O que tive que fazer foi me arrumar e perto dás 7:00 da noite,Marina me chamou para ir ao tal encontro dela.
O que ela é que eu ouça as palestras. Mas,isso não é bom para mim,me envolver com esse tipo de gente poderia arruinar o pouco que tenho e quando digo isso cito meu status e emprego,ela sabe onde trabalho,do jeito que falo não aparenta ser algo lícito mais aparenta ser um tráfico,porém sou o complexo oposto,exerço profissão que alimenta a segurança do povo,ou seja,polícial.
Voltando a ela,levou-me para uma casa no "fim" da cidade,e lá estavam todos seus companheiros,Eram sempre reuniões as escondidas,para que ninguém visse o que acontecia era uma época que o governo tinha poder sobre tudo,um verdadeiro terror,Tinha quaisquer direto e estou justo do lado do governo.
Fiquei desligado pensando sobre isso,fui até uma mesa próxima aonde estava,peguei um pequeno banco de madeira e comecei a ignorar,só havia ela,era única que conhecia. Me apoiei no meu braço e apenas fiquei desligado,querendo ir para casa e dormir,é idiotice,mas sempre ignoro coisas que não vem ao interesse,principalmente sobre um grupo marxista.
Em fato não posso respeitar eles,o comunismo não é algo que é correto diante do governo. É por isso que temos esse caos.
Mas,não vem ao caso. A "reunião" veio ao fim,me pergunto por que ela me obriga a ir?Não sou o vilão com certeza,mas enquanto está pensando de novo, enquanto todo o grupo se retirava e ia para casa,minha irmã puxou assunto:
- Então!Gostou?Nem doeu.
- Ah...Sim lógico
Não faço idéia do que Eles estavam falando realmente.
- Bom...Quero te dar isso. Disse ela me entregando uma pulseira vermelho feito de linha e croche
- Uma...Pulseira?
- Sim!Aprendi a fazer ontem!A Carmem me ensinou!
- Repita o nome da meliante.
- NÃO É UMA MELIANTE
- Okay okay,continue sobre a pulseira,Marina
- Sim!Fiz elas de vermelho porque é a cor do amor e...
- E também a cor do sangue
- ...
- ...
- VOCÊ ARRUINOU A PORRA DO MOMENTO FERNANDO.
- Desculpas.
- Não.
- ...
- Continuando,era para representar a cor do amor
- Se era sobre o amor então por qual motivo me entregou para mim,por que não para os nossos pais ou seus amigos?
- Simples,Fernando,nossos pais vão continuar sendo nossos pais,mas vão ficar velhos e provavelmente não precisaram mais de nós,amigos podem ir embora,desaparecer,mas nós somos irmãos,não importa o que aconteça compartilhamos o mesmo sangue,e não a nada no mundo que mude isso.
Fiquei quieto e logo em seguida passei a mão no cabelo dela,caminhávamos pela a estrada até nossa casa,era uma coisa que fazíamos quase todos os dias quando éramos menores,geralmente voltava com um olho roxo da escola,arrumava muitas brigas,deve ser por isso que comecei a ficar sozinho,mas ela fala comigo mesmo estando dois anos antes que eu.
Não foi a melhor infância que posso dizer,mas foi a que tive e creio que de todos os males não era o pior.
Ela também lembrou-se sobre
- Hoje não voltou com um olho roxo ou suspensão?
- Não,não voltou com o vestido sujo de canetas ou de sangue?
- Sangue,como assim?
- Lembra quando você chegou chorando toda suja de sangue na minha sala dizendo que teríamos que ir urgente para casa porque você estava com uma hemorragia na e estava doendo muito e fomos correndo falar com o diretor,a gente saiu desesperado e fomos para casa e nossos pais tinham saído,mas deixaram a chave de baixo do carpete,e quase quebramos a caixa de remédios mas não sabíamos o que fazer então colocamos um miolo de pão enrolado numa gaze para parar o sangramento e você com aquilo achando que ia morrer até que nossa mãe chegou e disse que só era sua primeira menstruação
- NÃO ME LEMBRA DISSO
- Vou lembrar por que parecia que você ia morrer e eu levei a bronca.
- AAA Desculpa
- Tudo bem.
- Me lembrou disso né?Me aguarde. Marina disse e me deu um leve soco no ombro.
Gostos dessas pequenas coisas que me importam tanto.
Havíamos chegado em casa,tarde,Marina foi tomar banho e deitar,fiz o mesmo,mas não consiga pegar no sono,talvez por causa do evento que aconteceria no dia seguinte.
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Mas Que Nada
Historical FictionEm 1970,um jovem chamado Fernando,é um policial durante o período militar. Sua irmã que é seu completo oposto,é uma comunista forte e completamente contra a ditadura,o contrário dele,mesmo com isso ela é a única companhia que tem. No auge da ditadur...