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Chegamos na igreja e fui cumprimentada por todos que me conheciam, inclusive o padre Pedro. Apresentei Miguel a todos. Padre Pedro fez questão de dizer que estava muito feliz por mim e abençoou o nosso namoro. O padre sabia de toda minha história, contei pra ele em varias sessões de confissão e ele me ajudou muito a controlar o medo.

A missa correu muito bem como de costume. A homilia profunda do padre Pedro sempre tinha algo mais a nos ensinar e saiamos da missa com o coração revigorado. Nos despedimos e fomos ao parque da cidade. O dia estava lindo, ensolarado e não fazia calor. A brisa suave nos envolvia.

Caminhamos um pouco observando as pessoas felizes com suas famílias. Crianças correndo e brincando. Casais de idosos de mãos dadas fazendo sua caminhada matinal. Parecia outro mundo. Tudo tão diferente da correria, do stress e da violência do dia a dia.

Resolvemos sentar num banquinho embaixo de uma frondosa árvore. Miguel segurava firme em minha mão o tempo todo, me dava beijos no rosto, no pescoço, na orelha e selinhos o tempo todo enquanto observávamos o mundo a nossa volta.

- Miguel o que você acha que aconteceu com a Dinha? Ela me pareceu muito estranha? Parecia sem equilíbrio. Nunca a vi perder o eixo nesses seis anos que a conheço.

- Não sei. Pode ter sido uma indisposição como ela falou.

- A Dinha não é de ficar indisposta e, além do mais, ela estava muito bem quando chegou. Ela ficou estranha depois que nos viu juntos.

- E você acha que o fato de nos ver juntos a afetou a ponto de transtorná-la? Pensa comigo. A Edna está cansada de nos ver juntos, como isso a afetaria?

- Sei não. Você pode até ter razão, mas tem alguma coisa errada nisso tudo. Há isso tem.

- Vamos deixar a Edna pra lá um pouco e vamos curtir nosso momento. O que acha de tomarmos um sorvete?

- Acho uma ótima ideia. Falei puxando-o para perto e o beijando apaixonada.

Miguel comprou sorvete para nós e continuamos conversando sentados no mesmo banco do parque.

- Antônia quero te fazer um convite.

- pode fazer. Respondi com um sorriso tímido.

- Você aceita ir conhecer meus pais no próximo feriadão? Eles moram no interior e estão loucos pra te conhecer. Podemos ir na sexta pela manhã e voltarmos no domingo à tardinha.

Senti um frio na barriga. Conhecer os pais de Miguel seria um grande passo. Por outro acho que já não era sem tempo.

- Então você aceita? Perguntou ele um pouco apreensivo.

- Claro que aceito. Respondi com meu melhor sorriso. Achei que já estava demorando demais, afinal daqui a um mês vamos completar um ano de namoro.

- Verdade amor, parece que foi ontem que começamos a namorar e já vai fazer um ano. Disse ele pensativo.

- Miguel você acha que sua mãe vai gostar de mim?

- Lógico que vai meu bem. Ela vai te amar assim como eu amo. Você é linda, inteligente, trabalhadora, meiga, carinhosa, ótima cozinheira... O que tem pra ela não gostar?

- Você tá falando assim pra me agradar, não sou tudo isso.

- Tem razão você não é tudo isso, é muito mais. Falou me puxando pra seus braços e me beijando calorosamente.

- meu amor vamos embora. Já passa das onze e o calor já está demais.

- Vamos sim meu bem. Respondi beijando-o mais uma vez.

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