A casualidade é irracional

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É a minha opinião, não é preciso concordar, mas fazer amor tem que envolver o amar. Claro que existe sexo casual para ser a saída, e para uns, porta de emergência para fuga daquilo que se sente, ou não.

Laura deixou de assumir compromissos há muito tempo, havia se machucado mas fazia tanto tempo, e nem mais se lembrava o nome de quem a machucou.
A liberdade de ouvir músicas românticas e não pensar em ninguém, sair sem ter de dar satisfações a alguém. Rede social lotada de notificação, solteira, linda e infeliz! Mas desta parte, honestamente? Ninguém precisava saber.
De relacionamentos fugia, certa ela! Não era alguém que a preencheria. O seu vazio era seu e só, não havia alguém que pudesse ajudar ou resolver, e Laura sabia disso melhor do que ninguém.
Em plena era do desapego, chorava ao chegar em casa e se deparar só. Se sentia mal amada. Bem que pudera, buscava um amor em pessoas vazias de alma, também carentes de afeto.

A casualidade é irracional, hoje beija, amanhã não. Hoje mandam mensagens flertando como se interessados em uma relação. Ah, que bela relação! Uma noite, e de manhã os números somem da agenda, e Laura está mais uma vez amarga, a fitar a fumaça que sai do seu café, perguntando a si mesma se o moço era João ou André, nem seu sobrenome sabe qual é. Moça, aprende a ser mulher completa sem precisar se entregar a um qualquer!

Vai haver amor quando se permitir amar, não arriscando se entregar a almas que não vão te tocar.
Laura olhava-se no espelho, passou seu belo batom vermelho, quase mesmo que me viu, espreitei sua atitude, para si sorriu, decidiu ser mais amor. E o amor em si surgiu.

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