Sonhos de uma adolescente (D. L)

Capítulo 9

- Daqui fala o médico das urgências, Katherine e o seu esposo tiveram um acidente e estão nas urgências internados.

- Obrigada nós vamos já para aí. - Depois de ouvir aquelas palavras abracei Emilly e levei-a ao colo até ao carro.

- Demi o que se passa? - perguntaram Lisa e James que nos viram e vieram a correr ter connosco.

- Nada está tudo bem, James podes ir brincar? Preciso de falar com a Lisa.

- Está bem. - diz James indo a correr ter com os amigos.

- Vá agora já me podes contar o que se passa. - diz Lisa preocupada.

- Os pais da Emilly e do James tiveram um acidente e estão nas urgências internados. - digo ainda tentando acalmar o choro de Emilly.

- E eles estão bem?- Lisa diz quase em lágrimas.

- Não sei nós vamos lá agora, mas preciso que fiques aqui para mandar todos embora e cuidares do James.

- Sozinha? - pergunta Lisa em lágrimas.

- Eu posso chamar a minha mãe se quiseres. - digo lembrando-me que a minha mãe está cá a passar férias.

-  Sim Demi por favor... 

***

- A minha mãe vem a caminho, vá pequena vai correr tudo bem, assim que houver notícias ligo-te. - digo abraçando-lhe para acalmá-la. 

- Ela retribui o abraço e segue para dentro de casa.

***

Emilly

Acordei no carro de Demi, lembrando-me que estávamos a caminho do hospital.

- Demi? - chamei-lhe com voz baixa.

- Sim pequena? - ela disse com o seu sorriso doce.

- A Lisa e o James? - pergunto olhando à volta e reparando que eles não estavam connosco.

- Não te preocupes eles estão em casa com a minha mãe. 

***

- São os familiares de Katherine e Zack Smith?

- Sim somos nós. - Eu e Demi levantamo-nos num sobressalto.

- Diga-nos doutor, eles estão bem? - digo ainda com lágrimas.

- É difícil dizer isto mas... Eles não resistiram... Os meus pêsames.

 Assim que ouvi aquelas palavras eu... eu comecei a correr pelo hospital a chorar, até que fui parar a uma sala onde não estava ninguém. Assim que vi uma lâmina peguei nela e passei-a pelos meus pulsos, aliviando a dor que tinha no peito, por mais que tenta-se evitar, tinha que aliviar a dor de alguma maneira e esta maneira era o meu único refúgio.

*** 

Demi

Assim que Emilly ouviu aquelas palavras começou a correr, fui atrás dela e quando reparei estava ela numa sala a cortar-se.

- Emilly... Ouve querida eu sei que é difícil e que neste momento pensas que a única maneira de aliviar a dor é fazer isso. Mas não é... Eu sei muito bem sobre isso, anda vamos desinfetar isso e vamos para casa.

- Ok... Mas posso ir ver os meus pais pela última vez? 

- Claro anda... 

***

Emilly veio o caminho todo a chorar e eu tentava acalmá-la, mas não sabia como. Assim que chegamos a casa Emilly correu para a sala de música e antes de ela trancar a porta, entrei lá dentro.

- Demi porquê a mim? A minha vida neste momento está uma confusão e nem deu tempo de recompor o meu coração, agora só o destruiu ainda mais. Não me deixes por favor... - Emilly desabafou em choro forte.

- Calma pequena, eu nunca te vou deixar. 

- E agora? O que vai ser de mim e do James? Vamos para um orfanato e  provavelmente podemos ser separados... Eu tenho medo do que o futuro me irá reservar.

- Emilly... Eu telefonei ao meu advogado e mandei-lhe preparar os papéis para a adoção, tu e o teu irmão vão ficar comigo. - Assim que acabei de falar Emilly pulou para o meu colo abraçando-me.

- Obrigada Demi, obrigada mesmo por tudo, adoro-te.

- Aww não agradeças querida eu só quero o teu bem, também te adoro...

*** 

Contei a Lisa e James o que aconteceu, James abraçou-se a mim, Lisa e Emilly e eles os três choraram, fazendo-me chorar também, mas logo ia começar tudo a recompor-se. Assim que contei a James que provavelmente eles iam ficar comigo, o meu advogado ligou-me.

- Sim?

- Estou Demi, tenho ótimas notícias. A juíza concordou e já está tudo assinado, só falta a assinatura dos miúdos.

- Que bom! Obrigada! - disse sorrindo e logo de seguida contei as notícias a eles. Eles sorriram para além do que se estava a passar.

***

Emilly

Depois da notícia de Demi finalmente consegui alegrar-me, parece que estava tudo a construir-se.