Capítulo 2

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ISABELLA

Amanheceu, levantei, tomei um bom banho, preparei um bom café da manhã e vi que meu pai já estava acordado.

— Bom dia pai. — falei sorrindo para ele.

— Bom dia filha. — ele sorriu-me também. — Filha eu preciso sair agora, mas daqui a pouco volto ok.

— Ok pai pode ir, mas não tomará o café? — perguntei sorrindo, olhei para minha mão e escondi.

— Estou indo, não filha eu não tomarei café, já volto. — Ele saiu pela porta e eu continuei a tomar meu café.

Se meu pai tiver visto o anel, fingiu não ver. Pois, tenho certeza que ele me encheria de perguntas, de onde ele veio.

Agora após tomar o café, pensei sobre o que ele disse ontem, vamos nos mudar. Como ele queria que eu deixasse a faculdade? As minhas amigas, meu quarto que tanto amava, subi para meu quarto e arrumei minhas coisas, comecei a chorar enquanto arrumava as coisas, olhei novamente para o anel e fiquei admirando enquanto chorava por ter que ir embora. Quando escutei um barulho e me virei rapidamente para a janela, e lá estava ele olhando sério para mim.

— O que faz aqui? — falei quase gritando. Ele se aproximou de mim e tapou minha boca, com uma mão e a outra colocou em volta da minha cintura.

— Vejo que está usando o anel que lhe dei, eu tirarei minha mão da sua boca, mas prometa que não gritará, preciso falar com você. — ele falou e eu afirmei com a cabeça, ele tirou a mão da minha boca, mas não me soltou.

— Não me respondeu o que faz no meu quarto. — perguntei olhando para ele.
— Eu estava escutando os pensamentos do seu pai há um bom tempo, e escutei que ele vai levá-la para fora da cidade, por isso vim aqui falar com você, você não pode ir embora, você me pertence e está destinada a mim. — ele falou aproximando nossos rostos.

— C-como assim v-você leu os pensamentos do meu pai? Eu não pertenço a você não, sim, estou usando o anel por que não consigo tirar do meu dedo depois que coloquei — tentei me soltar dele e não consegui, ele é mais forte que eu. — Me solte tenho que terminar de arrumar minha mala. — ele não me soltou.

Seu rosto só aproximou mais ainda do meu olhando em meus olhos, e me beijou, aqueles lábios que só haviam me beijado em sonhos, era tão real quanto nos sonhos. Beijava tão bem.

— O que foi isso que acabou de acontecer aqui? — perguntei ainda com a respiração ofegante.

— Um beijo Isabella. — ele respondeu rapidamente.

— Suas mãos estavam em todos os lugares, quando eu te dei essa liberdade toda hein? — falei-lhe enquanto me afastava.

— Eu não preciso da sua permissão para pegar no seu corpo — ele falou com um sorriso no rosto.

— Como assim não precisa de permissão, o corpo é meu e só quem eu quero, pode tocá-lo — falei fechando minha mala. Ele segurou minha mão com força.

— Não foi bem isso que pareceu quando você estava me beijando. — olhei para ele incrédula do que ele havia acabado de falar. Ele não me soltou e meu pai entrou de repente no meu quarto, meu pai olhou para o rapaz.

— O que faz em minha casa Dominic? — meu pai perguntou já puxando uma arma e apontando para ele. Como meu pai sabia o nome dele se nem eu sabia?

— Olá Van Helsing, há quanto tempo que não nos vemos, não é mesmo? — Dominic falou num tom de ironia. Eu estava sem entender nada, mas Dominic não soltava minha mão, me puxou para perto dele, e Charlie se aproximou um pouco mais de nós.

— Dominic, solte-a, ela não tem nada a ver com essa história. — meu pai falou alto com Dominic, enquanto ele continuava me segurando junto a seu corpo.
— Charlie, Charlie, ela é minha você sabe, nasceu do meu sangue, e pertence a mim agora. — eu continuava calada até Dominic pronunciar isso.

— Eu não pertenço a você, eu já lhe disse isso. — tentei novamente me soltar dele e foi em vão. — Pai? Como você o conhecia? Como sabia seu nome? — eu já estava nervosa pela forma como eles estavam se olhando, Dominic tinha olhos pretos agora e meu pai estava com uma cara de ódio que nunca vi na vida.

— Filha é uma longa história. — meu pai apenas disse isso.
— Ela vai comigo Charlie e você não irá impedir, eu vou levá-la antes que você a leve de mim, eu vim para ter ela e terei mesmo que eu tenha que matar você para isso. — ele falou e me parecia bem irritado quando escutei um rosnado do seu peito. Presas apareceram e seu rosto mudou.

— Eu não estou entendo nada, me solte Dominic você está me machucando — ele apenas olhou para mim, olhos negros me encaravam, me arrastando pelo quarto, até a porta, meu pai estava próximo, mas não se mexia, parecia ter medo de algo.

— Dominic ela não vai com você nunca, ela é minha filha e eu vou protegê-la até a morte. Vou trancá-lo novamente como fiz há anos atrás. — meu pai pronunciou e eu olhei séria para ele, como assim então eles se conhecem há muito tempo.

— Charlie a levarei e não há nada que você faça que irá me impedir. — Dominic passou comigo pela porta do quarto e eu gritei.

— Pare me solte, para onde está me levando? — ele apenas me olhou e com apenas a forma de me olhar me calei, fiquei com medo. Charlie se aproximou de nós.

— Dominic esqueceu-se de que tenho seu sangue em minhas veias e que agora posso lutar com você de igual para igual. — Charlie pegou no braço de Dominic me soltando e jogando ele na parede, meu Deus ele destruiu a parede da nossa casa. Fiquei olhando assustada para o que meu pai havia acabado de fazer.

— Bella saia de casa agora depois explico-lhe o que está acontecendo. — meu pai falou e eu assenti com a cabeça, sai correndo, então escutei Dominic gritar.

— Isabella para onde você for vou lhe achar nem que demore anos, mas vou lhe achar. — olhei para trás e Charlie estava batendo nele. Sai correndo dali sem rumo, só queria ir o mais longe possível.

Sangue do Meu Sangue - A profecia (repostando com atualizações)Onde histórias criam vida. Descubra agora