*Capítulo narrado pelo Jonathan*
ME JOGO NA CAMA, RECÉM forrada.
O que aconteceu aqui? Aquela garota, definitivamente, me provocou.
Tudo bem, que no começo eu queria ensiná-la uma lição, mas não esperei que fossêmos chegar até certo ponto.
Fecho os olhos, tentando não pensar muito sobre isso. Mas foi em vão. Tudo o que eu via era a imagem de quando eu estava quase beijando-a.
"Espera um pouco. Quer dizer que eu queria mesmo beijá-la? Mesmo?"
Não sei ao certo o que me aconteceu. Mas sei que ela me provocou de jeito.
Agora, eu não vou parar de pensar nisso, até findar isso.
Meu telefone toca, tirando-me dos meus altos pensamentos.
Olho no visor e vejo o nome:
Mãe
Penso em ignorar, mas logo lembro que ela não me deixaria em paz, me ligando a cada 5 minutos.
- Fala mãe. - Atendo.
- Jonathan, volta para casa, filho. - Pediu com voz chorosa. Eu já tinha imaginado que seria algo assim.
- Mãe, eu não vou voltar. Você quer casar, de novo? Já não bastava apanhar do outro cara?- Me exaltei.
- Mas Richard é diferente, filho. Entenda a mamãe, só dessa vez.- Implorou.
- Diferente? Por que? Isso é por que ele tem dinheiro? - Questionei, me exaltando mais ainda.
- O quê? Acha que quero me casar com ele pelo dinheiro? Sabe que não é isso...
- Tudo bem, mãe. Case-se com ele, mas irei ficar aqui, na casa da tia. - Desligo o celular.
Não queria que ela sofresse de novo. Gilson, aquele babaca, a fez sofrer demais.
Mas o que posso fazer, se ela arruma outro cara? Nada.
Terminarei o colegial aqui, do jeito que planejei. E a deixarei viver a vida que ela quiser.
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Desço na cozinha e procuro algo para beliscar. Logo vejo o biscoito de chocolate, e me lembro do que aconteceu nessa tarde.
Por algum motivo, não consigo parar de pensar nisso.
Pego o biscoito e como.
"Ah Jessy, me aguarde."
Dou uma risada sádica. Acho que já sei o por quê de não parar de pensar nisso. Ela feriu o meu orgulho de homem e isso não ficará assim. Não vai mesmo.
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Dirijo-me ao quarto da Mônica e bato na porta.
- Entra. - Ela diz.
Abro a porta e vejo o quarto mais desorganizado da minha vida, mas prefero não comentar nada.
- O que faz? - Pergunto.
- Nada, apenas deitada. Por que?
- Estou no tédio. - Confesso.
- Hm... - Demora um pouco para voltar a falar. - Ah, vamos chamar a Pulmãozinho! - Ela diz animada.
- Pulmãozinho? - Encaro-a, não entendo bulhufas.
- Ah - risos - É a Jessy, sabia que o nome dela é Jéssica Pulmonares? Dá para acreditar?
Gargalhei.
Óbviamente, usarei isso a meu favor,um dia.
- Seria legal, chame-a. - Incentivei.
Ela pegou o celular e enviou a mensagem.
- Ela vai vir? - Pergunto curioso, após alguns minutos.
- Vai sim. Você abre o portão? Não estou no pique de sair da cama. - Diz se infiltrando mais ainda no edredom.
Aceno com a cabeça, assentindo.
- Mônica! - Escuto a voz dela, minutos depois.
- Estou indo abrir. - Aviso a Mônica e saio andando.
Pego as chaves e vou em direção ao portão.
Abro-o. E olho para ela.
Passa por mim como se eu não estivesse ali.
Sorrio.
Fecho o portão e logo estou atrás dela.
Ela está usando um conjunto moletom, que devo dizer, é bem a cara dela.
Puxo-a pela touca. Ela olha e me encara.
- O que quer? - Questiona friamente.
- Está me enxergando agora? - Digo, ainda segurando-a pela touca.
Ela revira os olhos.
- Diga logo o que quer! - Exclama, tentando libertar a sua touca de minha mão.
Agarro a mão dela e puxo-a até mim.
- Tá bom. Então vou dizer. Eu quero os teus lábios. - Anuncio com um sorriso.
Trago-a para mais perto.
- Hã? Quer o quê?- Ela diz, passando sua mão livre em meus lábios, tentando-me ainda mais. - Ora ora, sou tão irresistível assim? Não sabia que eu tinha esse poder oculto. - Ela diz encostando o seu nariz no meu. - O que foi? Não vai confessar que pensou em mim a tarde toda? Vamos, diga. - Encarou-me.
Céus! O que essa garota tem? Como ela consegue pisar no meu orgulho, tão facilmente? Tão irritante!!
Está certo, que eu pensei mesmo. Mas não foi exatamente nela e sim no que aconteceu.
- O que te faz pensar assim? - Pergunto, soltando-a completamente.
Ela simplesmente mostrou a língua e saiu correndo.
E eu? Eu fui totalmente driblado, de novo.
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A Jogada Do Destino
RomanceJéssica Pulmonares, encontra-se em uma situação, que para ela é causa de vida ou morte. A estória desenrola a cada atitude da protagonista, que por sua vez, é teimosa, briguenta e acima de tudo, leva consigo um orgulho maior que ela própria. Mas, pa...