Capítulo 12

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12º O Jogo de uma Vida (2017)
La: Graças à Deus. – abrindo o vidro –
Mu: Vamos, pega as suas coisas e vem. Vai ter que dormir comigo mais essa noite. – rindo –
La: Se vai começar com essas brincadeiras, eu fico aqui. Pode ir. – fechando o vidro –
Mu: Ei! Pare com isso, Laura. Aqui é perigoso, sua teimosa. Estou me molhando inteiro, e você não parece que vai cuidar de mim, então vamos logo.
La: Eu não ligo! – gritando –
Mu: Me desculpa, vai. Eu não vim até aqui pra você não voltar comigo.
Ele ligou o carro e ela abaixou um pouco o vidro.
Mu: Vem logo, eu faço chocolate quente pra você.
Ela ficou em silêncio, aquilo era um bom sinal.
Mu: Prometo que não falo nada no caminho todo. Vamos?
La: Promete?
Mu: Ta.
Mesmo um tanto receosa pelas atitudes que Murilo poderia ter, ela entrou no carro. Queria sair dali, mas a ideia de voltar para o Hotel e se encontrar com a outra era horrível.
Ela teria que dormir na cama com a tal Melissa?
Ou pior, ela dormir no sofá e deixar a cama pra eles? Que pesadelo.
No caminho para o Hotel, a chuva ainda continuava, porém não tão forte quanto antes.
Mu: Laura, eu acho que... – foi interrompido –
La: Shi! Você prometeu.
Mu: Não exagera, vai. Impossível estarmos assim tão pertinho e eu não poder falar nada.
La: Mas foi o que combinamos.
Mu: Dane-se o que combinamos. Laura você me tira desse mundo, esse seu perfume, eu... eu... saio de mim.
Ela o ignorou, apenas continuou em silêncio.
Mu: Eu não acredito nisso, admite!
La: Você só pode estar com febre por estar molhado, admitir oque?
Mu: Que eu sou seu ponto fraco.
La: Você é muito convencido, Murilo. Já passou pela sua cabeça que existem homens bem mais interessantes do que você?
Mu: Claro que existe, mas “eu” sou o seu interessante, não diga que não, já está ficando feio.
La: Para o carro.
Mu: Como?
Laura levou suas mãos pelo interior da coxa dele e o acariciando completou:
La: Para o carro que quero te mostrar uma coisa. – sorrindo –
Ele não pensou duas vezes, a ideia de que Laura o que queria naquele momento, tomava toda a sua imaginação.
Murilo sentiu o seu membro enrijecer somente com o toque das mãos dela em sua coxa.
Encostou o carro e completou:
Mu: Porque me nega? Porque não se deixa sentir essa delícia que é nós dois juntos?
Ela aproximou-se de seus lábios e sussurrando disse:
La: Tem razão.
O beijo aconteceu, era esperado e desejado. As línguas ansiavam uma pela outra.
Mu: Ele continuava com os olhos fechados quando ela parou o beijo e disse:
La: Não deveria ter pedido a sua ajuda.
Murilo sequer assimilou tais palavras quando ela abriu a porta do carro e saiu no meio da chuva.
Mu: Laura, espera! O que está fazendo? – saindo do carro também –
La: Ficando longe de você.
Mu: Está maluca? Volta pro carro, aqui é deserto e perigoso.
Ela continuava em passos rápidos, mas antes mesmo que pudesse se afastar do carro ele a segurou pelo braço.
La: Me solta ou eu demito você.
Mu: Não demite. Não estou na empresa e sequer em horário de trabalho.
La: Como se atreve? – tentando se soltar dele –
Ele a segurou mais forte entre seus braços e a encostou no capô do carro.
La: Me solta, Murilo.
Mu: Porque não percebe o que está bem na sua frente?
La: Que o que? Que você é o homem que qualquer mulher ficaria louca pra ter? – debochando –
Mu: Não sua boba.
La: Então o que?
Mu: Que eu te amo!
A Chuva ficava cada vez mais intensa, e mesmo assim ela não conseguia desviar os olhos dos dele.
Aquilo que ele disse, fosse verdade ou não, não teria como saber, só sabia que sua boca e seu corpo o queriam, e seu coração parecia querer sair pela boca.
Ela o segurou pelo pescoço e o puxou para um beijo intenso. A roupa já estava grudada em seus corpos.
Ele a ergueu em cima do capô e abriu suas pernas para que ela pudesse abraça-lo com elas.
As mãos dele seguravam forte os seus cabelos.
Ela arqueou para trás e ele beijou seu pescoço.
Um das mãos dele desceu até sua coxa, apertando-a com desejo.
As bocas tinham uma sincronia perfeita. As línguas dançavam em suas bocas.
Ele abaixou o corpo sobre ela, a chuva forte logo sessaria e não poderiam correr o risco de serem vistos.
Afastou sua calcinha e a completou, investidas fortes e intensas. Ela gemia timidamente por entre o seu pescoço e em meio a um desses gemidos, ela disse ofegante:
La: Eu te odeio, Murilo.
Mu: E eu posso saber por quê?
La: Eu te odeio porque você desperta em mim a Laura que eu enterrei. A Laura que não te esquece, que não dorme, e que...
Mu: se apaixona... – sorrindo –
Ele não a deixou terminar, apenas a beijou e acelerando as investidas ele fez com ela chegasse ao seu máximo de prazer.
Assim que terminaram, entraram no carro.
La: Que loucura!
Mu: Uma loucura que eu só faria com você. – sorrindo –
Ele ligou o carro e seguiram para o hotel.

