*Capítulo narrado pela Jessy*
ME ASSUSTEI QUANDO ELE ME mandou sentar na cama. Mas, achei melhor não contrariá-lo, afinal, quem contrariaria um enfermo?
Na verdade, quando fui arrumar o seu cobertor, entrei em choque, quando nossos olhos se encontraram, meu coração acelerou.
Provavelmente, foi pelo que aconteceu antes. Foi tudo tão novo para mim, que devo estar sofrendo sequelas.
Por mais que ele tenha sido o meu primeiro amor, não é como se ele ainda fosse, ou algo assim.
Sinto minhas mãos pesarem.
O que esse idiota está fazendo? Pegando nas minhas mãos desse jeito?
Olho para o chão, mas não tiro as minhas mãos das dele. Não porque eu não quero, mas porque ele segura com força e eu não consigo me livrar delas.
- Então... - Suspiro, tirando o meu olhar do chão e voltando para ele. -Acredito que não começamos bem... - Pauso - O que estou querendo dizer é que, não tem como pararmos com isso? Isso é tão infantil...
- Isso? Isso o quê? Me diga o que é e pensarei sobre. - Diz, soltando as minhas mãos.
O que ele tem na cabeça? Minhocas? Isso, só pode ser minhocas. Ele quer que eu diga, assim, sem mais e sem menos?
- Aquilo. Você sabe o que é. - Desvio o olhar, direcionando-o para o teto.
Ele começa tossir.
- Você está bem? Precisa de algo? - Pergunto, preocupada.
Levanta do repouso, sentando na cama.
- Preciso. - Fala, pegando minhas mãos.
Esse cara, só pode ter uma tara pelas minhas mãos. Vê se pode.
- Senta aqui. - Fala, apontando para a cabeceira da cama.
- O quê? - Falo, boquiaberta. - Você quer que eu sente atrás de você? Isso faz algum sentido? - Indago.
Esse cara, obviamente, não está com seu juízo certo.
- Só faz. - Diz, puxando-me com força, me fazendo cair sobre ele.
Ouso dizer que não foi premeditado. Isso foi um mero acidente.
Nunca achei que uma situação dessa aconteceria comigo. Mas, enfim, aqui estamos.
Controle-se. Não fique vermelha. Não entra em choque.
Com nossos rostos muito próximos, nos encaramos.
Levanto rapidamente, tiro meu All Star, e faço o que ele mandou.
Pelo menos, ele não verá o meu rosto corado.
Ele simplesmente, deita a sua cabeça no meu colo.
Parece uma criança. Que fofo.
Prendo a respiração.
Meu coração bate fortemente.

VOCÊ ESTÁ LENDO
A Jogada Do Destino
RomanceJéssica Pulmonares, encontra-se em uma situação, que para ela é causa de vida ou morte. A estória desenrola a cada atitude da protagonista, que por sua vez, é teimosa, briguenta e acima de tudo, leva consigo um orgulho maior que ela própria. Mas, pa...