Reencontro

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Primeiramente, quero agradecer pela ajuda que a Mavys0610 me deu, ao ser a minha primeira leitora, e pela força que ela me deu. Muitíssimo obrigada!

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EU SIGO A MINHA VIDA DA maneira que acredito ser o correto. Simplesmente, acho que seguir o que todo mundo segue é completamente sem noção. Os princípios básicos: Respeito, educação e afins, não são um tópico a se seguir e sim uma obrigação, portanto, não me compreenda mal, eu sou alguém de caráter. O que estou tentando dizer, é que tem certas coisas que todos acatam, só porque o fulano aderiu. Eu? Eu não sou como todos. Eu sigo o meu próprio caminho.

Acabo de sair da escola nesse momento. O sol está escaldante.

Caminho até o farol, e aperto o botão, para que fique ver e me dê o acesso livre aos pedrestes.

Encaro o farol. Impaciente, batendo os pés no chão a cada segundo. Quero chegar em casa logo, estou cansada.

Hoje foi um dia, completamente chato. Odeio Educação Física, mas necessito da nota. Conclusão, estou acabada.

Coloco o pé fora da calçada, para atrevessar a rua. Quando escuto uma voz vindo de longe.

- Hey! Pulmãozinho! - Esse ser humano gritante e desnecessário, é a Mônica, minha amiga de infância, e já adicionando, a única também.

Deve estar se perguntando, sobre o "Pulmãozinho". Pois é, eu mereço. Me chamo Jéssica Pulmonares... Acho que não preciso explicar mais nada, certo? E por mais que eu insista em que ela me chame de "Jessy", é o mesmo que nada.

Uma questão que vale ser retratada, é sobre amigos. Costumo dizer: "Se quer ter um bom inimigo, basta arrumar um bom amigo." Então, procuro manter distância, tenho contato apenas com a Mônica. E sim, esse é um dos meus jeitos de lidar com a vida, ou seja, é tão único, que nunca achei alguém assim. Estão todos preocupados em ser aceitos ou não ficar sozinhos. Eu? Estou perfeitamente bem do jeito que vivo.

Volto o meu pé para cima, e me conformo em ter que esperá-la.

Me viro e aceno com a mão. Mas, ela não está sozinha.
Estamos em uma distância considerável, então, só consigo ver que é uma garoto, e nada mais.

Mônica, diferente de mim, é bem alta e tem um corpo bem típico brasileiro. Seus cabelos cacheados bem cheios, estão em um coque. Ela chama atenção em todo lugar, esse é o preço de ser bonita.
Já eu, é duro até de pensar, sou minúscula e magricela. Bem aquelas Otakus mesmo (sem ofensas, porque eu não apenas pareço uma, como sou também). E se você acha que eu uso óculos, devo lhe dizer, que acertou. Sou sem graça e não chamo atenção alguma. Apesar de tudo, eu gosto. Afinal, o meu estilo de vida é quase um esconde-esconde.

Mônica e o garoto não identificado, se aproximam.

Agora vejo com mais nitidez, o garoto com quem ela está. Chuto sua idade entre 15 e 16 anos.
Sua pele é bem branquinha, ele é magro e alto. Em geral, um adolescente normal, como a maioria. Nada de especial. Mas, por que acho que já o vi em algum lugar?

- Por que não me esperou? - Ela me pergunta, colocando a mão sobre a testa, bloqueando o sol.

- Ah, você estava demorando, então resolvi caminhar devagar.

Mentira. Eu simplesmente não estava afim de muita conversa hoje.

- Sei... - Ela disse com uma expressão: "Você não me engana, garota." - Esse aqui é o Jonathan. - Falou apontando para ele, e depois apontou para mim. - E essa, é a Pulm... - Estava para fuzilá-la ali mesmo. - É a Jessy.

- Oi. - A voz dele é grossa mas ao mesmo tempo suave.

- Oi. - Correspondo. - Por acaso, já nos vimos antes? - Pergunto sem hesitar. Odeio ficar pensando em algo que não consigo lembrar.

-Ah, verdade. Vocês já se viram, você foi comigo na festa dele, lembra? - Mônica fala antes dele.

- Festa? - Busco na memória.

Agora me lembro. Esse garoto, foi o meu primeiro amor. Claro, só eu soube disso.

- Sim!! Aquela festa em que você tropeçou nos próprios pés e caiu em cima do Jonathan! - Ela explica gargalhando. Tenho a sensação de que estou levemente vermelha. E é claro que o Jonathan também riu, mas com um história dessa, quem não riria?

Tive vontade de cavar um buraco e colocar a cabeça dentro. Ou sei lá, que passasse um avião bem pertinho do solo, e que eu pudesse agarrar a asa metálica e ele logo desaparecesse pelo céu.

Bom, mas você não quer saber como ele se tornou o meu primeiro amor? Ou está mais curioso a respeito da minha magnífica queda?

A Jogada Do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora