-Calmo... -Ele responde confuso consigo mesmo.

Ela abraça Zac aliviada, como se tivesse medo de que algo acontecesse. Zac abraça-a meio receoso e confuso.

-Calma Lis, não precisa se preocupar. Foi só uma dor de ouvido. -Ele estranha o comportamento dela com um olhar confuso.
-Sim, claro. -Ela se afasta e da um pequeno sorriso. -É melhor eu...voltar ao auditório, sua aula vai começar, melhor você ir também.
-É... -Zac franze seus lábios e põe as mãos nos bolsos sério, ainda confuso com aquele comportamento de Lis. -Até, então. -Ele se vira lentamente e vai a caminho dá sua sala.

Enquanto Lis se afasta de Zac, ela rapidamente retira seu celular do bolso e liga para o mesmo número que havia chamado antes, assim ela diz em tom de espanto:

-Marcos, acho que está começando a acontecer...

                                     • • •

A caminho dá sua sala, algo familiar lhe encomoda novamente, o barulho vai ficando mais alto, porém o som vinha de seu ouvido direito dessa vez. Não estava tão alto quanto antes mas ele sentia que o som não era de sua cabeça. Seus olhos visam a janela próximo a ele e caminha até ela com algum intuito. Ele olha em todos os lugares, então algo lhe chama a atenção. Algo estranho sobrevoava no alto do pátio do colégio. -Que merda é... -Curioso ele se aproxima mais dá janela e de repente eis que a tal coisa, que se parecia mais um lençol negro desaparece. Seus olhos mantinham a atenção na janela, até que a coisa sobrevoa rapidamente há uns palmos dá janela e faz com que a janela se estilhasse e "estourando" os ouvidos de Zac que cai ao chão com o tormento. -Argghh... -Ele põe ambas as mãos firmemente em suas orelhas não suportado a dor que o faz desmaiar ali mesmo.

Lis encontra Zac caído no chão e se desespera, ela olha para os lados para se certificar de que ninguém havia visto os dois, assim ela o carrega em suas costas com dificuldade, em seguida o coloca em um carro e parte à dirigir.

Ela chega até uma pequena casa com um lindo jardim muito bem cuidado, à pintura da cerca e o lado de fora da casa eram brancos, mas já havia sido um pouco desbotado pelo tempo. Lis pega uma chave em seu bolso e abre a porta rapidamente, ela sai às pressas e deixa Zac repousando sobre sua cama, enquanto Lis sentou-se na vitrine de sua janela e observava Zac atenciosamente.
Zac abre os olhos olhos lentamente e vira seu rosto para Lis.

-Zac! -Ela se levanta rapidamente. -O que aconteceu com você?
-Eu escutei aquele ruído outra vez. Fui até a janela e eu me lembro de uma coisa negra passar perto de mim e aí meus ouvidos explodiram...e aí eu cai no chão. -Ele diz sério.
-Uma...coisa negra? -Ela se senta na beira da cama olhando seriamente para Zac.
-É, parecia um fumaça, só que tinha forma... -Ele olha pro teto pensativo. Zac se levanta da cama de vagar.

Lis se levanta e começa a andar de um lado para o outro pensativa e um tanto trêmula.

-Lis, eu acho que eu já vou pra minha casa... -Ele põe a mão na cabeça meio tonto ainda. -A gente se vê por aí... -Ele caminha de vagar até a porta.
-Não Zac! Eu... -Ela tenta dizer algo mas se perde em suas palavras, e apenas fica olhando-o com uma expressão de medo.

Zac para e se vira para ela.

-Só...tome cuidado... -Ela diz com uma voz tristonha.
-Tá... -Ele acena com a cabeça com uma expressão de reconhecimento. -Até mais... -Ele vira seu rosto de lado se despedindo em seguida fecha a porta ao passar por ela.

{ Pensamentos de Isaac }

"Meu dia nunca tinha sido mais estranho que aquele. Eu via coisas estranhas, ouvia coisas estranhas e tudo aconteceu num único dia...de maneira estranha. Até a Lis estava diferente. Minha cabeça doía tanto que a rua se alongava mais ainda a cada passo que eu dava. Eu queria acreditar que isso tudo foi só coisa dá minha cabeça, quem sabe um sonho. Mas sonhos machucam?"

Zac caminha até em casa, que não ficava muito longe da casa de Lis, já que eles eram quase vizinhos. Ao chegar, é recebido pela preocupação de sua mãe:

-Isaac! Por onde esteve? Já faz duas horas que deveria ter chegado em casa! -Ela diz em um tom calmo porém preocupada.
-Eu já tenho 18 anos, deveria ser um número maior do que a sua preocupação...mãe... -Zac revira os olhos.
-Querido...eu não me preocupo por mal... -Ela arruma o cabelo de seu filho. -Eu só quero o seu bem.

Anjos e demônios Onde histórias criam vida. Descubra agora