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          Caminhamos pela praia até chegar a uns quiosques onde compramos uma sunga preta e uma bermuda para Miguel. Voltamos pra casa e avisei aos meus pais que Miguel ficaria até o dia seguinte e que à tarde iriamos embora no carro dele, deixando o meu pra meu pai levar depois. Minha mãe arrumou o quarto de hospedes pra ele e cada um foi para seu quarto, tomar banho e se aprontar para o jantar.

O jantar transcorreu bem, meu pai, agora mais calmo, conversou com Miguel amigavelmente, interessou-se por sua profissão e disse que ficou feliz por mim, por eu ter encontrado alguém como ele. Vi Miguel um pouco envergonhado com o elogio ao qual deu apenas um aceno de cabeça. Terminado o jantar fizemos questão de lavar a louça e arrumar a cozinha. Minha mãe se derreteu toda ao ver como Miguel era atencioso e prestativo.

Tarefa cumprida. Saímos para o prometido asseio ao luar, a noite estava ainda mais linda que a anterior, não sei dizer se pela lua dançando suas luzes sobre o mar, majestosa e enamorada, ou se pela presença de Miguel. Caminhamos pela areia de mãos dadas e quando estávamos a certa distância parei para contemplar o mar. Miguel se manteve um pouco afastado até que o chamei.

- vem aqui meu amor, me abraça, preciso ficar nos teus braços.

Ele se aproximou ficando atrás de mim e me envolvendo pela cintura num abraço firme, que não me apertava, mas me deixava sentir o calor que emanava do seu corpo. Sussurrou no meu ouvido me deixando toda arrepiada.

- eu adoro ter você nos meus braços meu amor.

Ele sabia o efeito que causava em mim.

Ficamos assim um bom tempo observando o mar, o ir e vir das ondas calmas como que saudando a intensidade do nosso amor. Uma reverencia silenciosa a tudo o que estávamos vivendo naquele momento. Trocamos beijos e carinhos e tudo o que sentia era amor, puro, simples e inebriante amor. Voltamos pra casa cedo pra não provocar a ira do meu pai. Despedimos-nos e cada um foi pra o seu quarto.

Quando acordei não vi Miguel. A porta do quarto dele estava aberta e a cama feita. Um pânico tomou conta de mim. Será que ele pensou melhor e foi embora? Meu deus eu não sou mulher pra ele. Será que ele se cansou desse namoro lenga lenga? Fiquei na varanda andando de um lado pra outro. Não demorou muito e o vi chegando, suado e ofegante depois de correr na praia.

- bom dia meu amor! Disse quando se aproximava.

- bom dia, estava preocupada. Quando acordei fui te procurar e vi a cama arrumada e que você não estava na casa. Pensei que tivesse ido embora.

- você acha mesmo que iria embora sem você? Sem levar minha bolsa e meu carro? Ou pior que deixaria você aproveitar essa praia hoje com um monte de urubu rondando? Nem que estivesse maluco. Falou se aproximando e me beijando possessivamente.

- agora vou tomar banho. Beijou-me outra vez e foi para o quarto.

Quando saiu do banho Miguel parecia outro homem. De bermuda e uma camisa polo azul clara, a barba por fazer e de chinelos. Parecia um modelo de moda praia. Eu sabia que ele tinha um corpo definido, mas não imaginava que fosse tanto. Dentro das roupas sociais que sempre usava não dava pra perceber muita coisa. Tomamos café e fomos pra praia. Miguel levou duas cadeiras que pôs lado a lado cobertas por um guarda sol. Quando tirei o vestido de praia e expus um biquíni vermelho cobrindo apenas o necessário foi a vez de Miguel ficar de boca aberta.

- meu bem você não tinha um biquíni maior? Desse jeito vou arrumar briga. Falou rapidamente. Notei seus olhos percorrendo cada centímetro do meu corpo o que me deu um calor diferente percorrendo-me toda.

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