Capítulo 17

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Era de manhã, Laura acordou em sua cama e logo a sua primeira visão, foi um enorme buquê de rosas vermelhas ao seu lado na cama.
Ela apoiou seu cotovelo na cama e inclinou-se no buque para cheirá-lo.
La: São lindas.
Mu: Não tanto quanto você.
Ele colocou o buquê numa cadeira ao lado e aproximou-se de sua mulher.
Mu: Como se sente?
La: Sinto que tive um pesadelo. Na verdade eu queria que tivesse sido.
Mu: E será. Isso não vai passar de um pesadelo horroroso.
La: Eu tenho medo, amor.
Mu: Eu não vou deixar nada acontecer com você. Esquece um pouco disso. Você ficou duas semanas fora, ainda estou com saudades. – sussurrando –
Laura sentiu o rosto corar e o corpo arrepiar.
La: Só você sabe fazer isso comigo.
Mu: É você quem me enlouquece. Ainda mais quando fica tanto tempo longe de mim.
Murilo adorava ver o corpo de Laura arrepiar, ele sabia que esse era o tipo de coisa que uma mulher não teria como simular.
O Amor e o desejo eram avassaladores, torturantes, os consumia desde quando deitaram na noite anterior apenas para dormir.
Ele se inclinou para beijá-la, ainda estavam meio tensos pelo que acontecera na noite anterior.
Ela deixou os lábios encostarem lentamente nos dele.
Murilo estremeceu. Isso o excitou, o perfume dela pela manhã já o fascinava. Um aroma naturalmente erótico.
Respondendo a ternura dela com certa urgência, Murilo intensificou o beijo, estimulando-a, brincando com a sua intimidade.
Ela sentiu os braços dele apertando-a contra ele, os seios estavam entregando o que seu corpo queria, e ele pode senti-la.
Murilo a encarou e moldurou seu rosto entre suas mãos e separou os lábios, deixando que a língua de Laura o explorasse.
Dando razão aos seus instintos, sentiu-se seguro para correr uma mãos pelo seu corpo, outra mão já segurava seus cabelos atrás de sua nuca.
Lentamente, Laura o beijou na curva sensível de seu pescoço, lutando para controlar toda a fúria e desejo que o calor e sabor da pele provocava.
Um gemido de prazer escapou pelos lábios dela.
Ela mordeu o lábio inferior e suas pálpebras se tornaram pesadas quando Murilo desceu os lábios por seu pescoço, explorando o vale entre seus seios.
O caminho fora ficando mais extenso, e ele chegou onde ela o queria. Estava excitada e isso era visível. Murilo não tinha pressa, mas o corpo sensível de sua mulher não aguentaria muito mais.
Então Laura reuniu toda a sua determinação, sua saudade e ousadamente tomou Murilo pelos ombros e o afastou de si.
Ele estava de joelhos em sua cama apenas de cueca. Ela ficou a sua frente, com as mãos abaixou sua cueca e deixou seus lábios massagearem seu membro.
O Golpe foi certeiro, ela percebeu o batimento do coração dele acelerar. A respiração ficou acelerada e desordenada.
Ela sabia o que estava por vir, desafiando a si mesma ela interrompeu a carícia sobre o sexo dele e procurando absorver todo o prazer que ele lhe oferecia.
Com o coração batendo vertiginosamente, virou-se de costas para ele e tirou sua camisola, expondo-se ao olhar selvagem de Murilo.
Ela deu-lhe as costas, jogou os cabelos para o lado cedendo-lhe a iniciativa.
Como é gloriosa a entrega, foi o pensamento que passou pela cabeça de Murilo. Introduziu-a, Laura ia a loucura.
Uma pressão começou a se formar dentro de Laura. Seu corpo ficou totalmente enrijecido e sua mente rodopiou sem controle.
Prendeu a respiração e cerrou fortemente os olhos para absorver o prazer de cada instante. Foi perfeito, se pudera existir o máximo, com certeza seria aquele.
Quando abriu os olhos, a virou de frente para ele, estava em cima dela, diminuiu o movimento, lento e suave, Murilo viu a sua frente a mulher que amava, não era uma figura real, era um anjo que chegou para mudar a sua vida, para dar um sentido a aquilo que ele chamava de vida.
Então ele entendeu, um sempre pertencera ao outro, por toda a história, por todos os séculos. Isso que faziam não era desse mundo, era uma união mágica, uma coisa inexplicável.
Deitados um lado do outro, ele disse:
Mu: Sempre fui seu. – murmurou –
Ele mantinha os olhos fechados e ela continuava aninhada em seu peito, estavam cansados.
La: Para sempre. – sorrindo –
Algumas semanas se passaram, Laura estava em seu apartamento com Lucas.
Acompanhados de uma bacia com pipoca, Laura e Lucas assistiam um filme. Já se passava das nove horas da noite quando começaram.
Lu: Sabe o que eu estava pensando aqui? – parando o filme com o controle –
La: O que?
Lu: Você só me usa ultimamente.
La: Ah, mas que absurdo. Claro que não.
Lu: Claro que sim, eu só estou aqui porque Murilo está em viagem de novo.
La: Não fala assim, Lucas. Não é verdade. Murilo está viajando há quase uma semana.
Lu: E eu só estou aqui hoje porque não estava no Brasil desde então.
Ambos riram.
La: Eu deixo que você me use quando o Leonardo estiver viajando. – rindo –
Lucas não conteve a curiosidade.
Lu: Laurinha, me desculpa entrar nesse assunto, mas eu precisava saber. Já faz quase dois meses e nenhuma notícia do Carlos e da Pâmela?
La: Não, e isso é oque mais me preocupa.
Lu: Na verdade eles são doidos, até agora não consigo entender o porque fazer aquilo tudo pra você e o Murilo.
La: O problema não é o Murilo e eu juntos, o problema sou eu feliz. No passado não existia o Murilo, e mesmo assim ela fez da minha vida um inferno.
Lu: Que encosto. Eu, ein.
La: Eu só sei que eu cansei, a única coisa que eu quero agora é ser feliz com o Murilo. Eu não preciso de mais nada. Só que eu não tenho sangue de barata, se fizerem mais alguma coisa eu vou fazer com que paguem por tudo o que fizeram, e com juros!

Era um domingo quando Murilo chegou durante a madrugada.
Ele tinha as chaves do apartamento dela, tomou um banho e adormeceu ao seu lado.
Pela manhã ele esperava ela acordar, já se aproximava das duas horas da tarde quando ela despertou.
Mu: Bom dia, Bela adormecida. – aproximando-se –
La: Amor? Quando foi que... Que horas são? – confusa –
Ele beijou seus lábios e respondeu:
Mu: Cheguei hoje de madrugada, tomei um banho e dormi ao seu lado a noite toda.
La: Ah meu Deus, foi aquele bendito chá calmante, eu apaguei a noite toda.
Mu: Percebei mesmo. São quase duas horas da tarde, vem, levanta que hoje preparei algo diferente pra gente.
La: Duas horas?! – levantando-se – Porque não me acordou antes?
Mu: Porque gosto de te ver dormindo.
La: Amor, tem certeza de que não quer ficar em casa? Ein? A gente pode matar a saudade o dia inteiro nessa cama. Não acha melhor?
Mu: É bem tentador, mas hoje faremos isso mais a tarde, agora vamos ao parque.
La: Ao parque? Não me diga que vamos fazer um piquenique. – rindo –
Ela parou de rir quando Murilo colocou uma cesta de frutas e doces em cima de sua cama.
La: Ah, meu Amor. Me desculpa – rindo – Eu falei brincando, a ideia de um piquenique é maravilhosa.
Ela deu um selinho nos lábios dele e foi para o chuveiro.

Quase uma hora e meia se passou e Laura ainda terminava de se arrumar, passava protetor nas pernas e no braços quando o seu celular tocou.
Murilo já havia descido para a garagem colocar as coisas no carro.
Lu: Alô? Laura?
La: Oi, Lucas. Agora que vi meu celular, acredita que acordei quase duas horas da tarde, foi o Murilo que me acordou. – rindo –
Lu: Ah, ele já voltou de viagem? Então isso explica esse celular desligado.
Laura riu.
La: Lucas!
Lu: Laura, está tudo bem com vocês?
La: Está sim. Estamos saindo agora para um piquenique, acredita? – rindo –
Lu: Graças a Deus.
La: Porque, o que foi? – preocupada –
Lu: É que tive uns pesadelos essa noite e acordei meio angustiado, mas vocês estão bem. Foi só um pesadelo.
La: Nossa, Lucas. – preocupada –
Lu: Não se preocupa, vai aproveitar o seu domingo.
Murilo gritou Laura da porta de entrada.
Mu: Vamos, amor! Vai esperar chover?
Lu: Tchau, Laurinha. Divirta-se!
Laura despediu-se do amigo e foi ao encontro de Murilo.
Mu: Que demora, amor. Vamos.
La: Estava no telefone.
Mu: Vamos ver se adivinho. Era o Lucas?
La: Engraçadinho. – rindo –

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