Segunda folha.

29 6 2
                                    

O que tive que fazer foi me arrumar e perto dás 7:00 da noite,Marina me chamou para ir ao tal encontro dela.
O que ela é que eu ouça as palestras. Mas,isso não é bom para mim,me envolver com esse tipo de gente poderia arruinar o pouco que tenho e quando digo isso cito meu status e emprego,ela sabe onde trabalho,do jeito que falo não aparenta ser algo lícito mais aparenta ser um tráfico,porém sou o complexo oposto,exerço  profissão que alimenta a segurança do povo,ou seja,polícial.
Voltando a ela,levou-me para uma casa no "fim" da cidade,e lá estavam todos seus companheiros,Eram sempre reuniões as escondidas,para que ninguém visse o que acontecia era uma época que o governo tinha poder sobre tudo,um verdadeiro terror,Tinha quaisquer direto e estou justo do lado do governo.
Fiquei desligado pensando sobre isso,fui até uma mesa próxima aonde estava,peguei um pequeno banco de madeira e comecei a ignorar,só havia ela,era única que conhecia. Me apoiei no meu braço e apenas fiquei desligado,querendo ir para casa e dormir,é idiotice,mas sempre ignoro coisas que não vem ao interesse,principalmente sobre um grupo marxista.
Em fato não posso respeitar eles,o comunismo não é algo que é correto diante do governo. É por isso que temos esse caos.
Mas,não vem ao caso. A "reunião" veio ao fim,me pergunto por que ela me obriga a ir?Não sou o vilão com certeza,mas enquanto está pensando de novo, enquanto todo o grupo se retirava e ia para casa,minha irmã puxou assunto:
  - Então!Gostou?Nem doeu.
  - Ah...Sim lógico
  Não faço idéia do que Eles estavam falando realmente.
  - Bom...Quero te dar isso. Disse ela me entregando uma pulseira vermelho feito de linha e croche
  - Uma...Pulseira?
  - Sim!Aprendi a fazer ontem!A Carmem me ensinou!
  - Repita o nome da meliante.
  - NÃO É UMA MELIANTE
  - Okay okay,continue sobre a pulseira,Marina
  - Sim!Fiz elas de vermelho porque é a cor do amor e...
  - E também a cor do sangue
  - ...
  - ...
  - VOCÊ ARRUINOU A PORRA DO MOMENTO FERNANDO.
  - Desculpas.
  - Não.
  - ...
  - Continuando,era para representar a cor do amor
  - Se era sobre o amor então por qual motivo me entregou para mim,por que não para os nossos pais ou seus amigos?
  - Simples,Fernando,nossos pais vão continuar sendo nossos pais,mas vão ficar velhos e provavelmente não precisaram mais de nós,amigos podem ir embora,desaparecer,mas nós somos irmãos,não importa o que aconteça compartilhamos o mesmo sangue,e não a nada no mundo que mude isso.
  Fiquei quieto e logo em seguida passei a mão no cabelo dela,caminhávamos pela a estrada até nossa casa,era uma coisa que fazíamos quase todos os dias quando éramos menores,geralmente voltava com um olho roxo da escola,arrumava muitas brigas,deve ser por isso que comecei a ficar sozinho,mas ela fala comigo mesmo estando dois anos antes que eu.
Não foi a  melhor infância que posso dizer,mas foi a que tive e creio que de todos os males não era o pior.
Ela também lembrou-se sobre
  - Hoje não voltou com um olho roxo ou suspensão?
  - Não,não voltou com o vestido sujo de canetas ou de sangue?
  - Sangue,como assim?
  - Lembra quando você chegou chorando toda suja de sangue na minha sala dizendo que teríamos que ir urgente para casa porque você estava com uma hemorragia na  e estava doendo muito e  fomos correndo falar com o diretor,a gente saiu desesperado e fomos para casa e nossos pais tinham saído,mas deixaram a chave de baixo do carpete,e quase quebramos a caixa de remédios mas não sabíamos o que fazer então  colocamos um miolo de pão enrolado numa gaze  para parar o sangramento e você com aquilo achando que ia morrer até que nossa mãe chegou e disse que só era sua primeira menstruação
  - NÃO ME LEMBRA DISSO
  - Vou lembrar por que parecia que você ia morrer e eu levei a bronca.
  - AAA Desculpa
  - Tudo bem.
  - Me lembrou disso né?Me aguarde. Marina disse e me deu um leve soco no ombro.
Gostos dessas pequenas coisas que me importam tanto.
Havíamos chegado em casa,tarde,Marina foi tomar banho e deitar,fiz o mesmo,mas não consiga pegar no sono,talvez por causa do evento que aconteceria no dia seguinte.

Mas Que Nada Onde histórias criam vida. Descubra agora