Capítulo 4

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4° Capítulo - O Jogo de uma Vida (2017)

A semana que encerraria a faculdade de Laura e que a traria de volta ao Brasil, enfim chegara, mas ela não estava tão empolgada ao telefone quando Lucas mencionou a sua volta ao Brasil.
La: Lucas, as coisas mudaram.
Lu: Laura, tá me deixando preocupado.
La: Eu consegui um emprego, e um salário que eu nunca nem sonharia.
Lu: Laura, que maravilha!!! Você vai se tornar uma administradora “fodona”!
La: Sinto apenas por não conseguir te ver tão cedo.
Lu: Logo nos veremos e você vai chegar a enjoar da minha cara – rindo –
La: Com certeza não. Nunca vou enjoar de você.
Lu: Quando começa?
La: Na próxima semana.
Lu: Quero que me conte tudo.
La: Claro que sim, nem precisa me pedir.

CoinsWord era famosa pela tecnologia avançada em seus computadores.
Laura fora contratada como assistente administrativa da mesma. Estava sentindo-se lisonjeada, a responsabilidade era enorme.
Era o seu primeiro dia de trabalho, e estava nervosa.
Andou em passos contados até a sala indicada.
Assim que passou em frente a porta, ficou paralisada, sequer um passo mais conseguia dar.
Sem tempo de pensar no que poderia fazer, a porta se abriu e ele a cumprimentou com um simpático sorriso.
P.lo: Senhorita, Laura?
La: Isso mesmo. Prazer. – cumprimentando –
P.lo: Entre, fique a vontade. Quer agua ou café?
La: Obrigada, Doutor Paulo.
No mesmo instante ele começou a rir. Laura faltou sair correndo daquela sala. O que poderia ter dito de errado?
P.lo: Por favor, não me chame de Doutor, nem sou médico. Isso é coisa da minha secretária, a Carlo. Chegou a conhecê-la?
La: Já, ela é quem está me orientando com tudo.
P.lo: Pode confiar nela, depois do Jorge, ela é quem é o meu braço direito. Logo também o conhecerá.

Paulo Cortez era o dono de todo aquele lugar, já passava da casa dos sessenta anos de idade, mas o humor era como o de um jovem de vinte anos.
Sua empresa hoje era acompanhada de quatro filiais. Localizavam-se em França, Estados Unidos, Amsterdã e Grécia. Além da matriz ali mesmo em Londres.
P.lo: Senhorita Laura, sabe que já está contratada e que isso é apenas uma conversa para nos conhecermos melhor, certo?
La: Certo.
A voz dela entregava o nervosismo.
P.lo: Então pode guardar esse caderno e essa caneta.
Ela sorriu sem graça e logo o fez.
P.lo: Toda empresa tem sua regra, e a dessa empresa se resume em apenas duas.
Laura não conseguia relaxar.
P.lo: A primeira é: Seja autêntica! Eu contratei Laura Drummond, não apenas mais uma funcionária.
Segundo: Seja profissional acima de tudo, eu sei o que eu preciso saber, o que eu não preciso saber, eu não quero saber.
Ele foi direto e isso deixou Laura apenas acenando com a cabeça, as palavras estavam presas.
P.lo: Alguma dúvida?
La: Não, Senhor Paulo.
Como em um quebrar de feitiço, o dono da empesa simplesmente sorriu e levantando-se pediu que ela fizesse o mesmo.
Estava constrangida.
P.lo: Eu costumo dizer que não tenho funcionários aqui, todos somos uma grande família. E eu quero que você seja muito bem vinda a nossa equipe.
La: Muito obrigada, Senhor Paulo.
P.lo: Agora pode procurar a Carla que ela vai te mostrar onde será a sua sala. E se precisar de qualquer coisa, pode falar com a Carla ou comigo. Volte aqui as 15hrs pra me dizer o que achou do setor que você está assumindo.
La: Pode deixar.
Laura passou uma manhã maravilhosa pelas dependências da empresa. Amou o trabalho e como a trataram, todos eram muito receptivos.
Como o senhor Paulo havia orientado, as 15horas Laura estava em frente a sua sala.
A porta estava aberta e quando ela o viu, foi aproximando-se.
P.lo: Oi, minha filha. Já conseguiu uma análise?
La: Consegui fazer uma planilha simples para que possamos conversar melhor, e... – ficando em silêncio –
Ela percebeu que não estavam sozinhos, e sentiu-se mal por não tê-lo percebido antes.
La: Me desculpe, senhor Paulo. Eu volto depois, não imaginei que o senhor estivesse ocupado.
P.lo: Não se preocupe. Estamos apenas jogando conversa fora. Esse é Jorge, de quem eu te falei.
La: Ah, sim.
P.lo: Esta é a senhorita Laura Drummond, nossa nova auxiliar na administração.
Jo: Seja bem vinda, Laura. Se precisar de algo, eu ficarei encantado em poder te ajudar.
P.lo: Ei, não deixe nossa colega de trabalho constrangida.
Jo: Não me tome mal. Apenas quero que saiba que se precisar, estou à disposição.
La: Vou me lembrar disso.