Alguns minutos depois estavam no quarto do hotel.
Mu: É, me parece que terá que passar a noite mais uma vez aqui comigo.
Assim que Laura entrou no quarto, logo algo veio em sua mente.
La: Murilo.
Mu: Hum? – aproximando-se dela –
La: O que me disse é verdade?
Mu: Que eu te amo?
Laura ficou em silêncio, para ela tal palavra era significativa demais para serem ditas em vão.
Mu: Claro que sim. Acha que eu diria isso se não tivesse certeza?
La: Me parece do tipo que diz isso para todas.
Mu: Não sabe nada de mim e já me julga. Como pode ser assim? – rindo –
La: Só me previno.
Mu: Só disse isso uma vez e foi para...
La: Deixa eu adivinhar, a sua mais que amiga, Melissa.
Mu: Como sabe? – surpreso –
La: É um hipócrita, Murilo.
Mu: Por quê?
La: Sai de perto de mim.
Mu: Espera. – Rindo –
La: Sai!
Murilo se esqueceu de que não havia informado que Melissa era a sua cadelinha de estimação.
Então simplesmente a deixou no quarto e saiu buscar sua cachorrinha.
Ela não queria acreditar no que ele estava fazendo. Como pode, depois de tudo que haviam acabado de fazer, ele a deixou para ir atrás de outra.
Não iria ficar ali esperando que eles chegassem, queria ir para qualquer lugar, desde que fosse longe deles.
Então ela colocou as roupas em sua mala e com um tanto de trabalho, forçou a fechadura da mesma.
Pegou sua bolsa, colocou em seus ombros e foi em direção a porta.
Um segundo mais e alguém sairia machucado.
O Latido veio antes de qualquer outra palavra.
Ela ficou imóvel, não sabia o que dizer, já entendera tudo.
Mu: Essa é a Melissa. – rindo –
Ele fechou a porta que estava atrás dele.
Assim que ele colocou a cachorrinha no chão, a mesma correu para a sua caminha que estava um tanto escondida no canto da suíte.
La: Mas que droga. – sorrindo –
Ela jogou as malas e a bolsa no chão e pulou nele.
As mãos dele já tornearam toda a sua cintura, enquanto os lábios deliciavam-se um com o outro.
Ela sussurrou em meio a beijos:
La: Me leva pra cama...

O Jogo de uma Vida - 2017 [Concluída✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora