Capítulo 2 - Isso é loucura, então é um sim quase não.

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Hey pessoal, voltei!!

Eu normalmente não escrevo tão rápido assim, mas como eu estava super ansiosa para postar o próximo capítulo então eu não consegui me conter rs, enfim espero que gostem, fiquem a vontade para comentar e dar a opinião de vocês...

Beijos, Lelly!! ♥

~~♥~~

Quando cheguei em casa estava com frio até os ossos, mesmo que estivesse com o paletó de Anthony ainda estava morrendo de frio, a chuva não tinha parado um segundo se quer e quando vi que daria oito da noite resolvi que tinha que enfrentá-la.

Só parei de bater o queixo quando cheguei em casa, tomei um banho, vesti um moletom e me enrolei em uma coberta no sofá. Mesmo que uma xícara de café e bolo não fossem suficientes para um "jantar", por incrível que pareça hoje eu não estava com fome, pensar e repensar na proposta de Anthony expulsava qualquer outro pensamento da minha cabeça.

Suspirei pela terceira vez em menos de cinco minutos e encarei a lâmpada fosforescente no teto da minha sala desejando que Helena e Miguel estivessem aqui, por que justo quando um maluco aparece do nada e me faz uma proposta dessas é que eles conseguem tempo para visitarem os pais dela no interior?

Helena e Miguel eram meus vizinhos e melhores amigos, ele ainda era meu irmão, irmão de consideração, mas era. Eu e Miguel éramos vizinhos desde que eu tinha sete anos, minha mãe morreu e eu e meu pai nos mudamos para esse apartamento, ele e a mãe moravam aqui, e como tínhamos quase a mesma idade logo nos tornamos amigos. Foram anos ótimos, mas como tudo que é bom dura pouco, meu pai se envolveu em um acidente de carro quando eu estava no último ano da escola foi fatal, eu tinha dezessete anos. A partir daí Miguel e tia Cassy, a mãe dele, me "adotaram", fosse pra me ajudar com o dever de casa ou o jantar, fosse pra me acalmarem durante uma tempestade, eles estavam lá e eu nunca vou ser grata o suficiente por isso.

Foi no último ano também que nós conhecemos Helena, a morena do cabelo cacheado e sorriso encantador que veio do interior para terminar a escola e fazer um curso de agronomia (mas no fim ela decidiu que queria fazer medicina veterinária, vai entender). Tenho que admitir que nossa convivência no início era péssima e só a pouco tempo atrás é que eu descobri que isso se devia ao fato dela sentir ciúmes de mim com o Miguel, os dois se apaixonaram, por falta de expressão melhor, a primeira vista, nós a vimos pela primeira vez no primeiro dia de aula, e chegava a ser engraçada a nossa relação, por que com mesma intensidade em que ela queria agradá-lo e se aproximar dele ela queria que eu ficasse o mais longe possível.

No fim do ano depois de uma briga envolvendo apagadores de quadro, canetas e cadernos voadores ela finalmente entendeu que eu e Miguel éramos como irmãos, a partir daí a gente meio que acabou se entendendo e hoje ela é simplesmente minha melhor amiga.

Acabei rindo sozinha das lembranças, e pensar que depois de um início desses a gente ia terminar assim, ela e Miguel estão noivos há quase dois anos e morando juntos no apartamento em frente ao meu (que sempre foi do moreno de olhos verdes) a quase um. Ai quando eles finalmente decidem marcar a bendita data do casamento e somem para o interior para falar com os pais da Helena, um maluco me faz uma proposta nada a ver e eu tenho que lidar com ela sozinha. Por que celulares não podem ter sinal no meio do mato?

Acordei com o despertador tocando como um louco e quando me estiquei para desligá-lo, descobri que não estava na minha cama e cai de cara no chão.

- Maravilha - murmurei esfregando o nariz e ficando de pé, eu tinha dormido no sofá e estava com dor no pescoço.

Praguejei mais um pouco antes de finalmente encontrar meu celular debaixo da mesinha de centro e desligar o despertador, hoje ainda era sexta, mas eu não tinha mais motivos pra acordar às sete da manhã, afinal nem emprego eu tinha mais.

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