Jorge Henrique era um cavalheiro, charmoso e sempre disposto a ajudar.
Era o braço direito do dono daquela empresa, mesmo sendo jovem, era como um veterano ali dentro.
Com o passar do tempo, Laura percebeu que Jorge não apenas oferecia sempre sua ajuda.
Estava flertando com ela, e ela no fundo, correspondia.
Numa noite dessas ele a convidou para que pudessem montar uma reunião juntos, ofereceu a sua casa para trabalharem.
Laura sabia no que aquilo poderia acabar, mas era um risco que ela estava rezando para correr.
A casa era aconchegante como cada frase que ele dizia a ela.
Há uma hora tomavam uma taça de vinho em meio aos papéis da empresa.
O porquê estavam com o computador ligado e todos aqueles relatórios, não faziam mais ideia.
Só sabiam que o momento estava maravilhoso.
Jo: Laura...
La: Nosso trabalho está atrasado.
Jo: Com certeza vai atrasar um pouco mais.
Sem mais palavras ou invenções, ele a beijou.
Ele ousou um pouco e colocou uma de suas mãos entre a nuca e os cabelos dela. Ela sentiu seu corpo ser puxado para mais perto e não quis se afastar.
A respiração começou a ficar ofegante, as mãos dele percorreram o seu corpo sem pressa, descendo até sua coxa.
Estavam a essa hora deitados ao sofá, quando Laura num lapso, lembrou-se do foco. Estava deixando se levar.
Jo: Laura me desculpa, eu não quis ser invasivo, mas é que... – sendo interrompido –
La: Não, fique tranquilo, eu não fiz nada que eu não quisesse fazer.
Jo: Então o que foi? – confuso –
La: Acho que nos deixamos levar pelo vinho. Já está tarde. – levantando-se –
Jo: Espera, não vai assim.
La: Eu preciso ir, Jorge.
Jo: Eu te levo em casa.
La: Isso é completamente desnecessário, estou com o meu carro e você bebeu tanto ou mais que eu.
Jo: Não consigo te convencer do contrário, não é?
La: Por enquanto não. – sorrindo –
As palavras ficaram no ar enquanto ela deixava o cômodo.
É claro que não demorou muito mais até que ela se deixasse levar pelas investidas de Jorge.
As ultimas semanas daquele ano fora o suficiente para Laura ter certeza de que Jorge era um cara legal.

Laura chegou um pouco mais cedo na empresa naquela manhã, mas arriscou perguntar para Carla se Jorge já estava em sua sala.
Ca: Está sim, senhorita Laura.
Ela ficou surpresa, mas tentou disfarçar.
Ca: Quer que eu o avise que quer falar com ele? – pegando o telefone –
La: Não! Não precisa Carla. É só uma palavrinha rápida. – sorrindo –
Carla retribuiu o sorriso e Laura seguiu até a sala dele.
Abrindo a porta ela disse:
La: Posso entrar?
Jo: Bom dia, claro que sim.
La: Eu só passei pra te ver um pouquinho.
Jorge levantou-se da mesa e foi em sua direção.
Jo: Só um pouquinho? – aproximando-se –
Laura sorriu e deixou que ele a segurasse pela cintura.
La: Sabe que não gosto disso aqui.
Jo: É cedo demais, só a Carla está aqui.
La: Logo o senhor Paulo está aí.
Jorge a beijou delicadamente nos lábios.
La: Mas talvez eu possa abrir uma exceção.
Jo: Com certeza pode sim.
Jorge a virou em direção a mesa, em beijos rápidos e intensos ele a encostou na mesma.
Em um impulso ele a levantou, as pernas logo contornaram o troco dele, enquanto suas mãos apertavam com voracidade as coxas dela.
Os beijos dele estavam concentrados no pescoço dela, que a essa altura tinha os olhos fechados e apenas sentia o arrepio em seu corpo.
Precisavam ser rápidos.
Ele desabotoou rapidamente sua calça e deixou que Laura pudesse massageá-lo.
Ela não precisou muito, o mesmo já estava pronto para que ela pudesse chegar ao seu máximo de prazer.
Foi o que ele fez, os gemidos eram abafados pelo ombro de Jorge, onde Laura tinha sua boca contra o mesmo.
Não demorou muito até que ela sentisse as estocadas ficarem mais forte e o liquido quente invadir seu corpo.
Não havia tempo para que pudesse se olhar ou dizer algo, rapidamente Laura soltou sua saia para o lugar que nunca deveria ter saído em pleno horário de trabalho, e Jorge arrumou suas calças.
La: Isso não pode mais acontecer aqui, Jorge. Sabe que eu não me sinto bem.
Jo: É a quarta vez que diz isso. – rindo –
La: Para com isso! – rindo -
Naquela manhã, Laura foi chamada na sala do senhor Paulo.
La: Bom dia, o senhor precisa falar comigo, aconteceu alguma coisa?
P.lo: Sente-se aqui, quer alguma coisa? Agua, café?
La: Eu estou bem, obrigada.
P.lo: Você está na empresa a quase um ano, quero sua ajuda nisso.
O dono logo entregou uma pequena pasta para Laura.
P.lo: Quero que faça um levantamento desses recibos com a planilha que me entregou na sexta-feira passada.
La: Ok, o senhor precisa disso pra quando?
P.lo: Pro mais rápido que puder.
La: Claro, eu vou agora mesmo fazer isso.
Laura já estava saindo da sala quando ele completou:
P.lo: Ah, não comente isso com ninguém, minha filha.
La: Como o senhor quiser. – sorrindo –

O Jogo de uma Vida - 2017 [Concluída✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora